Encontro de Ranchos em Vila Nova do Ceira - Uma noite de sons de Portugal
Na minha opinião não há nada mais português que o Fado e os Ranchos Folclóricos, são a nossa identidade, a nossa história, o nosso povo, a verdadeira nação, isto é, os homens que sentem e os homens que pensam, esses não têm simpatia nem admiração pelos formosos sofismas duma arte brilhantemente estéril, que só serve para entorpecer o espírito, adormecendo-o ao som de um canto doce mas fraco, sensual e sem altura.
Esses não prezam a retórica, mas só o pensamento. Não amam a poética; basta-lhes a poesia. Não querem ser divertidos, mas somente ensinados e melhorados.
A nossa nação, a nação verdadeira, não só os senhores do funcionalismo, parasitas, ociosos, improdutivos.
A Nação portuguesa são milhões de homens e mulheres que trabalham, suam, produzem, activos e honrados, que vivem não segundo a moral dos especuladores, mas segundo a lei do dever e da consciência.
E quando chegamos ao interior encontramos aquilo a que muitos chamam os “pobres amigos da província!”
Afirmação com a qual eu não posso estar mais contra…São apenas homens que trabalham o solo, Homens sinceros das vilas, das aldeias, dos campos, das lavouras, dos trabalhos que já ninguém quer fazer ou que não ninguém se lembra que são úteis.
E é sobre isto que o folclore fala, pois o que seria deste nosso povo senão canta-se? Ou que para cantar tivesse de pedir trovas emprestadas às outras nações?
O nosso folclore para mim é essa harmonia que sai dos campos, que nos enche os ouvidos, que anima o trabalho das ceifas, das esfolhadas, das malhas...
E foi isso que encontrei em Vila Nova do Ceira, num encontro de ranchos folclóricos, organizados pelos Varzeenses “Mensageiros da Alegria” na Praia Fluvial das Canaveias, uma noite com sons das varias terras de Portugal, tínhamos ranchos de Guimarães, Santa Comba Dão, Ribatejo e do Algarve mais os nossos Varzeenses.
Uma noite e madrugada regada com os sons e os movimentos de Portugal onde a musica reflectia desde o arrulho e as blandícias do amor até às queixas ardentes da alegria e das preces de quem trabalha no campo.
Numa era de globalização de perca de identidade, é importante não perdermos toda a nossa riqueza cultural, e é através destes encontros que podemos ainda salvar o que resta do nosso património tradicional, para não sermos amargamente acusados pelas gerações vindouras do crime indesculpável de ter deixado perder ou morrer o nosso legado tradicional.
Fiquei triste só com a “falta de respeito” do poder político local, por não ter aparecido, mostrando um desinteresse pela trabalho de quem organizou e tanto trabalhou para este encontro, assim como pelos outros ranchos que vieram de tão longe para actuar para todos nós… Mas tirando isso foi uma noite perfeita. Onde o Povo Varzeense mais uma vez provou, que sabe organizar coisas e que está empenhado em não apagar a memória, assim como em bem receber, foi uma noite muito bem passada, onde até esquecemos o frio.
O nosso rancho “Mensageiros da Alegria” provou que não fica atrás de nenhum outro rancho! Estiveram muito bem, os meus sinceros Parabéns, pela sua actuação e por terem organizado este evento.
Henrique Tigo
Esses não prezam a retórica, mas só o pensamento. Não amam a poética; basta-lhes a poesia. Não querem ser divertidos, mas somente ensinados e melhorados.
A nossa nação, a nação verdadeira, não só os senhores do funcionalismo, parasitas, ociosos, improdutivos.
A Nação portuguesa são milhões de homens e mulheres que trabalham, suam, produzem, activos e honrados, que vivem não segundo a moral dos especuladores, mas segundo a lei do dever e da consciência.
E quando chegamos ao interior encontramos aquilo a que muitos chamam os “pobres amigos da província!”
Afirmação com a qual eu não posso estar mais contra…São apenas homens que trabalham o solo, Homens sinceros das vilas, das aldeias, dos campos, das lavouras, dos trabalhos que já ninguém quer fazer ou que não ninguém se lembra que são úteis.
E é sobre isto que o folclore fala, pois o que seria deste nosso povo senão canta-se? Ou que para cantar tivesse de pedir trovas emprestadas às outras nações?
O nosso folclore para mim é essa harmonia que sai dos campos, que nos enche os ouvidos, que anima o trabalho das ceifas, das esfolhadas, das malhas...
E foi isso que encontrei em Vila Nova do Ceira, num encontro de ranchos folclóricos, organizados pelos Varzeenses “Mensageiros da Alegria” na Praia Fluvial das Canaveias, uma noite com sons das varias terras de Portugal, tínhamos ranchos de Guimarães, Santa Comba Dão, Ribatejo e do Algarve mais os nossos Varzeenses.
Uma noite e madrugada regada com os sons e os movimentos de Portugal onde a musica reflectia desde o arrulho e as blandícias do amor até às queixas ardentes da alegria e das preces de quem trabalha no campo.
Numa era de globalização de perca de identidade, é importante não perdermos toda a nossa riqueza cultural, e é através destes encontros que podemos ainda salvar o que resta do nosso património tradicional, para não sermos amargamente acusados pelas gerações vindouras do crime indesculpável de ter deixado perder ou morrer o nosso legado tradicional.
Fiquei triste só com a “falta de respeito” do poder político local, por não ter aparecido, mostrando um desinteresse pela trabalho de quem organizou e tanto trabalhou para este encontro, assim como pelos outros ranchos que vieram de tão longe para actuar para todos nós… Mas tirando isso foi uma noite perfeita. Onde o Povo Varzeense mais uma vez provou, que sabe organizar coisas e que está empenhado em não apagar a memória, assim como em bem receber, foi uma noite muito bem passada, onde até esquecemos o frio.
O nosso rancho “Mensageiros da Alegria” provou que não fica atrás de nenhum outro rancho! Estiveram muito bem, os meus sinceros Parabéns, pela sua actuação e por terem organizado este evento.
Henrique Tigo
Etiquetas: vila nova do ceira
1 Comments:
Grande artigo!!!
É a pura das verdades!!!
Viva os Ranchos de Portugal... Viva os Mensageiros da Alegria!
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