"Ser Velho é Ser Rei"
Para assinalar o Dia Internacional da Família, que se celebra a 15 de Maio, a Câmara Municipal e a Santa Casa da Misericórdia de Góis, no âmbito do Projecto Progredir em Igualdade e Cidadania, realizaram na passada quinta-feira, no Centro Cívico e Cultural de Góis, um conjunto de actividades.
A iniciativa teve início com uma pequena sessão de abertura, que serviu para contextualizar o dia, seguida da actuação da tocata do Rancho da Pampilhosa da Serra, finalizando com um lanche convívio.
Participaram no evento cerca de 80 idosos, oriundos de várias instituições do concelho, das quais, Santa Casa da Misericórdia de Góis, Lar de Vila Nova do Ceira, Centro de Dia da Cabreira e Corterredor, Centro Social Rocha Barros, Centro Paroquial de Solidariedade Social da Freguesia de Alvares e da comunidade em geral.
Este ano, entendeu a organização abordar a família numa "perspectiva mais alargada" uma vez que se compreendeu que o conceito de Família não pode ser "reduzido apenas aos laços familiares" mas também à rede social que nos envolve a todos, sejam "amigos, vizinhos, ou idosos" que partilham "vivenças nas instituições" ou sejam até mesmo aqueles que "diariamente lhe proporcionam as suas necessidades básicas".
A sessão começou com a leitura de um poema intitulado "Ser Velho é Ser Rei" e contou com a presença de Valentim Rosas, da direcção da Misericórdia, Helena Sanches, representante da Conferência Vicentina e parceira do projecto, Sónia Conde, técnica do Projecto, Liliana Nunes, assistente social do Centro Paroquial de Alvares e Sandra David, directora técnica da Santa Casa da Misericórdia de Góis.
De forma a contextualizar o dia, Sónia Conde informou que nos princípios do século XIX, a família era considerada a "célula principal da sociedade", em que todos os elementos viviam "perto uns dos outros" e onde o pai era o "chefe", cabendo-lhe a missão de trabalhar para o sustento do seio familiar. Porém, com a revolução industrial as mulheres "começaram a trabalhar nas fábricas localizadas nos grandes centros urbanos", lembrou a responsável, e este facto causou o desmembramento da família. Uma vez que era necessário procurar estruturas, com vista a acolher as crianças, alterou-se o "conceito de família" que foi sofrendo gradualmente alterações, até aos nossos dias. Deste modo, Sónia Conde referiu entender a família como um conjunto "cada vez mais alargado" onde devem ser incluídos aqueles com quem "convivemos diariamente" através da partilha dos mesmos interesses.
À semelhança de anos anteriores e do que acontece no resto do mundo, a oradora falou que Góis quis assinalar mais uma vez esta data.
Dirigindo-se aos presentes, a técnica do Projecto desejou que "os valores, o afecto e a partilha" fossem uma constante nas vidas de todos.
A festa prosseguiu pela tarde fora, sempre conduzida com alegria e boa disposição ao som da tocata, e muitos foram os idosos que não resistiram a desentorpecer as pernas com um sempre salutar pé de dança.
Susana Duarte
in A Comarca de Arganil, de 22/05/2008
A iniciativa teve início com uma pequena sessão de abertura, que serviu para contextualizar o dia, seguida da actuação da tocata do Rancho da Pampilhosa da Serra, finalizando com um lanche convívio.
Participaram no evento cerca de 80 idosos, oriundos de várias instituições do concelho, das quais, Santa Casa da Misericórdia de Góis, Lar de Vila Nova do Ceira, Centro de Dia da Cabreira e Corterredor, Centro Social Rocha Barros, Centro Paroquial de Solidariedade Social da Freguesia de Alvares e da comunidade em geral.
Este ano, entendeu a organização abordar a família numa "perspectiva mais alargada" uma vez que se compreendeu que o conceito de Família não pode ser "reduzido apenas aos laços familiares" mas também à rede social que nos envolve a todos, sejam "amigos, vizinhos, ou idosos" que partilham "vivenças nas instituições" ou sejam até mesmo aqueles que "diariamente lhe proporcionam as suas necessidades básicas".
A sessão começou com a leitura de um poema intitulado "Ser Velho é Ser Rei" e contou com a presença de Valentim Rosas, da direcção da Misericórdia, Helena Sanches, representante da Conferência Vicentina e parceira do projecto, Sónia Conde, técnica do Projecto, Liliana Nunes, assistente social do Centro Paroquial de Alvares e Sandra David, directora técnica da Santa Casa da Misericórdia de Góis.
De forma a contextualizar o dia, Sónia Conde informou que nos princípios do século XIX, a família era considerada a "célula principal da sociedade", em que todos os elementos viviam "perto uns dos outros" e onde o pai era o "chefe", cabendo-lhe a missão de trabalhar para o sustento do seio familiar. Porém, com a revolução industrial as mulheres "começaram a trabalhar nas fábricas localizadas nos grandes centros urbanos", lembrou a responsável, e este facto causou o desmembramento da família. Uma vez que era necessário procurar estruturas, com vista a acolher as crianças, alterou-se o "conceito de família" que foi sofrendo gradualmente alterações, até aos nossos dias. Deste modo, Sónia Conde referiu entender a família como um conjunto "cada vez mais alargado" onde devem ser incluídos aqueles com quem "convivemos diariamente" através da partilha dos mesmos interesses.
À semelhança de anos anteriores e do que acontece no resto do mundo, a oradora falou que Góis quis assinalar mais uma vez esta data.
Dirigindo-se aos presentes, a técnica do Projecto desejou que "os valores, o afecto e a partilha" fossem uma constante nas vidas de todos.
A festa prosseguiu pela tarde fora, sempre conduzida com alegria e boa disposição ao som da tocata, e muitos foram os idosos que não resistiram a desentorpecer as pernas com um sempre salutar pé de dança.
Susana Duarte
in A Comarca de Arganil, de 22/05/2008
Etiquetas: câmara municipal, fotografia, góis, misericórdia
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