quarta-feira, 14 de maio de 2008

Coimbra: Governador pede mais cooperação entre municípios vizinhos para combate aos incêndios

O governador civil de Coimbra, Henrique Fernandes, defendeu hoje ser "necessário aumentar a responsabilidade do poder local" para prevenir e combater os incêndios florestais, sublinhando que as câmaras "são as autoridades municipais de Protecção Civil".

Mostrando-se satisfeito com o grau de operacionalidade do dispositivo distrital de combate a incêndios, Henrique Fernandes apelou ao reforço da cooperação entre os municípios vizinhos.

O representante do Governo considerou que o município da Pampilhosa da Serra, onde o fogo destruiu 17 mil hectares de floresta em Agosto de 2005, é um "caso de boas práticas".

Salientou que todas as juntas de freguesia do concelho dispõem do "kit" de primeira intervenção, fornecido pela Secretaria de Estado da Administração Local, mediante candidatura.

Por seu turno, a Câmara Municipal, liderada pelo social-democrata José Brito, ofereceu às juntas viaturas todo-o-terreno para transportar o "kit" de combate a incêndios.

Henrique Fernandes disse também que, dos 17 municípios do distrito de Coimbra, 14 criaram equipas de intervenção permanente.

Os restantes - Coimbra, Lousã e Figueira da Foz - dispõem de bombeiros profissionais, não tendo necessitado de constituir aquelas equipas.

Divulgação das primeiras instruções para fase "Bravo"
O Governo Civil de Coimbra promoveu hoje o primeiro "briefing" do ano com as estruturas operacionais do distrito de combate aos fogos, tendo em conta que a denominada fase "Bravo" começa quinta-feira.

Habitualmente, participam nestes encontros de trabalho, antes de entrar na fase "Bravo", a Direcção-Geral dos Recursos Naturais, a GNR e o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS), mas desta vez Henrique Fernandes decidiu "introduzir uma inovação", ao convidar também as câmaras municipais, para apresentarem os seus planos operacionais.

Para este efeito, o distrito foi dividido em três grupos de concelhos "que têm afinidades de risco". Na reunião de hoje, participam as câmaras de Coimbra, Penacova, Penela, Condeixa-a-Nova, Miranda do Corvo e Vila Nova de Poiares.

Com o mesmo objectivo, os restantes dois grupos serão convidados a integrar duas reuniões a realizar na Lousã e em Montemor-o-Velho, no início de Junho.

Os concelhos de Pampilhosa da Serra, Góis e Arganil, onde existe uma maior densidade florestal, suscitam uma "particular atenção" no distrito.

O comandante distrital de Operações de Socorro, tenente-coronel António Martins, disse que as autoridades estão igualmente empenhadas na defesa de zonas de paisagem protegida e da mata nacional do litoral, nos concelhos da Figueira da Foz e Mira, onde existe "um risco elevado".

Na fase "Bravo", que se prolonga até 30 de Junho (começando então no dia seguinte a fase "Charlie", que vai até 30 de Setembro, Coimbra dispõe de seis equipas de intervenção permanente.

Dezassete equipas de combate (85 elementos), 12 equipas logísticas de apoio ao combate (24 elementos), um grupo de reforço (32 elementos) e três comandantes às operações de socorro são os meios humanos do dispositivo distrital.
in Público, edição electrónica

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