terça-feira, 18 de março de 2008

GÓIS - 2.º ANIVERSÁRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL


A Biblioteca de Góis deu a conhecer a vantagem de ser um bom leitor, para quem não se recordava, a instituição relembrou a importância da leitura para a sociedade.


Dizer que a leitura permite maior capacidade de imaginação, mais capacidade reivindicativa, proporciona outras formas de pensar, predispõe as pessoas para desafios diários e torna-as aptas para enfrentar outro tipo de realidades, é ponto assente. Para quem não tinha a noção dos benefícios da leitura, a Biblioteca de Góis deu a conhecer a vantagem de ser um bom leitor, para quem não se recordava, a instituição relembrou a importância da leitura para a sociedade.

Nesse sentido, no seu segundo aniversário, dia 10, a Biblioteca Municipal António Francisco Barata preparou um programa vocacionado para vários públicos alvos. A Hora do Conto, com “Uma Viagem ao mundo da reciclagem”, destinado às crianças do jardim de infância e alunos do 1.º Ciclo, o atelier “Marcador de Livro”, para os do 2.º Ciclo, um workshop que abordou a temática da sexualidade para os alunos do 3.º Ciclo, oficinas TIC direccionado para idosos e estudantes do 2.º e 3.º Ciclo e finalmente uma tertúlia que tentou incentivar à leitura, com o tema “A importância da Leitura”, cujo público alvo abarcou a comunidade em geral e alunos do curso EFA de Geriatria, do 12.º ano de RVCC (Reconhecimento, validação e certificação de competências).

De um modo informal, o painel de incentivo à leitura, assentou no objectivo de elucidar sobre a importância dos livros na vida de uma pessoa. Uma das oradoras começou por contar a história “Agora não, Duarte”, como forma de caricaturar o que muitas vezes é comum no seio familiar, os pais não darem a devida atenção aos filhos, exemplo do que acontece no que respeita à leitura de livros. Como a maior parte dos pais “acaba por não ter tempo” para dedicar um pouco do seu dia-a-dia aos descendentes, fomentou-se a ideia de que a leitura pode ser um meio de criar laços afectivos com eles. Para tal, as especialistas na matéria deram alguns conselhos de como deve ser feito o processo. Não se deve forçar a criança a ler, não obrigando-a a largar a televisão para se dedicar aos livros. A oradora frisou que a televisão pode trazer benefícios ao desenvolvimento cognitivo da criança, mas não deve ocupar o tempo total dela. Assim, e porque “o gosto pela leitura não brota do nada”, sugeriu que sejam guardados alguns minutos antes de dormir para os pais lerem uma história. “É importante que a criança leia sozinha, mas é fundamental também que ouçam os pais, não só pode ser mais interessante, como fica com a noção da entoação de voz que deve impregnar ao ler a história”, disse, acrescentando que a leitura com expressividade, proporciona mais entusiasmo à criança. Considerando a leitura a dois, como um momento mágico, de “aconchego” no quarto e partilha de ideias do que foi lido, a oradora aconselhou ainda que o momento de leitura seja feito lado a lado de modo a criança ver as imagens da obra. Lembrou ainda que se o livro for muito grande, deve ser lido em partes para não aborrecer o ouvinte.


O papel da Biblioteca

A Biblioteca Municipal António Francisco Barata era antes a escola primária da vila, aproveitada então para “possibilitar a reunião condigna” de documentos e livros. Antes do inicío da palestra, José Girão Vitorino destacou precisamente a satisfação por a Biblioteca permitir o usufruto de “equipamento cultural a toda a comunidade”. O presidente da Câmara Municipal de Góis salientou então o facto desta representar “a oportunidade de nos reencontrarmos como comunidade e permitir às novas gerações a descoberta da sua identidade cultural”. Na opinião do autarca, a Biblioteca é, igualmente, um meio que acalenta outras fontes de cultura e dá oportunidade de ler jornais, ouvir música, ver filmes e aceder à Internet, ao mesmo tempo que orienta actividades para vários públicos. Por conseguinte, expressou o orgulho pela aniversariante, cujo trabalho, disse estar a revelar iniciativa e vitalidade criativa, permitindo “promover o caminho da educação e cultura como forma de crescer ou de escolher um caminho de futuro”.
in Jornal de Arganil, edição electrónica

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