quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Ex-presidente da Câmara de Góis arguido em processo turístico

Actual líder da Adiber pretende devolver os 234 mil euros que lhe foram atribuídos pelo programa LEADER para projecto que não foi concretizado

O presidente da Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira--Serra (Adiber), José Cabeças, arguido num processo de financiamento de um projecto agroturístico em Góis, que não foi concretizado, disse que a instituição pretende devolver o dinheiro atribuído.
O presidente da Adiber e antigo presidente da Câmara Municipal de Góis, eleito pelo PS, explicou que o projecto previsto para a Quinta do Baião, naquele concelho do distrito de Coimbra, não se concretizou em tempo útil devido "à demora na venda dos terrenos por parte da autarquia". A atribuição de um subsídio de 234 mil euros pelo programa comunitário LEADER II, gerido por aquela instituição, para um projecto de agroturismo, que não foi concluído, foi ontem revelada pelo Jornal de Notícias.
José Cabeças explicou que, desde 1996, existia uma deliberação da autarquia de Góis para vender à Adiber quatro hectares da Quinta do Baião, à entrada da vila, mas que os executivos que se lhe seguiram só mais tarde desbloquearam a situação, em 2004. "O projecto, destinado ao turismo rural e a uma loja de produtos endógenos, não se concretizou porque não pudemos ter o terreno em nosso nome", disse o dirigente, que presidiu à câmara local na década de 1990.
"Durante todos estes anos, não nos servimos do dinheiro, que foi, em Se-
tembro, utilizado para a compra e escritura dos terrenos", adiantou o antigo autarca, acrescentando: "A Comissão Nacional de Gestão do LEADER II tinha conhecimento desta situação, o que nos salvaguarda um pouco".
Segundo José Cabeças, o relatório da Polícia Judiciária (PJ), que conduziu as investigações no seguimento de um inquérito instaurado pela Inspecção-Geral da Agricultura e Pes-
cas, seguiu para o Ministério Público, que vai decidir se, para além do "presidente da Adiber, também toda a direcção será constituída arguida". O presidente da Câmara de Góis, o socialista José Girão Vitorino, que sucedeu no cargo a Cabeças, disse que, até 2004, a autarquia "não podia, oficialmente, vender porque os terrenos estavam inscritos num único artigo e era preciso fraccioná-lo". Girão Vitorino, que foi vice-presidente de Cabeças, referiu que a chave da quinta já estava na posse da Adiber desde 1999, "sinal de que a câmara nunca esteve contra a venda dos terrenos, nem agiu de má-fé". Quanto às investigações da PJ e à constituição de José Cabeças como arguido no processo, o presidente da autarquia não se quis pronunciar. Lusa
in Público, de 20/02/2008

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1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

os auatarcas sabem o que é a boa fé?
são todos uns vígaros!

o cabeças é o sacrificado e o girão? a cruz?

onde estão os outros e outras?

e o carrasco quem é?

só se vai saber na Páscoa!

22 fevereiro, 2008 08:55  

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