Entrevista ao Presidente da Câmara Municipal de Góis
Em início do ano é tempo para se fazer o balanço e apresentar os projectos para o futuro. Neste sentido fomos entrevistar o presidente da Câmara Municipal de Góis, José Girão, que se mostrou satisfeito, por no ano anterior, ter superado grande número dos projectos para que se propôs, e que manifestou ainda empenho na realização de grandes obras para os próximos anos. Segue-se a entrevista:
O VARZEENSE - No seu entender foram atingidos os objectivos a que a Câmara Municipal se propôs para o ano 2007?
J. Girão: Para mim, o ano de 2007 foi bastante complicado por motivos de saúde, mas apesar disso, penso que se conseguiu atingir grande parte dos objectivos a que nos propusemos. A nível de concursos lançámos os que tínhamos previsto e só não superámos alguns investimentos, por motivo de falta de financiamento, visto que, algumas candidaturas foram devidamente feitas e entregues às instituições mas não tiveram aprovação. Portanto, de uma maneira geral, penso que se cumpriu com o previsto.
O VARZEENSE - Em termos de política de empregabilidade o que foi feito?
J. Girão: Apostámos nos Pólos Industriais. O de Cortes já está completo, embora não tenha criado os postos de trabalhos que nós idealizámos, mas temos que compreender que as empresas estão no início da sua laboração e esperamos que o futuro seja mais risonho e que permita que as empresas já sedeadas no Pólo Industrial de Cortes venham a empregar mais pessoas. Quanto ao Pólo de Vila Nova do Ceira está mais atrasado porque temos tido problemas a nível de empreitada, mas esperamos que seja um assunto ultrapassado e que a curto prazo possa começar a laborar.
VARZ: E para o futuro? Quais os principais projecto da Câmara?
J. Girão: Os grandes projectos da Câmara Municipal para os próximos dois anos são: a construção da Casa da Cultura de Góis, do estaleiro municipal, da zona industrial de Alagoa, a continuação da requalificação urbana da vila de Góis, na zona de S. Paulo, o polidesportivo em Cortes, a elaboração de planos pormenor de Góis e Vila Nova do Ceira, elaboração do plano de desenvolvimento turístico do concelho, a recuperação do centro histórico da vila de Góis, o espaço museológico de Góis, manutenção e beneficiação das redes viárias municipais e regionais e via estruturante Norte Sul - 4.fase, o mercado municipal de Góis, a estrada intermunicipal aldeias do xisto, a rede de saneamento, beneficiação dos campos municipais de futebol e ténis, o parque desportivo a implementar na quinta do Baião, a construção de praias fluviais em Alvares e Ponte do Sótão, o parque temático de caça / pesca (recria coelhos e viveiros), os quartéis de bombeiros de Góis e Alvares, continuar a assegurar a rede de transporte público municipal / regional e a gestão de infra-estruturas florestais de prevenção de incêndios, sendo este último, um projecto de 5 anos.
VARZ: E planos para atrair o turismo em Góis?
J. Girão: O turismo tem sido a nossa grande aposta. O investimento que os jovens de Góis tentam fazer com a criação de um grande hotel é muito importante pois muitas das actividades que se podiam fazer no concelho de Góis acabam por ir para os concelhos vizinhos, por falta de hospedagem.
Temos que continuar também a valorizar o nosso rio Ceira e a embelezar as suas margens para conseguir atrair os turistas. Iremos continuar com o programa das praias fluviais ao longo do rio Ceira e da ribeira do Sinhel.
Outra potencialidade para o nosso concelho é a de apostar nas concessões de pesca porque a pesca à truta é uma prática anual e penso que com uma melhor exploração das nossas zonas concessionadas podemos ter ainda mais pessoas à procura desse desporto.
No que se refere à caça também temos uma recria na quinta do Baião, mas com tem que ser retirada, estamos já a ultimar tudo para ser instalada no Rabadão, com, a criação de coelho bravo e perdiz. Felizmente que temos uma Comissão de Compartes que está aberta para colaborar com a autarquia, neste sentido.
VARZ: Em termos de acessibilidades quais vão ser as novidades?
J. Girão: A principal via de acesso a Góis será a 342 devidamente rectificada e com outras características que não as existentes. Foi em boa hora que tivemos conhecimento que, provavelmente, esta se afastará um pouco do centro passando entre Vila Nova do Ceira e Góis, o que virá alterar o perímetro urbano da vila e criar uma nova zona para a construção, o que ajudará Góis a dar o salto para a qualidade.
Também é essencial um bom acesso que nos vá ligar rapidamente a Condeixa.
Queria ainda deixar um alerta ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares no sentido de nos unirmos, pois embora já estejamos ligados à Associação dos Municípios do Pinhal Interior Norte também há necessidade de nos ligarmos para Sul pela Estrada Nacional N.º 2 de Góis a Vila Nova de Poiares, com ligação também ao IP3. Com a chegada do novo CREN (Quadro Comunitário de Referência Nacional) penso que também está a chegar a altura, em conjunto com essa Associação, de tentarmos rectificar a acessibilidade entre o IC8 passando por Alvares e Portei a do Vento e também entre a Portela e a vila.
VARZ: É verdade que a Câmara Municipal vai atravessar uma fase de obras?
J. Girão: Sim, estamos a elaborar um projecto para uma grande transformação na Câmara Municipal.
Pretendemos criar uma alternativa para que as pessoas com mobilidade reduzida consigam movimentar-se dentro da autarquia indo a todas as secções sem qualquer dificuldade e contamos começar as obras dentro em breve, mas como são obras de grandes dimensões, penso que irão decorrer ao longo dos anos 2008 e 2009.
V ARZ: Então onde irão funcionar os serviços da autarquia durante esse período de tempo?
J. Girão: Durante o período de obras os serviços da Câmara Municipal irão ser distribuídos por diferentes locais: na Casa do Artista funcionará a parte de gestão, arquivo e expediente, no auditório a divisão de obras, urbanismo e ambiente e junto ao café dos Figueiredos, nas instalações da antiga clínica, irá funcionar a parte da divisão administrativa e financeira.
VARZ: E na parte externa, também irá haver mudanças?
J. Girão: Sim, já conseguimos adquirir a maior parte do terreno para a instalação do estaleiro da Câmara Municipal na Alagoa e a todo o momento pensamos começar a trabalhar nas terraplanagens, o que irá permitir melhores condições de trabalho, higiene e segurança para os funcionários e uma consequente melhor prestação de serviços à comunidade.
A obra compreende estaleiro, armazém, oficinas, parque de viaturas, escritório e ainda um espaço reservado à protecção civil, para poder ser usado em caso de catástrofe.
VARZ: Já há alguma ideia para aproveitamento do local onde funciona o actual estaleiro da Câmara?
J. Girão: O espaço já está prometido ao Centro Social Rocha Barros para ampliação das suas instalações e pensamos poder disponibilizá-lo já em 2009, o que, para além de permitir a ampliação do Centro poderá também criar mais postos de trabalho.
VARZ: E a Quinta do. Baião? O que nos pode dizer?
J. Girão: Quanto ao Baião, foi feita a venda à ADIBER da parte da Quinta. Era um compromisso da autarquia já com alguns anos e que agora se concretizou, pelo que esperamos que a ADIBER concretize também o projecto que tinha. Quanto à outra parte, há interessados à procura de financiamento, pois os jovens de Góis que estavam interessados, continuam interessadíssimos, mas o investimento é grande e não tem sido fácil, pelo que estamos a aguardar que, a qualquer momento seja celebrado o protocolo com a Câmara Municipal.
VARZ: E quanto à qualidade e preço da água no futuro? O que nos pode adiantar?
J. Girão: Irá ser criada uma ETA, em Góis, para a distribuição da água e para uma consequente melhoria de qualidade. A Câmara irá comprar a água a uma empresa privada mas ficará responsável pela distribuição.
Neste momento as despesas com o fornecimento de água são muito superiores às receitas e temos que rentabilizar, pelo que iremos penalizar principalmente quem mais gastar, ou seja em escalões mais altos os preços terão um maior aumento, e assim quem mais gastar mais sentirá o aumento. A água da rede não é para regar, é para ser consumi da e poupada, pois é um bem essencial à vida.
Agora estamos a pagar a 0,50 euros por mil litros de água, no primeiro escalão o que é um valor irrisório, todos os bens essenciais sobem e a água também terá que aumentar.
VARZ: E acerca da estrada do Inviando? Há perspectivas para a conclusão da obra?
J. Girão: O assunto está entregue ao gabinete jurídico da Câmara Municipal de Góis e em breve esperamos poder dar mais notícias.
VARZ: É contra ou a favor do encerramento das escolas primárias onde já há poucos alunos?
J. Girão: A Câmara Municipal faz todas as tentativas para manter as crianças nas suas zonas, pois nós somos contra o encerramento, mas também verificamos que não é viável manter uma escola com meia dúzia de alunos.
VARZ: Há perspectiva para melhorar a capacidade de resposta escolar no concelho?
J. Girão: Sim. Iremos fazer o Centro Escolar de Alvares onde pensamos centralizar as crianças de toda a freguesia e até quem sabe de outras freguesias, um local que irá ser dotado de todas as condições para que possam ter uma boa escola. Também irei fazer uma candidatura para a ampliação da Escola EB 1 de Góis com a instalação de mais salas de aulas.
VARZ: Porquê aumentar a capacidade da escola? O número de alunos está a crescer?
J. Girão: Sim. O número de alunos está a aumentar tanto em Góis, como em Vila Nova do Ceira.
VARZ: Que apoios dá a autarquia para o ensino?
J. Girão: A autarquia mantém auxiliares de acção educativa nas escolas primárias, fornece transporte diário a alguns alunos, apoia algumas actividades escolares e fornece o transporte para as visitas de estudo, que se realizam ao longo do ano.
VARZ: E a autarquia tem transportes adaptados para transportar as crianças?
J. Girão: A autarquia tem. diligenciado no. sentido de fazer o transporte dentro das normas de segurança exigidas, tanto que adquiriu recentemente mais um autocarro de 20 lugares, devidamente equipado para o transporte de alunos, que ficará essencialmente ao serviço do desporto, educação e cultura.
VARZ: E. os Parques Eólicos? O que pode dizer-nos acerca das suas receita para o concelho?
J. Girão: A Fonte de receita global que a Câmara Municipal de Góis obteve dos Parques Eólicos do Cadafaz, Malhadas e do Protocolo com a Pampilhosa da Serra, referente ao ano anterior (2007) foi de 105.738,94 euros. Embora desse valor tenha sido transferido para a Freguesia do Colmeal 26.350,30. euros, referente ao Parque da Pampilhosa da Serra que faz fronteira com o Colmeal e que também é protocolado com esta Junta de Freguesia.
VARZ: Se pudesse fazer um pedido ao Governo, qual seria?
J. Girão: O que tenho a dizer é que os apoios do poder central são cada vez menos, as exigências do povo são muitas e a capacidade financeira da. Câmara não permite socorrer todas as situações de um concelho com as características que tem o de Góis, com uma extensão de 273 quilómetros quadrados e 220 quilómetros de estrada alcatroada, pelo que se não houver ajudas do Governo e do poder comunitário é muito difícil.
VARZ: Com um número tão elevado de quilómetros de estrada como é que consegue gerir a limpeza das bermas?
J. Girão: Com muita dificuldade. A estrada tem duas bermas, pelo que são 440 quilómetros para limpar, e como evitamos fazer a limpeza na parte do Verão, em virtude de ser uma zona com uma grande mancha florestal e as partículas incandescentes que saltam das máquinas poderem provocar incêndios, só conseguimos dar uma volta geral, uma vez por ano e depois vamos acudindo a situações pontuais.
VARZ: Quais os subsídios concedidos pela autarquia no ano anterior?
J. Girão: O total de subsídios pagos durante o ano de 2007 foi de 622.367,41 euros, distriuído por diversas instituições do concelho, conforme quadro descritivo que publicarei em futura edição do jornal. Um valor ainda superior ao cedido em 2006 que somou um total de 577.847,66 euros.
VARZ: O que tem a dizer à população em geral
J. Girão: Vou pedir às pessoas para colaborarem, serem interventivos e críticos, pois eu aceito a crítica, mas desde que seja construtiva.
Que olhem para a realidade do nosso concelho e que compreendam que por muito esforço que a Câmara faça é difícil contentar todos. Pelo que, peço ao povo do concelho de Góis compreensão, tolerância e bom senso.
Deixo também um apelo às Comissões de Melhoramento que em tempos tiveram um papel muito importante no desenvolvimento das suas terras para que hoje tenham também esse grande papel de ajuda, porque se todos nos unirmos poderemos fazer de Góis um "grande" concelho.
Faço ainda um apelo aos grandes comerciantes e investidores: que invistam no concelho de Góis para que possamos lutar no sentido de minimizar a desertificação.
in O Varzeense, de 30/01/2008
O VARZEENSE - No seu entender foram atingidos os objectivos a que a Câmara Municipal se propôs para o ano 2007?
J. Girão: Para mim, o ano de 2007 foi bastante complicado por motivos de saúde, mas apesar disso, penso que se conseguiu atingir grande parte dos objectivos a que nos propusemos. A nível de concursos lançámos os que tínhamos previsto e só não superámos alguns investimentos, por motivo de falta de financiamento, visto que, algumas candidaturas foram devidamente feitas e entregues às instituições mas não tiveram aprovação. Portanto, de uma maneira geral, penso que se cumpriu com o previsto.
O VARZEENSE - Em termos de política de empregabilidade o que foi feito?
J. Girão: Apostámos nos Pólos Industriais. O de Cortes já está completo, embora não tenha criado os postos de trabalhos que nós idealizámos, mas temos que compreender que as empresas estão no início da sua laboração e esperamos que o futuro seja mais risonho e que permita que as empresas já sedeadas no Pólo Industrial de Cortes venham a empregar mais pessoas. Quanto ao Pólo de Vila Nova do Ceira está mais atrasado porque temos tido problemas a nível de empreitada, mas esperamos que seja um assunto ultrapassado e que a curto prazo possa começar a laborar.
VARZ: E para o futuro? Quais os principais projecto da Câmara?
J. Girão: Os grandes projectos da Câmara Municipal para os próximos dois anos são: a construção da Casa da Cultura de Góis, do estaleiro municipal, da zona industrial de Alagoa, a continuação da requalificação urbana da vila de Góis, na zona de S. Paulo, o polidesportivo em Cortes, a elaboração de planos pormenor de Góis e Vila Nova do Ceira, elaboração do plano de desenvolvimento turístico do concelho, a recuperação do centro histórico da vila de Góis, o espaço museológico de Góis, manutenção e beneficiação das redes viárias municipais e regionais e via estruturante Norte Sul - 4.fase, o mercado municipal de Góis, a estrada intermunicipal aldeias do xisto, a rede de saneamento, beneficiação dos campos municipais de futebol e ténis, o parque desportivo a implementar na quinta do Baião, a construção de praias fluviais em Alvares e Ponte do Sótão, o parque temático de caça / pesca (recria coelhos e viveiros), os quartéis de bombeiros de Góis e Alvares, continuar a assegurar a rede de transporte público municipal / regional e a gestão de infra-estruturas florestais de prevenção de incêndios, sendo este último, um projecto de 5 anos.
VARZ: E planos para atrair o turismo em Góis?
J. Girão: O turismo tem sido a nossa grande aposta. O investimento que os jovens de Góis tentam fazer com a criação de um grande hotel é muito importante pois muitas das actividades que se podiam fazer no concelho de Góis acabam por ir para os concelhos vizinhos, por falta de hospedagem.
Temos que continuar também a valorizar o nosso rio Ceira e a embelezar as suas margens para conseguir atrair os turistas. Iremos continuar com o programa das praias fluviais ao longo do rio Ceira e da ribeira do Sinhel.
Outra potencialidade para o nosso concelho é a de apostar nas concessões de pesca porque a pesca à truta é uma prática anual e penso que com uma melhor exploração das nossas zonas concessionadas podemos ter ainda mais pessoas à procura desse desporto.
No que se refere à caça também temos uma recria na quinta do Baião, mas com tem que ser retirada, estamos já a ultimar tudo para ser instalada no Rabadão, com, a criação de coelho bravo e perdiz. Felizmente que temos uma Comissão de Compartes que está aberta para colaborar com a autarquia, neste sentido.
VARZ: Em termos de acessibilidades quais vão ser as novidades?
J. Girão: A principal via de acesso a Góis será a 342 devidamente rectificada e com outras características que não as existentes. Foi em boa hora que tivemos conhecimento que, provavelmente, esta se afastará um pouco do centro passando entre Vila Nova do Ceira e Góis, o que virá alterar o perímetro urbano da vila e criar uma nova zona para a construção, o que ajudará Góis a dar o salto para a qualidade.
Também é essencial um bom acesso que nos vá ligar rapidamente a Condeixa.
Queria ainda deixar um alerta ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares no sentido de nos unirmos, pois embora já estejamos ligados à Associação dos Municípios do Pinhal Interior Norte também há necessidade de nos ligarmos para Sul pela Estrada Nacional N.º 2 de Góis a Vila Nova de Poiares, com ligação também ao IP3. Com a chegada do novo CREN (Quadro Comunitário de Referência Nacional) penso que também está a chegar a altura, em conjunto com essa Associação, de tentarmos rectificar a acessibilidade entre o IC8 passando por Alvares e Portei a do Vento e também entre a Portela e a vila.
VARZ: É verdade que a Câmara Municipal vai atravessar uma fase de obras?
J. Girão: Sim, estamos a elaborar um projecto para uma grande transformação na Câmara Municipal.
Pretendemos criar uma alternativa para que as pessoas com mobilidade reduzida consigam movimentar-se dentro da autarquia indo a todas as secções sem qualquer dificuldade e contamos começar as obras dentro em breve, mas como são obras de grandes dimensões, penso que irão decorrer ao longo dos anos 2008 e 2009.
V ARZ: Então onde irão funcionar os serviços da autarquia durante esse período de tempo?
J. Girão: Durante o período de obras os serviços da Câmara Municipal irão ser distribuídos por diferentes locais: na Casa do Artista funcionará a parte de gestão, arquivo e expediente, no auditório a divisão de obras, urbanismo e ambiente e junto ao café dos Figueiredos, nas instalações da antiga clínica, irá funcionar a parte da divisão administrativa e financeira.
VARZ: E na parte externa, também irá haver mudanças?
J. Girão: Sim, já conseguimos adquirir a maior parte do terreno para a instalação do estaleiro da Câmara Municipal na Alagoa e a todo o momento pensamos começar a trabalhar nas terraplanagens, o que irá permitir melhores condições de trabalho, higiene e segurança para os funcionários e uma consequente melhor prestação de serviços à comunidade.
A obra compreende estaleiro, armazém, oficinas, parque de viaturas, escritório e ainda um espaço reservado à protecção civil, para poder ser usado em caso de catástrofe.
VARZ: Já há alguma ideia para aproveitamento do local onde funciona o actual estaleiro da Câmara?
J. Girão: O espaço já está prometido ao Centro Social Rocha Barros para ampliação das suas instalações e pensamos poder disponibilizá-lo já em 2009, o que, para além de permitir a ampliação do Centro poderá também criar mais postos de trabalho.
VARZ: E a Quinta do. Baião? O que nos pode dizer?
J. Girão: Quanto ao Baião, foi feita a venda à ADIBER da parte da Quinta. Era um compromisso da autarquia já com alguns anos e que agora se concretizou, pelo que esperamos que a ADIBER concretize também o projecto que tinha. Quanto à outra parte, há interessados à procura de financiamento, pois os jovens de Góis que estavam interessados, continuam interessadíssimos, mas o investimento é grande e não tem sido fácil, pelo que estamos a aguardar que, a qualquer momento seja celebrado o protocolo com a Câmara Municipal.
VARZ: E quanto à qualidade e preço da água no futuro? O que nos pode adiantar?
J. Girão: Irá ser criada uma ETA, em Góis, para a distribuição da água e para uma consequente melhoria de qualidade. A Câmara irá comprar a água a uma empresa privada mas ficará responsável pela distribuição.
Neste momento as despesas com o fornecimento de água são muito superiores às receitas e temos que rentabilizar, pelo que iremos penalizar principalmente quem mais gastar, ou seja em escalões mais altos os preços terão um maior aumento, e assim quem mais gastar mais sentirá o aumento. A água da rede não é para regar, é para ser consumi da e poupada, pois é um bem essencial à vida.
Agora estamos a pagar a 0,50 euros por mil litros de água, no primeiro escalão o que é um valor irrisório, todos os bens essenciais sobem e a água também terá que aumentar.
VARZ: E acerca da estrada do Inviando? Há perspectivas para a conclusão da obra?
J. Girão: O assunto está entregue ao gabinete jurídico da Câmara Municipal de Góis e em breve esperamos poder dar mais notícias.
VARZ: É contra ou a favor do encerramento das escolas primárias onde já há poucos alunos?
J. Girão: A Câmara Municipal faz todas as tentativas para manter as crianças nas suas zonas, pois nós somos contra o encerramento, mas também verificamos que não é viável manter uma escola com meia dúzia de alunos.
VARZ: Há perspectiva para melhorar a capacidade de resposta escolar no concelho?
J. Girão: Sim. Iremos fazer o Centro Escolar de Alvares onde pensamos centralizar as crianças de toda a freguesia e até quem sabe de outras freguesias, um local que irá ser dotado de todas as condições para que possam ter uma boa escola. Também irei fazer uma candidatura para a ampliação da Escola EB 1 de Góis com a instalação de mais salas de aulas.
VARZ: Porquê aumentar a capacidade da escola? O número de alunos está a crescer?
J. Girão: Sim. O número de alunos está a aumentar tanto em Góis, como em Vila Nova do Ceira.
VARZ: Que apoios dá a autarquia para o ensino?
J. Girão: A autarquia mantém auxiliares de acção educativa nas escolas primárias, fornece transporte diário a alguns alunos, apoia algumas actividades escolares e fornece o transporte para as visitas de estudo, que se realizam ao longo do ano.
VARZ: E a autarquia tem transportes adaptados para transportar as crianças?
J. Girão: A autarquia tem. diligenciado no. sentido de fazer o transporte dentro das normas de segurança exigidas, tanto que adquiriu recentemente mais um autocarro de 20 lugares, devidamente equipado para o transporte de alunos, que ficará essencialmente ao serviço do desporto, educação e cultura.
VARZ: E. os Parques Eólicos? O que pode dizer-nos acerca das suas receita para o concelho?
J. Girão: A Fonte de receita global que a Câmara Municipal de Góis obteve dos Parques Eólicos do Cadafaz, Malhadas e do Protocolo com a Pampilhosa da Serra, referente ao ano anterior (2007) foi de 105.738,94 euros. Embora desse valor tenha sido transferido para a Freguesia do Colmeal 26.350,30. euros, referente ao Parque da Pampilhosa da Serra que faz fronteira com o Colmeal e que também é protocolado com esta Junta de Freguesia.
VARZ: Se pudesse fazer um pedido ao Governo, qual seria?
J. Girão: O que tenho a dizer é que os apoios do poder central são cada vez menos, as exigências do povo são muitas e a capacidade financeira da. Câmara não permite socorrer todas as situações de um concelho com as características que tem o de Góis, com uma extensão de 273 quilómetros quadrados e 220 quilómetros de estrada alcatroada, pelo que se não houver ajudas do Governo e do poder comunitário é muito difícil.
VARZ: Com um número tão elevado de quilómetros de estrada como é que consegue gerir a limpeza das bermas?
J. Girão: Com muita dificuldade. A estrada tem duas bermas, pelo que são 440 quilómetros para limpar, e como evitamos fazer a limpeza na parte do Verão, em virtude de ser uma zona com uma grande mancha florestal e as partículas incandescentes que saltam das máquinas poderem provocar incêndios, só conseguimos dar uma volta geral, uma vez por ano e depois vamos acudindo a situações pontuais.
VARZ: Quais os subsídios concedidos pela autarquia no ano anterior?
J. Girão: O total de subsídios pagos durante o ano de 2007 foi de 622.367,41 euros, distriuído por diversas instituições do concelho, conforme quadro descritivo que publicarei em futura edição do jornal. Um valor ainda superior ao cedido em 2006 que somou um total de 577.847,66 euros.
VARZ: O que tem a dizer à população em geral
J. Girão: Vou pedir às pessoas para colaborarem, serem interventivos e críticos, pois eu aceito a crítica, mas desde que seja construtiva.
Que olhem para a realidade do nosso concelho e que compreendam que por muito esforço que a Câmara faça é difícil contentar todos. Pelo que, peço ao povo do concelho de Góis compreensão, tolerância e bom senso.
Deixo também um apelo às Comissões de Melhoramento que em tempos tiveram um papel muito importante no desenvolvimento das suas terras para que hoje tenham também esse grande papel de ajuda, porque se todos nos unirmos poderemos fazer de Góis um "grande" concelho.
Faço ainda um apelo aos grandes comerciantes e investidores: que invistam no concelho de Góis para que possamos lutar no sentido de minimizar a desertificação.
in O Varzeense, de 30/01/2008
Etiquetas: câmara municipal, josé girão vitorino
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