quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Para onde caminha a agricultura da nossa região?

Se a intenção do Governo é continuar a desertificar o país profundo da nossa região, está no caminho certo para atingir os seus objectivos, com esta política centralizadora de encerrar os serviços nestes concelhos do interior.
Sendo as populações a que eles recorrem, construída de um modo geral, de idade avançada com dificuldades de mobilidade com suas necessidades. Muitos destes serviços, nomeadamente Zonas Agrárias, que tem despesas total ou parcialmente comparticipadas, pelas autarquias locais e aquelas onde isso não acontece, verifica-se disponibilidade para o fazer, é pouco compreensível que se proponha o seu encerramento, se os ditos serviços não lhes trazem qualquer encargo financeiro. Por outro lado, mais complicado se torna entender, quando se pretende fixar populações nestes concelhos do interior, uma vez, que o que tem para lhe oferecer, é um deserto. Mas o mais incompreensível ainda, que passe a estranho, quando as Zonas Agrárias a extinguir são situadas em concelhos presididos por autarcas sociais democratas (com excepção da Câmara de Góis, que mesmo assim se tem manifestado contra este procedimento e até junto das entidades oficiais) porque leza e ofende os interesses dos seus concidadãos.
António Fernandes
in Jornal de Arganil, de 18/10/2007

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