quinta-feira, 18 de outubro de 2007

A Água em Góis – Entre o Barro e as Doenças

Foi com grande alegria/tristeza que li no Jornal “O Varzeense”, o artigo de opinião, de Rodrigues Neto intitulado “A Água em Vila Nova do Ceira”.
Com alegria porque vejo, que ainda existem pessoas com coragem no Concelho de Góis, para escrevem sobre os males de uma das mais belas regiões do nosso Portugal.
Como escreveu o poeta Manuel Alegre e o Adriano Correia de Oliveira cantava:

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.

Com tristeza porque em pleno século XXI e todos nós sabendo aquilo que está na “Carta Europeia da Água”, de 1968, não há vida sem água; a água é um bem precioso indispensável a todas as actividades humanas; a água é um património de todos e todos devemos reconhecer o seu valor; cada um de nós tem o dever de a economizar e de a utilizar com cuidado; alterar a qualidade da água é prejudicar a vida do homem e dos outros seres vivos.
Existem municípios que não tratam das suas águas com o respeito que deviam ter. Ainda mais no caso do Concelho de Góis que tem pontos de água com boas condições de acesso, onde só tem de se realizar a transformação química para poder ser descontaminada, sendo este o campo onde a Câmara Municipal tem desempenhar um papel importante ao nível da inventariação e manutenção, o que não está a acontecer, como é tão bem relatado pelo Rodrigues Neto.
Eu estive em Góis após a concentração motard e a água estava realmente “barilenta” para não dizer pior, como diz o artigo: …”A água sai castanha, até da máquina de lavar; canalizações antigas rebentam devido ao excesso de pressão da rede (9 quilogramas na zona do Adro); electrodomésticos e esquentadores avariam por causa da alta pressão; e aquando das festas das motos, devido ao elevado número de visitantes…”
A autarquia Goiense já devia saber, que em Agosto e devido a concentração que já vai no 14ª ano e o número de habitantes/turismo que dispara, deviam ter mais atenção e não permitir que essa situação aconteça. Mas realmente este ano foi um pouco demais.
A água que é hidróxido de hidrogénio ou monóxido de di-hidrogénio ou ainda protóxido de hidrogénio é conhecida por ser uma substância líquida que incolor (não tem cor) ao olho humano, inodora (não tem cheiro) e insípida (não tem sabor) além de extremamente essencial a todas as formas de vida, composta por hidrogénio e oxigénio sendo a sua formula química H2O.
No Concelho de Góis, no mês de Agosto, a única coisa que a água tinha daquilo que acabei de dizer era a sua fórmula química.
Nas águas contaminadas, podemos encontrar, bactérias, fungos, toxinas podemos ainda encontrar metais pesados dissolvidos na água, como cromo, chumbo ou mercúrio, que podem provocar diversos tipos de doenças… E de quem é a culpa desses tipos de doenças?
Falando em água e não estando directamente ligado, aproveito para falar sobre a taxa de esgotos cobrada pela C.M. Góis, mesmo às pessoas que não usufruem desse serviço, e para que nos devolvam o nosso dinheiro, temos de nos deslocar lá, apresentar uma reclamação. Daqui só posso depreender que alguém não está a fazer o seu serviço, ou então é uma nova uma forma de extorquir dinheiro dos contribuintes.
Henrique Tigo
in Jornal de Arganil, de 18/10/2007

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1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Apoiado, apoiado...

19 outubro, 2007 10:08  

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