Projecto Coimbra Região Digital
Comprar tecnologias, fixar talentos e atrair investidores para a região
Valorizar a Área Metropolitana de Coimbra a nível nacional e internacional, promovendo o turismo e atraindo população jovem e investidores para a região são alguns objectivos da iniciativa.
Qualificar o território, utilizando, para isso, as tecnologias de informação. É este, sumariamente, o objectivo do projecto Coimbra Região Digital, apresentado, ontem, no Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra.
Trata-se de um trabalho, apoiado pelo Programa Operacional da Sociedade do Conhecimento e co-financiado pela União Europeia, que vai assumir duas vertentes: a da difusão das novas tecnologias junto dos cidadãos e a do apetrechamento dos municípios da Área Metropolitana de Coimbra com os meios necessários para se afirmarem como região digital, que trabalha em rede, para prestar melhores e mais rápidos serviços à população.
No âmbito do projecto Coimbra Digital – um dos 30 projectos de cidades e regiões digitais em curso, em áreas que correspondem a 82% da população nacional e cujo investimento ultrapassa os 200 milhões de euros –, serão, por exemplo, instalados 20 pontos municipais de banda larga para acesso à Internet, será disponibilizado o acesso “wireless” (rede sem fios) em cada sede de concelho e criado um “Data Center” (uma plataforma tecnológica ao serviço da região).
Do projecto fazem parte, também, um portal empresarial, um portal de turismo e outro dedicado ao sector logístico da região.
Para o presidente do Conselho de Administração da Associação Coimbra Região Digital (ACRD) – entidade que coordena o empreendimento –, Horácio Pina Prata, o projecto «é mais do que uma aposta de base tecnológica», estando a ele associado «um programa de inclusão social».
Por outro lado, o projecto vai procurar formar talentos.
«A tecnologia é importante e compra-se», mas importa reter «os talentos que estão na região», porque são «capital humano», afirmou Pina Prata.
Desta forma, estar-se-á a atrair população jovem e investidores para a região, defendem os promotores do Coimbra Digital.
António Bob dos Santos, assessor do gabinete de coordenação nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico (lançado em 2005), disse, ontem, que os protocolos no âmbito da investigação e das transferências de saber com universidades de renome americanas não chega, sendo necessário mobilizar os actores regionais e locais e, sobretudo, andar duas vezes mais depressa que os outros países, para atenuar o atraso de Portugal em matéria de competitividade e de uso eficaz das tecnologias.
De acordo com Graça Simões, do Conselho Directivo da UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento, Portugal tem, hoje, a rede europeia mais densa de locais de acesso público gratuito à Internet (cerca de 1.080 espaços identificados).
A entrega de mais de 60% das declarações de IRS e o tratamento de todo o IVA são feitos via Internet.
16 câmaras e várias entidades
A Associação Coimbra Região Digital (ACDR), constituída em Junho de 2005, consiste numa parceria que envolve 16 câmaras municipais (Arganil, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mealhada, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Soure e Vila Nova de Poiares), entidades do sistema científico e tecnológico nacional, do sistema de ensino superior e politécnico, associações empresariais, tecnológicas e de juventude.
in Diário de Coimbra, de 6/06/2007
Etiquetas: góis
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