A falta de qualidade dos serviços públicos em Chã de Alvares
Chã de Alvares, como centenas de outras aldeias, está longe de ser uma grande metrópole e ainda bem. Embora não viva a melhor época da sua história, como tantas outras aldeias do interior, também não está moribunda. Mas...
Se os residentes permanentes vão diminuindo, já os temporários e os flutuantes vão aumentando, variando no entanto com a época do ano e as actividades sazonais. A comprovar este interesse é o nítido esforço de recuperação de tantas e tantas casas.
O que parece não acompanhar esta tendência é a prestação dos serviços de utilidade pública, que têm vindo a apresentar quebras acentuadas de qualidade.
O serviço da EDP.
A energia eléctrica apenas chegou à Chã em 1974. De então para cá o perfil do consumidor sofreu enormes alterações. Das casas habitadas, ainda que temporariamente, não deverá haver, hoje, nenhuma que não esteja electrificada. Das lâmpadas de 25W que, nos primeiros anos pouco tempo eram mantidas acesas, passou-se para potências de iluminação muito superiores. E quantas terão frigorífico e televisão? E máquinas de lavar e aquecimento eléctrico? Há mesmo quem tenha ar condicionado, rega automática e até piscina.
E a rede eléctrica acompanhou esta evolução? Aparentemente não. A cablagem aérea de distribuição permanece inalterada, em muitos locais, há mais de …30 anos.
Em passado relativamente recente apresentei diversas reclamações que se prendiam com anomalias verificadas com a qualidade da energia eléctrica fornecida e que até agora não foram corrigidas. Foi-me, no entanto, afirmado que era o único cliente que reclamava. Consegui, entretanto, obter informações de outros utentes que já apresentaram reclamações do mesmo teor. Os resultados parecem idênticos. Ou seja, tudo continua como antes…
Então e a PT?
Deve ser quase impossível encontrar alguém que, tendo telefone fixo instalado na Chã de Alvares, não tenha sido impedido da sua normal utilização, por períodos de tempo alargados e cada vez mais frequentes.
Há alguns meses atrás, estivemos impedidos da sua normal utilização por um período de 18 dias úteis. De então para cá, já se registaram diversas interrupções, embora por períodos mais curtos.
À data em que escrevo, um familiar, encontra-se sem telefone há mais de 8 dias, havendo notícia de outras pessoas nas mesmas circunstâncias. E já se registaram diversos casos idênticos.
Estas situações parecem ultrapassar as próprias regras da PT que considera “aceitáveis” as reparações efectuadas até cinco dias. Ao que parece, na Chã de Alvares, estão-se a registar situações anómalas e excepcionais, com demasiada frequência.
O que se passará? Equipamentos de baixa qualidade e/ou mal adaptados ao meio? Assistência técnica deficiente ou insuficiente? O certo é que os utentes estão a ser lesados, porque não podem utilizar o telefone e continuam a pagá-lo integralmente, como se tudo estivesse em perfeita normalidade.
E agora também a Televisão?
Como é do conhecimento geral, os portugueses gostam de ver televisão. Os residentes na Chã não fogem a estas regras e, até há cerca de um ano atrás, tinham ao seu dispor os programas da RTP1, 2, SIC e TVI. De então para cá, apenas conseguem ver a RTP1 e a TVI, e com interferências. Os restantes dois canais registam tal deterioração de imagem e som que levam à rápida desistência dos mais teimosos. Sabemos de alguns habitantes que mandaram proceder à mudança das suas antenas, ou chamaram técnicos para repararem os seus televisores, sem que tenham registado melhorias significativas.
É voz corrente que, esta alteração se ficou a dever à instalação, na serra, de geradores eólicos que afectaram a normal propagação do sinal de televisão, causando-lhe interferências. È também voz corrente que, a situação já é do conhecimento, quer da empresa responsável pela exploração do parque eólico, quer dos serviços técnicos do emissor da Lousã, no Alto do Trevim. O certo é que já passaram largos meses e tudo se mantém na mesma.
A falta de soluções
Fica aqui bem patente a falta de qualidade destes serviços públicos, que se limitam a admitir as nossas queixas mas que, aparentemente nada fazem para as resolver.
E não nos parece que seja por falta de capacidade financeira para investir nas soluções, tendo em conta os elevadíssimos lucros registados, em especial pela EDP e PT.
Por mim, vou continuar a reclamar até à resolução das anomalias ou, até que a paciência se me esgote. E você, vai continuar à espera?
E a Câmara Municipal de Góis, a Junta de Freguesia de Alvares e a Liga de Melhoramentos de Chã de Alvares, já tomaram alguma iniciativa para ajudar a resolver estas situações? Se ainda o não fizeram, parece-me estar mais que na hora de porem em prática a sua vontade
in Jornal de Arganil, edição electrónica
Se os residentes permanentes vão diminuindo, já os temporários e os flutuantes vão aumentando, variando no entanto com a época do ano e as actividades sazonais. A comprovar este interesse é o nítido esforço de recuperação de tantas e tantas casas.
O que parece não acompanhar esta tendência é a prestação dos serviços de utilidade pública, que têm vindo a apresentar quebras acentuadas de qualidade.
O serviço da EDP.
A energia eléctrica apenas chegou à Chã em 1974. De então para cá o perfil do consumidor sofreu enormes alterações. Das casas habitadas, ainda que temporariamente, não deverá haver, hoje, nenhuma que não esteja electrificada. Das lâmpadas de 25W que, nos primeiros anos pouco tempo eram mantidas acesas, passou-se para potências de iluminação muito superiores. E quantas terão frigorífico e televisão? E máquinas de lavar e aquecimento eléctrico? Há mesmo quem tenha ar condicionado, rega automática e até piscina.
E a rede eléctrica acompanhou esta evolução? Aparentemente não. A cablagem aérea de distribuição permanece inalterada, em muitos locais, há mais de …30 anos.
Em passado relativamente recente apresentei diversas reclamações que se prendiam com anomalias verificadas com a qualidade da energia eléctrica fornecida e que até agora não foram corrigidas. Foi-me, no entanto, afirmado que era o único cliente que reclamava. Consegui, entretanto, obter informações de outros utentes que já apresentaram reclamações do mesmo teor. Os resultados parecem idênticos. Ou seja, tudo continua como antes…
Então e a PT?
Deve ser quase impossível encontrar alguém que, tendo telefone fixo instalado na Chã de Alvares, não tenha sido impedido da sua normal utilização, por períodos de tempo alargados e cada vez mais frequentes.
Há alguns meses atrás, estivemos impedidos da sua normal utilização por um período de 18 dias úteis. De então para cá, já se registaram diversas interrupções, embora por períodos mais curtos.
À data em que escrevo, um familiar, encontra-se sem telefone há mais de 8 dias, havendo notícia de outras pessoas nas mesmas circunstâncias. E já se registaram diversos casos idênticos.
Estas situações parecem ultrapassar as próprias regras da PT que considera “aceitáveis” as reparações efectuadas até cinco dias. Ao que parece, na Chã de Alvares, estão-se a registar situações anómalas e excepcionais, com demasiada frequência.
O que se passará? Equipamentos de baixa qualidade e/ou mal adaptados ao meio? Assistência técnica deficiente ou insuficiente? O certo é que os utentes estão a ser lesados, porque não podem utilizar o telefone e continuam a pagá-lo integralmente, como se tudo estivesse em perfeita normalidade.
E agora também a Televisão?
Como é do conhecimento geral, os portugueses gostam de ver televisão. Os residentes na Chã não fogem a estas regras e, até há cerca de um ano atrás, tinham ao seu dispor os programas da RTP1, 2, SIC e TVI. De então para cá, apenas conseguem ver a RTP1 e a TVI, e com interferências. Os restantes dois canais registam tal deterioração de imagem e som que levam à rápida desistência dos mais teimosos. Sabemos de alguns habitantes que mandaram proceder à mudança das suas antenas, ou chamaram técnicos para repararem os seus televisores, sem que tenham registado melhorias significativas.
É voz corrente que, esta alteração se ficou a dever à instalação, na serra, de geradores eólicos que afectaram a normal propagação do sinal de televisão, causando-lhe interferências. È também voz corrente que, a situação já é do conhecimento, quer da empresa responsável pela exploração do parque eólico, quer dos serviços técnicos do emissor da Lousã, no Alto do Trevim. O certo é que já passaram largos meses e tudo se mantém na mesma.
A falta de soluções
Fica aqui bem patente a falta de qualidade destes serviços públicos, que se limitam a admitir as nossas queixas mas que, aparentemente nada fazem para as resolver.
E não nos parece que seja por falta de capacidade financeira para investir nas soluções, tendo em conta os elevadíssimos lucros registados, em especial pela EDP e PT.
Por mim, vou continuar a reclamar até à resolução das anomalias ou, até que a paciência se me esgote. E você, vai continuar à espera?
E a Câmara Municipal de Góis, a Junta de Freguesia de Alvares e a Liga de Melhoramentos de Chã de Alvares, já tomaram alguma iniciativa para ajudar a resolver estas situações? Se ainda o não fizeram, parece-me estar mais que na hora de porem em prática a sua vontade
in Jornal de Arganil, edição electrónica
Etiquetas: chã de alvares, fotografia
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