Embaixadores da cultura do concelho de Góis
Vila Nova do Ceira, no concelho de Góis, é uma localidade situada numa várzea agrícola. Em tempos, o único sustento das famílias passava pelo trabalho braçal, na sua maioria efectuado pelas mulheres, que se prestavam a sachar milho para dois ou três abastados agricultores. Os ranchos de sachadeiras passavam os dias no campo e para dar ritmo ao trabalho e alento à alma cantavam.
A produção de milho foi acabando, mas os saberes e cantares ficaram. Apenas não foram esquecidos porque em 1985 Almerinda Almeida resolveu deitar mãos à obra e andar de lugar em lugar a fazer uma recolha das canções e outros registos que marcaram várias gerações anteriores à sua. Os trajes eram pobres, mas a riqueza das palavras e dos saberes convenceram Almerinda de que algo deveria ter de ser feito para manter de forma enciclopédica as tradições, os usos e costumes da sua terra.
Há 20 anos Maria de Lurdes Alvarinha, outra amante do folclore, teve a ideia de convidar 12 pares da terra para dançarem e cantarem as músicas tradicionais do lugar e assim surgiu o Rancho Folclórico As Sachadeiras da Várzea.
Almerinda Almeida teima hoje em não deixar morrer o projecto, pese algumas dificuldades de ordem financeira, uma vez que os apoios são poucos. Lá vai contando com a autarquia de Góis, a Junta de Freguesia de Vila Nova do Ceira e a cooperativa agrícola local, mas sobretudo com a carolice dos elementos do grupo e da população, sempre disponíveis para ajudar.
Em Julho partem para França, mas antes, já no próximo domingo, dia 27 de Maio, apresentam o vila um festival de folclore. Já estiveram em Espanha, percorreram várias localidades do país participando em festas, romarias e festivais.
Recriam festas antigas para angariar dinheiro, pois um dos objectivos é o de virem a ter um autocarro. Também a falta de verbas para comprar tecidos para novos trajes é por vezes um problema, pese o facto de estes não serem de grande riqueza, dado que a zona era pobre e por isso os trajes - verdadeira réplicas dos que eram usados no início do século XX - também não são muito dispendiosos. Além do mais, Almerinda Almeida faz questão de, "enquanto puder", os continuar a fazer, um por um, pelas suas mãos.
in Jornal de Notícias, de 20/05/2007
A produção de milho foi acabando, mas os saberes e cantares ficaram. Apenas não foram esquecidos porque em 1985 Almerinda Almeida resolveu deitar mãos à obra e andar de lugar em lugar a fazer uma recolha das canções e outros registos que marcaram várias gerações anteriores à sua. Os trajes eram pobres, mas a riqueza das palavras e dos saberes convenceram Almerinda de que algo deveria ter de ser feito para manter de forma enciclopédica as tradições, os usos e costumes da sua terra.
Há 20 anos Maria de Lurdes Alvarinha, outra amante do folclore, teve a ideia de convidar 12 pares da terra para dançarem e cantarem as músicas tradicionais do lugar e assim surgiu o Rancho Folclórico As Sachadeiras da Várzea.
Almerinda Almeida teima hoje em não deixar morrer o projecto, pese algumas dificuldades de ordem financeira, uma vez que os apoios são poucos. Lá vai contando com a autarquia de Góis, a Junta de Freguesia de Vila Nova do Ceira e a cooperativa agrícola local, mas sobretudo com a carolice dos elementos do grupo e da população, sempre disponíveis para ajudar.
Em Julho partem para França, mas antes, já no próximo domingo, dia 27 de Maio, apresentam o vila um festival de folclore. Já estiveram em Espanha, percorreram várias localidades do país participando em festas, romarias e festivais.
Recriam festas antigas para angariar dinheiro, pois um dos objectivos é o de virem a ter um autocarro. Também a falta de verbas para comprar tecidos para novos trajes é por vezes um problema, pese o facto de estes não serem de grande riqueza, dado que a zona era pobre e por isso os trajes - verdadeira réplicas dos que eram usados no início do século XX - também não são muito dispendiosos. Além do mais, Almerinda Almeida faz questão de, "enquanto puder", os continuar a fazer, um por um, pelas suas mãos.
in Jornal de Notícias, de 20/05/2007
Etiquetas: vila nova do ceira
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