sábado, 19 de maio de 2007

Igreja de Santa Maria Maior de Góis



Do antigo, restam na freguesia de Góis alguns notáveis monumentos, que impõem a que neles nos detenhamos: a igreja matriz, construção original do século XV, sofreu grandes modificações nos séculos seguintes. A frontaria data do século XIX. O interior é de uma só nave. A capela-mor, coberta por uma abóbada manuelina, contém um retábulo dos fins do século XVIII ou princípios do século seguinte e foi construída no século XVI, sob o risco de Diogo de Castilho, precisamente quando a arte gótica se ia extinguindo no nosso país.
Pode reconhecer-se ainda, ponto por ponto, a obra realizada por mestre Castilho em satisfação das exigências do contrato referente a benfeitorias ordenadas por D. Luís da Silveira, senhor do morgadio de Góis, em edifício da sua terra. "O estromento que me fez de obrigação das obras da capela maior da igreja e dos Paços Novos de Góis, entre o Mestre das Obras e o Senhor Luís da Silveira", há largos anos descoberto e publicado em "Um Túmulo Renascença", é uma das mais notáveis peças documentais que podem apresentar-se para esclarecimento da técnica e terminologia das construções manuelinas, representativas do gótico final. Na igreja encontra-se também o túmulo de D. Luís da Silveira (conde de Sortelha e embaixador de D. João III na corte de Carlos V) e de seus familiares. No altar-mor admiram-se algumas pinturas sobre madeira do século XVI. A pia baptismal, da mesma época, tem bojo canelado e ostenta as armas dos donatários.

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