sábado, 14 de abril de 2007

Rosa branca, branca, plena do orvalho
que a madrugada em nossos corpos suou
o veludo de teus lábios, meu agasalho,
de mim o frio estéril do tempo levou

Rosa branca, meu fogo, meu borralho
acendeste o que a estrada da dor apagou
pétalas voaram por já esquecido atalho
e o meu peito teu sorriso despertou

Ah rosa de alvas esperanças de calor
suada em meu peito com gotas de amor
na serena e doce luz da madrugada

Ai rosa d' alvo espectro sonhador,
minha alma, de outros espinhos sangrada,
sarou nos doces picos da alvorada...

Abílio Bandeira Cardoso

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