Projecto de um Museu para o concelho de Góis
Neste fim-de-semana a anteceder a Páscoa, foi intensa a actividade regionalista em Lisboa. (...)
Na Casa do Concelho de Góis a anteceder a assembleia geral da agremiação, tivemos no sábado a falar de Regionalismo, e mais concretamente do projecto do Museu de Góis, a dr.ª Ana Paula Assunção, muito bem documentada sobre o assunto: «O Museu de Góis - a sua História e importância para o concelho - A sua ligação à causa regionalista».
Não é muito usual encontrar quem, não tendo nascido em Góis ou na região da antiga Comarca de Arganil, tão bem tenha sabido interpretar o significado deste muito «nosso» movimento regionalista como a conferencista da tarde.
A razão tinha que estar em qualquer lado: é que a dr.ª Ana Paula Assunção foi casada com o saudoso Carlos Alberto de Oliveira Vicente, um homem do Regionalismo pampilhosense, que morreu cedo. (...)
E que a sua mensagem regionalista passou, bem o revelou agora aquela que foi a sua companheira, disposta a apresentar uma tese de doutoramento sobre a antiga e histórica vilazinha de Góis, inclusivamente o Museu que está projectado.
O projecto de um Museu em Góis já não é novo, mas o que está projectado exige um esforço grande, especialmente à Câmara Municipal, que nisso se tem empenhado. Todos sabemos quanto as Câmaras do país inteiro têm enfrentado dificuldades financeiras para concretizar projectos, hoje que para tudo é preciso muito dinheiro.
Mas como afirmou a dr.ª Ana Paula, Góis não parou no século XVI após a morte de D. Luís da Silveira, um Senhor de Góis que muito fez na sua vila.
Inclusivamente nas últimas décadas, Góis tem-se alargado pelas duas margens do Ceira até à ponte nova, que aliviou o trânsito do centro da vila, mantendo intacto o velho casco do antigo burgo, que mantém visível o aspecto do seu passado, como seria recomendável.
E não nos podemos esquecer que a dois homens que não nascerem em Góis, o dr. José Cabeças e José Girão Vitorino, antigo e actual presidente da Câmara, respectivamente, se deve muito deste «renascimento goiense», já iniciado por Augusto Nogueira Pereira.
E estamos em crer que Girão Vitorino, apesar de todas as dificuldades financeiras que afectarão o município goeinse, que não é rico, não deixará de se empenhar ma construção do Museu, como já deu indiscutíveis provas.
Como não podemos ignorar que, enquanto algumas Câmaras estão empenhadas ao máximo e vendem património municipal, o município de Góis tem feito significativos investimentos no campo imobiliário e nas áreas da cultura.
Por muito que se apontem defeitos (e em Democracia há sempre possibilidade de apontar defeitos e criticar caminhos), é justo que se apontem os êxitos e a entrega à coisa pública pelos seus responsáveis autárquicos.
Na Casa do Concelho de Góis a anteceder a assembleia geral da agremiação, tivemos no sábado a falar de Regionalismo, e mais concretamente do projecto do Museu de Góis, a dr.ª Ana Paula Assunção, muito bem documentada sobre o assunto: «O Museu de Góis - a sua História e importância para o concelho - A sua ligação à causa regionalista».
Não é muito usual encontrar quem, não tendo nascido em Góis ou na região da antiga Comarca de Arganil, tão bem tenha sabido interpretar o significado deste muito «nosso» movimento regionalista como a conferencista da tarde.
A razão tinha que estar em qualquer lado: é que a dr.ª Ana Paula Assunção foi casada com o saudoso Carlos Alberto de Oliveira Vicente, um homem do Regionalismo pampilhosense, que morreu cedo. (...)
E que a sua mensagem regionalista passou, bem o revelou agora aquela que foi a sua companheira, disposta a apresentar uma tese de doutoramento sobre a antiga e histórica vilazinha de Góis, inclusivamente o Museu que está projectado.
O projecto de um Museu em Góis já não é novo, mas o que está projectado exige um esforço grande, especialmente à Câmara Municipal, que nisso se tem empenhado. Todos sabemos quanto as Câmaras do país inteiro têm enfrentado dificuldades financeiras para concretizar projectos, hoje que para tudo é preciso muito dinheiro.
Mas como afirmou a dr.ª Ana Paula, Góis não parou no século XVI após a morte de D. Luís da Silveira, um Senhor de Góis que muito fez na sua vila.
Inclusivamente nas últimas décadas, Góis tem-se alargado pelas duas margens do Ceira até à ponte nova, que aliviou o trânsito do centro da vila, mantendo intacto o velho casco do antigo burgo, que mantém visível o aspecto do seu passado, como seria recomendável.
E não nos podemos esquecer que a dois homens que não nascerem em Góis, o dr. José Cabeças e José Girão Vitorino, antigo e actual presidente da Câmara, respectivamente, se deve muito deste «renascimento goiense», já iniciado por Augusto Nogueira Pereira.
E estamos em crer que Girão Vitorino, apesar de todas as dificuldades financeiras que afectarão o município goeinse, que não é rico, não deixará de se empenhar ma construção do Museu, como já deu indiscutíveis provas.
Como não podemos ignorar que, enquanto algumas Câmaras estão empenhadas ao máximo e vendem património municipal, o município de Góis tem feito significativos investimentos no campo imobiliário e nas áreas da cultura.
Por muito que se apontem defeitos (e em Democracia há sempre possibilidade de apontar defeitos e criticar caminhos), é justo que se apontem os êxitos e a entrega à coisa pública pelos seus responsáveis autárquicos.
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Góis teve sempre homens dedicados ao movimento regionalista, em Lisboa, a começar pela Comissão que chama a si a fundação da Casa da Comarca de Arganil em 1929.
O dr. Alfredo Simões Travassos e seus irmãos estiveram nessa linha, como estiveram na altura na fundação da Comissão de Lisboa de Propaganda e Melhoramentos de Vila Nova do Ceira - a sua freguesia. E foi mesmo o primeiro presidente da direcção da Casa comarcã, em que se tornou uma figura notável, designadamente antes que fosse fundada a Casa do Concelho de Góis.
Ao longo da sua vida, e faleceu já de proveta idade, o dr. Alfredo Simões Travassos foi um homem de cultura e de bom gosto, amealhando fortuna que lhe permitiu adquirir objectos raros de grande valor, dignos de colecção em Museu.
Ao pressentir que se aproximava o fim, lembrou-se da sua terra - o seu concelho de Góis. E deixou-lhe em testamento um valioso espólio com objectos preciosos, dignos de Museu condigno, como aliás, já havia feito o seu irmão Armando.
Góis tem assim a possibilidade de poder vir a ter um Museu valioso, como poucos em toda a região central das Beiras neste género. Mas para isso são necessárias instalações condígnas. A Câmara e a artista Alice Sande já deram passos importantes nesse sentido, que José Girão Vitorino se irá empenhar em concluir, criando-se em Góis o Museu que recorde especialmente o doador de tão importante espólio, que ficará a constituir uma mais-valia para o turismo local.
António Lopes Macahdo
in A Comarca de Arganil, de 3/04/2007
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