Turista estrangeiro gastou 68 euros por dia na Região Centro
Um estrangeiro gastou em média, por dia, 68 euros, e um português 46 euros, quando visitaram, em 2003, a Região Centro do país, segundo Celeste Eusébio, professora de Gestão e Turismo da Universidade de Aveiro. A tese "Avaliação do impacte económico do turismo a nível regional - O caso da Região Centro de Portugal" integra o doutoramento que recentemente defendeu e constitui um dos raros, e o mais recente, estudos efectuados nas Beiras.
O estudo diz respeito à região centro definida pela área da NUT II, que existia em 2002, delimitada a norte por Ovar, Castro Daire, Meda e Figueira de Castelo Rodrigo e a sul por Porto de Mós, Mação, Vila Velha de Rodão e Idanha-a-Nova e integra as regiões do Baixo Vouga, Baixo Mondego, Pinhal Litoral, Pinhal Interior Norte, Dão-Lafões e Pinhal Interior Sul.
Celeste Eusébio considera que cada euro de despesa teve o efeito multiplicador de 2,12 euros na produção regional e de 0,56 euros no rendimento para as famílias.
Por cada mil euros que um turista que em 2003 visitou a região centro, o efeito multiplicador ao nível do emprego representou a criação de 0,05 postos de trabalho.
O turismo, segundo a tese de Celeste Eusébio, teve um contributo de mais de um milhão de euros no sector produtivo da região e representa 3,86% do total da produção da região em 2003.
O turismo criou 30 462 postos de trabalho, o que representa 3.85% do emprego da ex-NUT II, sendo estes valores estimados de acordo com um modelo desenvolvido que permitiu avaliar os impactos económicos do turismo para a Região Centro, incorporando, segundo Celeste Eusébio, um submodelo para estimar as despesas dos visitantes e outro para estimar os multiplicadores turísticos.
Os turistas que visitaram a região em menor número (representam 11% do total) foram os que proporcionaram os maiores benefícios económicos para a região. Trata-se de visitantes com alto poder de compra, idosos, estrangeiros e com altas qualificações académicas.
Mais de metade dos visitantes (57%) têm baixos rendimentos económicos.
"Um dos motivos que contribuíram para a selecção da Região Centro de Portugal para aplicar o modelo de avaliação dos benefícios económicos do turismo, foi a ausência de estudos e informação relevante para realizar planos e definir políticas para o seu desenvolvimento turístico", assinala Celeste Eusébio.
A docente da Universidade de Aveiro lembra que "se a nível nacional existem grandes lacunas em termos de disponibilidade de dados relevantes à realização de estudos em turismo, a nível regional essa dificuldades aumenta, principalmente quando se pretende estudar regiões que, apesar de revelarem grandes potencialidades para o desenvolvimento turístico, ainda invocam pouco dinamismo
O estudo de Celeste Eusébio pretendeu caracterizar, entre outros objectivos, o mercado efectivo da região em termos de perfil e comportamento; avaliar a imagem da região como destino turístico; avaliar as despesas dos visitantes e a sua estrutura em termos de bens e serviços consumidos.
O espólio cultural e patrimonial faz de Coimbra a cidade mais procurada pelo turista estrangeiro na Região Centro, segundo Celeste Eusébio, docente de Gestão e Planeamento de Turismo na Universidade de Aveiro. A Universidade conimbricense, os monumentos e os museus são os mais vistos pelos estrangeiros em Coimbra. Alcobaça e Batalha também entram no roteiro dos visitantes estrangeiros. Dando nota positiva à qualidade e preço dos alojamentos, os turistas estrangeiros queixaram-se da falta de preservação e limpeza do património. Coimbra, uma cidade que está nos roteiros internacionais, é também a mais procurada pelos estrangeiros que visitam a região centro para dormir (13 por cento), seguindo-se Viseu (9,9 por cento) e Figueira da Foz (8,2 por cento). Franceses, espanhóis, italianos, holandeses, belgas e italianos são os turistas estrangeiros que mais procuram a região. O turista nacional é mais exigente, segundo um estudo de Celeste Eusébio realizado em 2003 junto de cerca de três mil turistas e que está incluído na tese de doutoramento que oportunamente defendeu na Universidade de Aveiro sobre o tema "Avaliação do impacte económico do turismo a nível regional - O caso da Região Centro de Portugal".
in Jornal de Notícias, de 22/01/2007
O estudo diz respeito à região centro definida pela área da NUT II, que existia em 2002, delimitada a norte por Ovar, Castro Daire, Meda e Figueira de Castelo Rodrigo e a sul por Porto de Mós, Mação, Vila Velha de Rodão e Idanha-a-Nova e integra as regiões do Baixo Vouga, Baixo Mondego, Pinhal Litoral, Pinhal Interior Norte, Dão-Lafões e Pinhal Interior Sul.
Celeste Eusébio considera que cada euro de despesa teve o efeito multiplicador de 2,12 euros na produção regional e de 0,56 euros no rendimento para as famílias.
Por cada mil euros que um turista que em 2003 visitou a região centro, o efeito multiplicador ao nível do emprego representou a criação de 0,05 postos de trabalho.
O turismo, segundo a tese de Celeste Eusébio, teve um contributo de mais de um milhão de euros no sector produtivo da região e representa 3,86% do total da produção da região em 2003.
O turismo criou 30 462 postos de trabalho, o que representa 3.85% do emprego da ex-NUT II, sendo estes valores estimados de acordo com um modelo desenvolvido que permitiu avaliar os impactos económicos do turismo para a Região Centro, incorporando, segundo Celeste Eusébio, um submodelo para estimar as despesas dos visitantes e outro para estimar os multiplicadores turísticos.
Os turistas que visitaram a região em menor número (representam 11% do total) foram os que proporcionaram os maiores benefícios económicos para a região. Trata-se de visitantes com alto poder de compra, idosos, estrangeiros e com altas qualificações académicas.
Mais de metade dos visitantes (57%) têm baixos rendimentos económicos.
"Um dos motivos que contribuíram para a selecção da Região Centro de Portugal para aplicar o modelo de avaliação dos benefícios económicos do turismo, foi a ausência de estudos e informação relevante para realizar planos e definir políticas para o seu desenvolvimento turístico", assinala Celeste Eusébio.
A docente da Universidade de Aveiro lembra que "se a nível nacional existem grandes lacunas em termos de disponibilidade de dados relevantes à realização de estudos em turismo, a nível regional essa dificuldades aumenta, principalmente quando se pretende estudar regiões que, apesar de revelarem grandes potencialidades para o desenvolvimento turístico, ainda invocam pouco dinamismo
O estudo de Celeste Eusébio pretendeu caracterizar, entre outros objectivos, o mercado efectivo da região em termos de perfil e comportamento; avaliar a imagem da região como destino turístico; avaliar as despesas dos visitantes e a sua estrutura em termos de bens e serviços consumidos.
O espólio cultural e patrimonial faz de Coimbra a cidade mais procurada pelo turista estrangeiro na Região Centro, segundo Celeste Eusébio, docente de Gestão e Planeamento de Turismo na Universidade de Aveiro. A Universidade conimbricense, os monumentos e os museus são os mais vistos pelos estrangeiros em Coimbra. Alcobaça e Batalha também entram no roteiro dos visitantes estrangeiros. Dando nota positiva à qualidade e preço dos alojamentos, os turistas estrangeiros queixaram-se da falta de preservação e limpeza do património. Coimbra, uma cidade que está nos roteiros internacionais, é também a mais procurada pelos estrangeiros que visitam a região centro para dormir (13 por cento), seguindo-se Viseu (9,9 por cento) e Figueira da Foz (8,2 por cento). Franceses, espanhóis, italianos, holandeses, belgas e italianos são os turistas estrangeiros que mais procuram a região. O turista nacional é mais exigente, segundo um estudo de Celeste Eusébio realizado em 2003 junto de cerca de três mil turistas e que está incluído na tese de doutoramento que oportunamente defendeu na Universidade de Aveiro sobre o tema "Avaliação do impacte económico do turismo a nível regional - O caso da Região Centro de Portugal".
in Jornal de Notícias, de 22/01/2007
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