quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Requalificação do Largo do Pombal e outras obras em 2007

Vão começar ainda este mês de Janeiro, as obras de requalificação do Largo Francisco Inácio Dias Nogueira, conhecido pelo Largo do Pombal, nesta vila.
Obras cujo investimento ascende a mais de 230 mil euros e que como nos disse o presidente da Câmara Municipal, José Girão Vitorino, deverão estar concluídas em 30 de Junho próximo, depois de uma intervenção que, segundo o projecto, vão dar àquele bonito Largo do centro histórico da vila a dignidade que merece.
A requalificação, de fundo, que vai ser feita no Largo do Pombal vai desde a iluminação até aos bancos, passando pelo piso, instalação de sanitários públicos e outros melhoramentos e arranjos necessários contemplados no bem elaborado projecto para tornar ainda mais nobre, mais atraente e mais digno este espaço, bonito, que no seu conjunto integra ainda, além do casario, a velha fonte, a capela da Misericórdia, a futura Casa Museu de Alice Sande.
Esta obra, da responsabilidade da Câmara Municipal, insere-se na aposta que ao longo dos tempos tem sido feita pelo executivo no que se refere à preservação do património da vila e do concelho, e por isso, como nos adiantou Girão Vitorino, depois da requalificação do Largo do Pombal, «progressivamente queremos requalificar toda a zona histórica da vila».
Uma vila e um concelho que, apesar de ainda isolado neste interior profundo da Beira-Serra, tem potencialidades que lhe permite dar um passo gigante naquela que é hoje a grande indústria do turismo, faltando apenas os investidores capazes de fazer render esta indústria, mesmo apesar da grande divulgação feita pela autarquia, em parceria com as colectividades e instituições do concelho, sempre irmanadas em levar bem longe o nome da sua terra. Mas também com o seu povo, com os goienses que ontem como hoje, trabalham e lutam para que Góis seja um concelho com futuro.

«Góis terá futuro porque, sendo realistas seremos verdadeiros; sendo sinceros, seremos justos; e sendo honestos, seremos dignos»

Assim se escreve na nota introdutória do Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2007, que recentemente foram aprovados pela maioria na Assembleia Municipal (com um voto favorável do PSD, três abstenções e três contra), onde são traçadas as linhas orientadoras para mais um ano de actividade da Câmara Municipal, em que o presidente, apesar da conjuntura e das dificuldades, por vezes dos «cortes orçamentais e adiamentos», quer cumprir com a execução de alguns projectos assumidos, numa opção tomada em consciência, que não podendo agradar a todos, não deixa de ser a possível e a mais realista a pensar no bem-estar das populações do concelho.
Nesse sentido e «sendo realistas, apenas nos podemos comprometer com os projectos para os quais reunimos condições orçamentais. Todavia, não invalida que não estejamos atentos a todas as oportunidades, que lutemos por um melhor futuro junto do Poder Central, tal como não põe em causa que estabeleçamos parcerias públicas e privadas que possam favorecer a nossa população e, de igual modo, nunca enjeitaremos a possibilidade de criar sinergias com os municípios vizinhos para promover o não esquecimento da Beira-Serra como aconteceu na melhoria da Estrada Nacional 342, acrescido da realização de um projecto alternativo paralelo, que possa ser realizado o mais rapidamente possível», assim se escreve também no Orçamento e Plano.
Nesta perspectiva e além da requalificação do Largo do Pombal, durante o corrente ano serão iniciadas também as obras de requalificação do edifício dos Paços do Município, «com a modernização dos espaços, a recuperação dos tectos para preservar e valorizar as pinturas registadas de interesse nacional», ao mesmo tempo que serão lançadas as primeiras pedras de novos projectos, apoiados pelo Governo, como a «Casa da Cultura com auditório para todo o tipo de espectáculos, espaços multiusos para apoio a actividades culturais, desportivas e lúdicas do concelho».

Um edifício de grandes tradições e recordações

Actualmente propriedade da Câmara Municipal, é no edifício onde funciona a Associação Educativa e Recreativa de Góis, que vai nascer a futura Casa da Cultura de Góis.
Edifício de grandes tradições e recordações, ao longo dos tempos passaram pelo seu palco grandes espectáculos de teatro, de música, a encherem de pessoas e de glória uma casa que é sem dúvida a maior referência da cultura goiense.
E foi a pensar na sua preservação, que a Câmara Municipal comprou este espaço, onde agora pretende instalar a sua Casa da Cultura, ao mesmo tempo que pretende avançar para outra grande obra, o Museu Municipal (Casa Alice Sande) «de modo a preservar a nossa história e cultura, criando condições para divulgar o rico espólio herdado pelo município».
Mas se o sector da cultura está em evidência a concretização de infra-estruturas básicas no concelho não foram esquecidas, como a via estruturante Norte-Sul, projectos de defesa e promoção da floresta, que fazem também parte das opções do Plano para o corrente ano, e segundo nos adiantou o presidente da Câmara, também é prioritário o parque para as oficinas municipais, a construir no Pólo Industrial da Alagoa e o acabamento de infraestruturas nos Pólos Industriais de Cortes e Vila Nova do Ceira.
Ainda no que se refere a obras, José Girão Vitorino diz-nos que a ampliação do cemitério é uma necessidade, o arrelvamento do campo municipal vai ser uma realidade, esperando que a curto prazo e através da empresa Águas do Mondego venham a ser beneficiadas as ETAR's de Cortes e de Góis, sendo já lançados os concursos para as ETAR's de Ponte de Sotão e Vila Nova do Ceira.

Cheias deixaram grandes estragos nas zonas ribeirinhas

Com as últimas enchentes, foram muitos os estragos deixados pelas águas.
Estragos que, segundo a Câmara, são necessários reparar imediatamente e repôr aquilo que as águas levaram. Os custos com estas obras são muito significativos e têm de ser feitos só com o orçamento da autarquia, que neste momento e depois do levantamento feito, está a proceder às obras para que, no mais curto espaço de tempo possível, tudo volte ao normal e a servir as populações e quem visita o concelho.
Concelho onde se apostou nas Aldeias do Xisto. A Comareira está pronta e agora procede-se aos acabamentos nas Aigras e na Pena, para que também em breve possam servir as suas populações e o turismo.
Turismo que virá a ter uma grande mais-valia com o Hotel Rural e Centro de Eventos, na Quinta do Baião, como nos garantiu o presidente da Câmara, e que vai ser possível através de investidor particular que pretende ali recuperar o edifício existente, construíndo também uma ala de apoio totalmente nova, depois de aceite, estudada e devidamente fundamentada a proposta que para o efeito foi apresentada à autarquia.
Autarquia que já entregou as candidaturas das praias fluviais do concelho a «Praia Acessível e Bandeira Azul», para que novamente venha a ser concedido o galardão que é garantia da qualidade destas zonas balneares, que em cada ano atraem milhares de pessoas a Góis.
Góis onde os seus autarcas sabem e sentem que é na educação que assentam as bases do desenvolvimento. Nesse sentido, a disponibilidade da Câmara Municipal tem sido total para manter preservado não só o seu parque escolar, como as escolas do 1.º ciclo da vila, de Bordeiro, Ponte do Sotão, Vila Nova do Ceira e Cortes (a do Colmeal fechou por falta de alunos), mas também para proporcionar aos alunos as melhores condições com os transportes, os meios informáticos, a alimentação, até livros e material escolar de apoio, sem esquecer a lenha e a electricidade para o aquecimento desas escolas. Uma verba substancial do orçamento para este sector, importante, da educação.
Educação na qual tem papel importante a Escola Básica 2,3, cujo trabalho ali desenvolvido é conhecido e reconhecido pela Câmara Municipal, que numa parceria com esta Escola e o Centro de Emprego conseguiu para Góis um curso profissional na área da hotelaria e restauração, já a funcionar, dando aos alunos a equivalência do 12.º ano de escolaridade.

Excelente trabalho das IPSS's do concelho

Contudo, a maioria da população do concelho é idosa. E a precisar de apoio. Um apoio que o presidente da Câmara Municipal reconhece e enaltece porque, como salientou, «as IPSS's estão a desenvolver um excelente trabalho nesta área e sem elas era impossível dar resposta às necessidades daqueles que mais precisam». Por isso, a autarquia, mais do que reconhecida, também dá o apoio possível nesta área, como aliás em todas as outras áreas em que esteja em causa o bem-estar das populações.
Bem-estar que passa, necessariamente pela saúde, e como nos disse José Girão Vitorino, ainda recentemente teve uma reunião com o presidente da Administração Regional de Saúde do centro, que lhe garantiu que Góis em nada sairá prejudicado face às tranformações que se estão a verificar no sector. E acreditanto nas pessoas, o autarca acredita também, repetindo o que atrás está escrito, que «Góis terá futuro porque, sendo realistas somos verdadeiros; sendo sinceros, seremos justos e sendo honestos, seremos dignos».
J. M. Castanheira
in A Comarca de Arganil, de 11/01/2007