Lembrando o passado... volfrâmio
O plano de Góis
Em épocas de cotação baixa do ouro, a sua exploração não merecia a atenção do homem. Se dava... dava, se não dava... toca a parar o plano. Assim, fecharam as portas às minas, que hoje... merecem o estudo dos engenheiros, com o chamado «plano de Góis» debaixo do braço, talvez no propósito de avaliar das possibilidades de um reactivar da exploração, de um recuperar rendível do metal que ainda se vai perdendo na natureza que, quase, à mão fácil do homem... De imediato, «o plano de Góis» estuda a possibilidade de restauro da exploração de estanho e volfrâmio nas minas da Senhora da Guia e Vale Pião, actualmente desmanteladas, e de ouro, como disse, na Escádia Grande, talvez a substância que melhores perspectivas pode oferecer actualmente, quanto a potencialidades a ter em conta.
O teor do minério explorado, a que já fiz referência, é indicação indispensável a não desprezar. Já no que toca à exploração do estanho e volfrâmio, e pelo que se conhece de explorações anteriores, elas têm sido irregulares, naturalmente por serem irregulares as concentrações dos minérios que vão sendo extraídos, neste momento, as suas reservas à vista são diminutas, para não dizer praticamente esgotadas. Porém, a aplicação de modernas técnicas de prospecção, em curso, visam a localização de sondagens capazes de colher testemunho do que se passa com estes jazigos, para a sua valorização. No fundo, este chamado «plano de Góis», posto em execução no início do corrente ano, visa um estudo de potencialidades existentes na região, sob o ponto de vista mineiro, orientado por forma a prever possibilidades de exploração. Que há ouro, há... mas é preciso, naturalmente, analisar devidamente as coisas para saber as potencialidades que encerra. Claro que neste particular, com a subida vertiginosa da cotação deste metal, importa catalogar as possíveis reservas e contabilizar as possibilidades da sua extração. «O plano de Góis», a ser bem sucedido, visa dar resposta clara a esses objectivos. A nível mundial, e por tudo que ficou dito acerca da valorização do ouro, contrastando com a retracção do interesse opõe-se, agora, uma autêntica corrida às minas antigas, no sentido de as fazer reviver. A importância do ouro na economia dos povos é clara e motiva.
Mina de ouro em Góis, em vésperas de nova actividade? A interrogação fica no ar, porém, a avaliar pelos dados possíveis e pelas indicações de um teor altamente elevado, fácil poderá ser a sua «reactivação». Nada de dizer que ali, naquele local onde a urze cresce a esmo, está a «salvação da Pátria». Mas poderá muito bem acontecer que aquele silêncio, aquela paz que permite o escutar claro do esvoaçar das abelhas, seja cortado pela necessidade de tirar das entranhas da terra, dos filões que se perdem nas galerias de centenas de metros, o ouro das nossas necessidades.
Terminada aqui a transcrição, temos que convir que um mundo de esperança renasce.
Voltarei ao assunto.
Luciano Nunes dos Reis
in O Varzeense, de 30/12/2006
Em épocas de cotação baixa do ouro, a sua exploração não merecia a atenção do homem. Se dava... dava, se não dava... toca a parar o plano. Assim, fecharam as portas às minas, que hoje... merecem o estudo dos engenheiros, com o chamado «plano de Góis» debaixo do braço, talvez no propósito de avaliar das possibilidades de um reactivar da exploração, de um recuperar rendível do metal que ainda se vai perdendo na natureza que, quase, à mão fácil do homem... De imediato, «o plano de Góis» estuda a possibilidade de restauro da exploração de estanho e volfrâmio nas minas da Senhora da Guia e Vale Pião, actualmente desmanteladas, e de ouro, como disse, na Escádia Grande, talvez a substância que melhores perspectivas pode oferecer actualmente, quanto a potencialidades a ter em conta.
O teor do minério explorado, a que já fiz referência, é indicação indispensável a não desprezar. Já no que toca à exploração do estanho e volfrâmio, e pelo que se conhece de explorações anteriores, elas têm sido irregulares, naturalmente por serem irregulares as concentrações dos minérios que vão sendo extraídos, neste momento, as suas reservas à vista são diminutas, para não dizer praticamente esgotadas. Porém, a aplicação de modernas técnicas de prospecção, em curso, visam a localização de sondagens capazes de colher testemunho do que se passa com estes jazigos, para a sua valorização. No fundo, este chamado «plano de Góis», posto em execução no início do corrente ano, visa um estudo de potencialidades existentes na região, sob o ponto de vista mineiro, orientado por forma a prever possibilidades de exploração. Que há ouro, há... mas é preciso, naturalmente, analisar devidamente as coisas para saber as potencialidades que encerra. Claro que neste particular, com a subida vertiginosa da cotação deste metal, importa catalogar as possíveis reservas e contabilizar as possibilidades da sua extração. «O plano de Góis», a ser bem sucedido, visa dar resposta clara a esses objectivos. A nível mundial, e por tudo que ficou dito acerca da valorização do ouro, contrastando com a retracção do interesse opõe-se, agora, uma autêntica corrida às minas antigas, no sentido de as fazer reviver. A importância do ouro na economia dos povos é clara e motiva.
Mina de ouro em Góis, em vésperas de nova actividade? A interrogação fica no ar, porém, a avaliar pelos dados possíveis e pelas indicações de um teor altamente elevado, fácil poderá ser a sua «reactivação». Nada de dizer que ali, naquele local onde a urze cresce a esmo, está a «salvação da Pátria». Mas poderá muito bem acontecer que aquele silêncio, aquela paz que permite o escutar claro do esvoaçar das abelhas, seja cortado pela necessidade de tirar das entranhas da terra, dos filões que se perdem nas galerias de centenas de metros, o ouro das nossas necessidades.
Terminada aqui a transcrição, temos que convir que um mundo de esperança renasce.
Voltarei ao assunto.
Luciano Nunes dos Reis
in O Varzeense, de 30/12/2006
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