Morrer desejei, de Abílio Bandeira Cardoso
Hoje quis morrer, mas matar-me não podia
Com minhas mãos tentei arrancar o coração.
Em sua própria dor arrancá-lo não doía
Bateu, saltou, lutou e fugiu-me da mão.
Hoje quis cegar-me, mas cegar-me não seria,
Para deixar de sentir-te, crível solução
Com os olhos mil vezes fingi que te não via
Meu corpo cegou... mas minha alma não.
Sem dor que não fosse a que já sentia,
Hoje quis morrer iluminado pela lua,
Debaixo de um carvalho, nas pedras da rua.
Hoje quis morrer, mas matar-me não podia
O carvalho segredou-me o que eu já sabia:
Minha vida não me pertence, ... é só tua.
Abílio Bandeira Cardoso
Com minhas mãos tentei arrancar o coração.
Em sua própria dor arrancá-lo não doía
Bateu, saltou, lutou e fugiu-me da mão.
Hoje quis cegar-me, mas cegar-me não seria,
Para deixar de sentir-te, crível solução
Com os olhos mil vezes fingi que te não via
Meu corpo cegou... mas minha alma não.
Sem dor que não fosse a que já sentia,
Hoje quis morrer iluminado pela lua,
Debaixo de um carvalho, nas pedras da rua.
Hoje quis morrer, mas matar-me não podia
O carvalho segredou-me o que eu já sabia:
Minha vida não me pertence, ... é só tua.
Abílio Bandeira Cardoso
Etiquetas: abílio cardoso, poema
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