terça-feira, 31 de outubro de 2006

Promessa de amor, de Abílio Bandeira Cardoso

Prometo, ora, a meus pés ajoelhado
ser eu, ser vida e ser morte a final
ser tudo e nada ser que seja mal
ser um sonho na penumbra acordado

Prometo eu ser , mesmo contrariado
Prometo ser tu, e eu residual
ou só ser nós com eficácia tal,
que as horas contarão tempo parado

Prometo ser paixao sem outro norte
que nao seja o teu ponto cardeal
prometo, a Deus, viver-te até à morte...

E prometo um amor alem sepulcral
visitado em todo o orvalho forte
caído em lagrimas de choro matinal

Abílio Bandeira Cardoso

Etiquetas: ,