Gósisarte inaugurado ontem - Artes plásticas ganham dimensão em Góis
Este ano o GóisArte conta com 110 obras de artistas portugueses e espanhóis, distribuídas pela fotografia, pintura e escultura. A mostra internacional de arte foi inaugurada ontem e está patente ate ao próximo dia 19, na Casa do Artista em Góis. Trata-se da última edição que conta com Girão Vitorino como presidente da Câmara Municipal, facto que não deixou indiferente alguns dos presentes na sessão de abertura do evento.
Assim, o autarca de Góis vai ter uma rua com o seu nome em Oroso, localidade há largos anos geminada com o município de Góis. «Quero que o nome de Girão Vitorino fique presente para sempre nas ruas de Oroso», disse Manuel Miras Franqueira. O Alcaide do Concelho de Oroso pretende, desta forma, mostrar «o agradecimento e o carinho que temos por Girão Vitorino», até porque, sublinhou, a geminação que Oroso tem com Góis foi efectuada durante o seu mandato e «a experiência que temos no campo das artes foi precisamente colhida aqui em Góis».
Também António Pedro Pita se referiu ao edil, afirmando que «não é necessário fazer um filme, escrever um livro, ou compor uma canção para se ser um artista», uma vez que na opinião do director regional da Cultura do Centro, «um artista é aquele que produz, que cria» e «se dermos uma volta por Góis, encontramos muitas formas, materiais e imateriais que são da responsabilidade de Girão Vitorino».
António Pedro Pita referiu-se ao certame, sublinhando a sua «importância local e regional», e a «sua capacidade de atrair outros artistas de regiões diferentes do país e de Espanha». O responsável regional da Cultural fez ainda notar a diferença e a especificidade do GóisArte, uma vez que, «de um modo geral as autarquias apostam nas artes performativas e a Câmara Municipal de Góis apostou nas artes plásticas» e «são poucas as que o fazem», fez notar.
O responsável pela Cultura do Centro, foi mais longe e considerou que a consolidação do certame, que tem vindo a ser efectuada ao longo destes 13 anos «é uma pedra chave no que eu chamo ordenamento do território em temos culturais», pois, «a cultura e as artes têm uma importância política que nunca é demais sublinhar».
Sensibilizar pela arte
Já para Helena Moniz, este certame é «um bom exemplo do dinamismo cultural do concelho, que aposta em imprimir uma marca relevante nas artes». A arte e a criação artística, disse ainda a vereadora da Câmara de Góis, «permitem comunicar emoções, partilhar afectos e, por isso, apelamos à sensibilidade dos artistas para nos ajudarem nessa nobre missão de promoção e defesa da criança e dos seus direitos, ao mesmo tempo lançando o alerta à sociedade para a sua responsabilidade na formação dos mais novos». Até porque, acrescentou, «as nossas crianças são o espelho da nossa sociedade e o que semearmos, colhemos».
Os artistas reponderam ao apelo, ou seja, subordinarem as suas obras ao tema “A Criança e a Sociedade” e, enfatiza a vereadora da Cultura, «encontraremos nas obras expostas mensagens muito fortes, a que decerto não ficaremos indiferentes e que nos levarão à reflexão».
Segundo Girão Vitorino ao escolher este tema «quisemos apelar aos artistas e à sua sensibilidade para alertar, diferentemente, para a necessidade de proteger a criança, demonstrando que ela é a semente que qualquer sociedade deseja ver crescer e assumir a herança da sua comunidade». O autarca deixou também uma palavra para os artistas que participam no certame esperando que «continuem a procurar as terras do Ceira, Vale ou Serra, para, neste espaço humano único e em comunhão com a natureza possam deleitar-se no vosso trabalho ou arte, sabendo que o GóisArte tem memória e acarinha todos os artistas, sejam eles locais ou não». A propósito Girão Vitorino recordou ainda que este certame «é, também hoje, motivo de união de dois municípios de países diferentes, que encaram a sua cultura como um espelho natural das suas raízes e do que se pretendem tornar no futuro».
in Diário de Coimbra, de 11/07/2009
Assim, o autarca de Góis vai ter uma rua com o seu nome em Oroso, localidade há largos anos geminada com o município de Góis. «Quero que o nome de Girão Vitorino fique presente para sempre nas ruas de Oroso», disse Manuel Miras Franqueira. O Alcaide do Concelho de Oroso pretende, desta forma, mostrar «o agradecimento e o carinho que temos por Girão Vitorino», até porque, sublinhou, a geminação que Oroso tem com Góis foi efectuada durante o seu mandato e «a experiência que temos no campo das artes foi precisamente colhida aqui em Góis».
Também António Pedro Pita se referiu ao edil, afirmando que «não é necessário fazer um filme, escrever um livro, ou compor uma canção para se ser um artista», uma vez que na opinião do director regional da Cultura do Centro, «um artista é aquele que produz, que cria» e «se dermos uma volta por Góis, encontramos muitas formas, materiais e imateriais que são da responsabilidade de Girão Vitorino».
António Pedro Pita referiu-se ao certame, sublinhando a sua «importância local e regional», e a «sua capacidade de atrair outros artistas de regiões diferentes do país e de Espanha». O responsável regional da Cultural fez ainda notar a diferença e a especificidade do GóisArte, uma vez que, «de um modo geral as autarquias apostam nas artes performativas e a Câmara Municipal de Góis apostou nas artes plásticas» e «são poucas as que o fazem», fez notar.
O responsável pela Cultura do Centro, foi mais longe e considerou que a consolidação do certame, que tem vindo a ser efectuada ao longo destes 13 anos «é uma pedra chave no que eu chamo ordenamento do território em temos culturais», pois, «a cultura e as artes têm uma importância política que nunca é demais sublinhar».
Sensibilizar pela arte
Já para Helena Moniz, este certame é «um bom exemplo do dinamismo cultural do concelho, que aposta em imprimir uma marca relevante nas artes». A arte e a criação artística, disse ainda a vereadora da Câmara de Góis, «permitem comunicar emoções, partilhar afectos e, por isso, apelamos à sensibilidade dos artistas para nos ajudarem nessa nobre missão de promoção e defesa da criança e dos seus direitos, ao mesmo tempo lançando o alerta à sociedade para a sua responsabilidade na formação dos mais novos». Até porque, acrescentou, «as nossas crianças são o espelho da nossa sociedade e o que semearmos, colhemos».
Os artistas reponderam ao apelo, ou seja, subordinarem as suas obras ao tema “A Criança e a Sociedade” e, enfatiza a vereadora da Cultura, «encontraremos nas obras expostas mensagens muito fortes, a que decerto não ficaremos indiferentes e que nos levarão à reflexão».
Segundo Girão Vitorino ao escolher este tema «quisemos apelar aos artistas e à sua sensibilidade para alertar, diferentemente, para a necessidade de proteger a criança, demonstrando que ela é a semente que qualquer sociedade deseja ver crescer e assumir a herança da sua comunidade». O autarca deixou também uma palavra para os artistas que participam no certame esperando que «continuem a procurar as terras do Ceira, Vale ou Serra, para, neste espaço humano único e em comunhão com a natureza possam deleitar-se no vosso trabalho ou arte, sabendo que o GóisArte tem memória e acarinha todos os artistas, sejam eles locais ou não». A propósito Girão Vitorino recordou ainda que este certame «é, também hoje, motivo de união de dois municípios de países diferentes, que encaram a sua cultura como um espelho natural das suas raízes e do que se pretendem tornar no futuro».
in Diário de Coimbra, de 11/07/2009
Etiquetas: fotografia, góisarte, josé girão vitorino, oroso
15 Comments:
Se Portugal e a sede de distrito, fizessem tanto pela Cultura, neste caso as Arte Plásticas, como GÓIS tem feito, então de certeza que nunca teria vontade de ir pintar para o estrangeiro como tenho, para que alguém veja que de facto temos Artistas que deviam ser mais apoiados do que não são, e porque é uma vertente que me diz respeito, aqui fica o meu gesto de gratidão a todos os que contribuem para este evento, que é a GÓISARTE, e que sejam eternos. António Agante
Ora aqui está um respeitável depoimento.
Este, também, é o caminho que Góis tem que percorrer: arte, cultura e ciência.
Há que apostar na diferenciação, através da criação, da investigação e da excelência: tendo sempre como "pano de fundo" a preservação e valorização do contexto natural, paisagístico e cultural.
PARABÉNS!
Anos após anos vejo mais artistas espanhois e menos artistas de Góis ou ligados a Góis!
Acho que isso éw significativo do que representa o GóisArte para o meu Povo!
Nasci e vivo no concelho de Góis. O alcatrão é importante, mas está provado que não é suficiente para fixar ou atrair residentes, há a necessidade de complementar com emprego, educação e cultura.
Já há alcatrão a mais; cultura e ciência a menos.
Onde estavam os artistas locais? Não os vi... Será que nã foram convidados ou não são importante?
É isso: ao invés de se gastarem milhões em estradas, inúteis, contraproducentes e desvalorizadoras, invista-se na formação dos nosso Jovens. Invista-se de forma a que Góis venha a ser reconhecida como Terra de Gente de Ciência e de Cultura que sabe preservar e valorizar as riquezas naturais.
Caro amigo isso é dificil, quando depois em Lisboa na CIC encontramos um Stand de "brutos" com caixas de estanho e onde não existe uma única referencia a gentes de Ciência e de Cultura que sabe preservar e valorizar as riquezas naturais...
Quando no GóisArte não estão representados os Artistas Locais nem os ligados a terra.
E onde o povo está de costas voltadas com este evento, devio a má organização da Vereadora com o pelouro da Cultura!
A CIC foi em Coimbra e não em Lisboa.
Claro: é preciso mudar e orientar a vida no sentido de começar a corrigir a trajéctória.
É difícil. É PRECISO SONHAR!
Ou como alguém dizia: "NAVEGAR É PRECISO"
mas para que vamos formar os nossos jovens se depois n ha trabalho para eles . eles fogem todos para poder sobreviver .... Góis é bom para os de fora
Se os Jovens de hoje forem os Cidadãos cultos do amanhã saberão, concerteza, duma forma sábia, encontrar o caminho sem necessitar de emigrar.
-Metaforicamente dizendo, é preciso acender a lareira para haver calor. O difícil é acender a lareira: depois dela acesa é só manter.
Pois...muito bonito...e muito utópico também...Quando fecham escolas, centros de saúde, postos da Gnr, tribunais etc. no centro do país.
A cultura e a ciência é muito importante, mas não chega para fixar os jovens, é necessário antes de mais a criação de postos de emprego e incentivos à habitação. É muito bonito falar quando moramos o ano inteiro na capital e vimos só passar 15 dias à terrinha...e a única coisa que sabemos fazer é criticar tudo, nomeadamente porque somos de diferente cor política. Assim não custa nada...Atenção anónimo de 16 Julho, 2009 17:14, não é nada contra si, foi apenas um desabafo.
Ainda bem que podemos criticar, pois houve um tempo em que não o podiamos fazer.
Tenho uma grande magoa, naquilo em que me tornei... Aqui em Góis já tenho os anos vividos, anos de muitas desilusões, frustrações e derrotas.
Afinal, vendo bem, o que fora esta coisa de eu nascer, procriado por um homem que nunca me devotou amor e por uma mulher que rapidamente se esqueceu de mim? Vivera sessenta e tal anos... ou vivera, apenas, oito ou nove intensamente e o resto fora...? Discordar disto e daquilo, mas cumprir sempre as vontades e os preconceitos dos outros? Grande e terrível verdade, esta. Para não levar pancada, para ter diante de mim o pão e as sopas... eu obedeci a familiares, a professores, a chefes e chefezinhos. Hoje tenho sessenta e tal anos e sou o que os outros me obrigaram a ser... Um homem ajuizado, útil, domesticado, como a massa de um bolo que se deita numa forma e se leva ao forno.
Sou o que eles quiseram que eu fosse — mas mereceu a pena? Mereceu a pena esmagar a criança que em mim viveu para entrar no tal mundo construído por adultos cheios de juízo, muito práticos, muito bem comportados? E que mundo é esse? Hoje, posso responder: foi um tempo cheio de injustiças e de desigualdades, a abarrotar de hipócritas e malandros. Um tempo habitado por homens e mulheres apressados, autênticos fantoches, avaros de amor e de ternura, onde a maioria nem talvez saiba o que isso é!...
É contra isto que luto, luto pelo direito de sermos livres, sem a tirania dos Engenheiros que fogem e voltam, que metem a familia toda na Câmara enquanto o povo não tem emprego...
Luto mas as vezez acho que em vão, pois mais uma vez o Gois Arte foi mais do mesmo e para os mesmos....
Se estragarem mais isto, qualquer dia, nem aqueles que vêm à Terrinha aparecem.
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