Val Boa - Que São Martinho lhes valha!
Eu nasci numa Aldeia chamada Val Boa, situada num vale na aba da serra na freguesia e concelho de Góis na estrema com a freguesia de Celavisa e concelho de Arganil.
Antigamente, era uma aldeia rica em tudo o que a terra criava, havia fartura de tudo até dava para vender, não se consumia tudo o que a terra nos dava. Hoje pouco nos dá, porque não há quem trabalhe a agricultura.
Está muito pobre a minha Aldeia, pobre em tudo, tem poucos habitantes e de idades avançadas, trabalharam muito e agora já pouco mais podem fazer.
E agora para os poucos habitantes que se lá encontram todos os dias, e os outros que não se deslocam lá, com a mesma frequência que outros. Não é porque não gostem menos da sua Aldeia e das suas casas que lá vão conservando para passar férias no Verão, pagando todo o ano água, luz e os impostos que lhe são atribuídos.
É uma Aldeia muito bonita, muito bem situada, com muito bom sossego para se recuperar energias, era um óptimo local para ali construir uma pousada, é de um sossego absoluto sem poluição.
Só é pena que não se encontre mais estimada com melhores acessos às casas de habitação, o desprezo em que se encontram os caminhos dentro e fora da Aldeia, até faz afastar os amigos dos que lá têm casas e quintais, e que se deslocam lá com a frequência que lhes é possível. A Aldeia não tem capela, mas tem o São Martinho como seu padroeiro que se venera na capela de Aldeia com o mesmo nome.
Oh São Martinho, ajuda-nos a pedir e a mostrar aos nossos autarcas as necessidades que temos na Aldeia. No nosso concelho não há Aldeia tão necessitada de ser submetida a obras, tão urgentes, como a nossa e tudo isto está à vista para quem a visitar. Nem a rua principal, que só passa ao fundo da mesma e segue para outras Aldeias escapa - derivado aos temporais e com as valetas alagadas.
Oh nosso São Martinho, faz lá um milagre à nossa aldeia de que tanto gosto!
Fernando Alves Dias
in Jornal de Arganil, de 5/03/2009
Antigamente, era uma aldeia rica em tudo o que a terra criava, havia fartura de tudo até dava para vender, não se consumia tudo o que a terra nos dava. Hoje pouco nos dá, porque não há quem trabalhe a agricultura.
Está muito pobre a minha Aldeia, pobre em tudo, tem poucos habitantes e de idades avançadas, trabalharam muito e agora já pouco mais podem fazer.
E agora para os poucos habitantes que se lá encontram todos os dias, e os outros que não se deslocam lá, com a mesma frequência que outros. Não é porque não gostem menos da sua Aldeia e das suas casas que lá vão conservando para passar férias no Verão, pagando todo o ano água, luz e os impostos que lhe são atribuídos.
É uma Aldeia muito bonita, muito bem situada, com muito bom sossego para se recuperar energias, era um óptimo local para ali construir uma pousada, é de um sossego absoluto sem poluição.
Só é pena que não se encontre mais estimada com melhores acessos às casas de habitação, o desprezo em que se encontram os caminhos dentro e fora da Aldeia, até faz afastar os amigos dos que lá têm casas e quintais, e que se deslocam lá com a frequência que lhes é possível. A Aldeia não tem capela, mas tem o São Martinho como seu padroeiro que se venera na capela de Aldeia com o mesmo nome.
Oh São Martinho, ajuda-nos a pedir e a mostrar aos nossos autarcas as necessidades que temos na Aldeia. No nosso concelho não há Aldeia tão necessitada de ser submetida a obras, tão urgentes, como a nossa e tudo isto está à vista para quem a visitar. Nem a rua principal, que só passa ao fundo da mesma e segue para outras Aldeias escapa - derivado aos temporais e com as valetas alagadas.
Oh nosso São Martinho, faz lá um milagre à nossa aldeia de que tanto gosto!
Fernando Alves Dias
in Jornal de Arganil, de 5/03/2009
Etiquetas: val boa
2 Comments:
"O regresso aos campos é agora um imperativo. Um imperativo económico, já que um povo pobre não se pode dar ao luxo de esbanjar uma das suas maiores riquezas. Um imperativo social, pois só com uma agricultura, pecuária e silvicultura pujantes se reorganiza o território, se repovoa o interior e se dignifica a vida no mundo rural. E um imperativo moral, pois num mundo com biliões de famintos, não se podem desperdiçar os bens agrícolas, como actualmente acontece na Europa"- Paulo Morais, Jornal de Notícias
"A Aldeia não tem capela, mas tem o São Martinho como seu padroeiro que se venera na capela de Aldeia com o mesmo nome."
Então em que ficamos.
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