Góis – Associação Educativa e Recreativa de Góis

Não foi apresentada qualquer lista para os novos corpos sociais. Ficou marcada para dia 21 de Março, às 18 horas, a assembleia extraordinária da Associação Educativa e Recreativa de Góis (AERG).

Em causa está a eleição de novos corpos gerentes para o biénio 2009-2010, ponto que estava inscrito na assembleia-geral última, mas que por falta de apresentação de uma lista, será novamente posto à assembleia. Rui Sampaio, agora presidente da direcção em gestão explicou os motivos por que o próprio e a sua equipa não se recandidataram ao lugar. “Ultimamente parece-me que as coisas não têm funcionado como deviam”, disse evocando a mudança de vida de algumas das pessoas, menor disponibilidade e falta de vontade de outras. Sendo uma casa que “dá muito trabalho”, o dirigente frisou que de uma equipa que pode ascender aos 20 vinte elementos, não pode acontecer serem apenas dois ou três a trabalhar. “Era necessário que na direcção houvesse alguém com mais disponibilidade”, disse, no entanto, “na actual direcção, por aquilo que vejo, parece-me que isso não sucederá em pleno”. Isto, ao contrário da altura em que aceitou ter um cargo na AERG, há seis anos a esta parte, na qual tinha uma equipa da sua “confiança”, e onde havia “harmonia e empenho”, características que supõe terem-se perdido. Referindo-se à aprovação do contrato a estabelecer entre a Associação e a autarquia para a cedência do terreno da instituição para a construção da futura Casa da Cultura, o dirigente sublinhou que de facto gostaria de estar presente na inauguração do mesmo enquanto membro da direcção, mas por agora não vê condições para se recandidatar. “Uma coisa é certa. Para haver continuidade é necessário que haja um grupo que dê garantias”. Deste modo falou em “conjugação de vontades” para o efeito, até porque considera que os tempos que se avizinham “não são nada fáceis”. E deixou um esclarecimento: “Hoje pode passar um pouco a ideia que há irresponsabilidade da nossa parte ao não apresentarmos uma lista atendendo ao que se passou hoje na assembleia [aprovação da cedência de terreno para construção da Casa da Cultura]”, mas “quando estou num lugar é para trabalhar. Fazer número não é comigo”.

O presidente da assembleia, João Simões, concordou com as palavras de Rui Sampaio, afirmando ser “verdade” o que disse. De qualquer forma, atentou, “penso que devem meditar e conversar” para uma possível recandidatura, dado que, no que respeita à obra que será construída “devem ser eles a inaugurá-la”.
in Jornal de Arganil, edição electrónica