sexta-feira, 13 de março de 2009

Um Presidente sitiado

É curiosa a situação política em Góis. Temos uma câmara que, de momento, tem uma maioria “virtualmente” socialista.

Falamos em "virtual" já que dois vereadores, um o vice-presidente o outro com o pelouro da Cultura, juntamente com o então secretário de presidente, diz-se, vão concorrer pelo partido de que “in nomine” são opositores!

Estes concorrentes “desfiliados” apoiam o programa porque foram eleitos ou, agora, apoiam as teses da oposição?

Como se pode estar com um pé dentro e outro fora, sem perder a coerência pessoal e política?

Como pretenderão afirmar-se junto do eleitorado e explicar como é possível que tendo, pelas declarações públicas feitas, mostrado a disponibilidade para concorrer pelo partido que já os tinha elegido e, depois, passando de armas e bagagens para o campo oposto?

Como reagirá o PSD que, de repente, se vê “colonizado” pelos seus adversários de há poucas semanas atrás?

E a situação do actual presidente da câmara? Em quem se apoia? Ou limitará-se-à a “benzer” o que a agora alargada maioria (PS+PSD=PSD) ditar?

Com tantas interrogações realmente só podemos concluir que temos um Presidente sitiado!
in www.portaldomovimento.com

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7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Mas que grande salada russa vai pelo município de Gois, ou melhor dizendo, tanto cão a um osso. Se os lugares políticos não dessem "pilim" ao fim do mês, todos eram coerentes com as suas ideias.

13 março, 2009 10:04  
Anonymous Anónimo said...

Como é que estes senhores se mantêm nos seus lugares?
Se não concordam e vão para o opositor, o que é que lá estão a fazer?
Agarrados ao tacho? É essa a imagem que pretendem trnsmitir para o futuro?
Seria mais honesto, se fossem honestos, abandonarem os lugares que agora ocupam. Isso sim! Seria sinal de que são pessoas válidas em quem poderíamos contar.
De outro modo, é uma penúria, uma tristeza.
Façam a mala e vão-se embora.
E o senhor Presidente o que diz a isto? Nada, como de costume.
Na tropa dizia-se "aos costumes disse nada".

13 março, 2009 17:43  
Anonymous Anónimo said...

Boas preguntas Movimento só espero ver respostas do PS. Quanto ao PSD não estejam preocupados porque quem os convidou foi o próprio partido, desta forma não irá ser "colonizado" porque o convite não foi feito por se tratarem de "socialistas" mas porque o PSD enteudeu que se trata de pessoas, melhor, de goienses responsáveis e integros.

13 março, 2009 22:07  
Anonymous Anónimo said...

Neste blog já várias vezes foi afirmado e por muitos comentadores que os de Gois e os que para cá vieram o que querem é ganhar dinheiro sem terem em conta as populações. Para tal vale tudo mesmo mudar de bandeira. O mal é geral em todo o país e por isso não vale a pena bater só em Gois.

14 março, 2009 08:03  
Anonymous Anónimo said...

Vejo com preocupação o estádio da Democracia que se vive em Portugal. Longe vão os tempos da luta por ideais. Hoje impera uma partidocracia medíocre que gasta grande parte da energia nestas querelas, que em nada servem o Povo. A energia é consumida em lutas de sucessão política que, na escala em causa, parecem ridículas. É importante que apareça alguém independente da partidocracia, apoiado directamente pelo Povo, com carácter, convição, inteligência e saber. E que o Povo pondere e vote no melhor candidato.

17 março, 2009 00:38  
Anonymous Anónimo said...

O PAI DOS VIRA CASACAS

O leitor, que ao longo dos anos lê os meus artigos, já entendeu que não estimo os que mudam de opinião facilmente.
Não que seja contumaz. Seria néscio se o fosse.
Com frequência erro e nunca me convenci ser senhor da verdade. Também há várias; e quantas vezes a mentira nos parece verdade.
Quando digo, que não aceito mudanças, refiro-me aos que mudam de ideologias consoante o partido que tomou o poder ou cristãos que se tornam agnósticos e “fervorosos, se o governo se declara religioso ou laico – que, por vezes, quer dizer: ateu ou anticatólico.
A esses, o povo costuma apelidar de vira casacas.
Virar casacas é o que fazem muitos, quando muda o regime ou as sondagens indicam o partido vencedor.
O primeiro vira-casaca foi D. Carlos Manuel, duque de Sabóia.
A Espanha e a França não se entendiam. O duque não queria tomar partido, porque não sabia quem iria vencer. Deste jeito inclinava-se para França, outras vezes para Espanha, conforme as conveniências de momento.
Para lhe sair mais económico pediu ao alfaiate que preparasse uma farda que tivesse duas faces: vermelho e branco.
Quando lhe interessava apoiar a França virava-a para branco; quando se inclinava para Espanha, apresentava-se de vermelho.
Os vira casacas do nosso tempo são mais discretos: consultam sondagens e apoiam o vencedor, indiferentes a partidos e ideologias.
Também nas empresas há vira casacas, que apoiam sempre o “cavalo” que vai à frente, para subirem por “mérito”.
Querem exemplos? Eles são tantos! Vou buscá-los à História, ao livro “do Marquês de Pombal ao Dr. Salazar” de António Manuel Pereira – edição Manuel Barreira:
Pág. 187 – Quando o corpo de D. Carlos foi trasladado do Arsenal para o Passo das Necessidades, foi escoltado pelo tenente J.G.P. que declarou:“ Se pelo caminho encontrares alguns desses republicanos, atirai-lhe como a cães.”
Pouco depois veio a ser Governador Civil de um distrito beirão, nomeado pelos republicanos.
Outro: pág. 188 – Figuras monárquicas chegaram a convidar elementos republicanos para um elegante clube local, com eles beberam champanhe pela morte do”porco” o que levou Paulo Falcão a cortar relações com aquele que, por tal fim, o convidou, dizendo o que talvez possa traduzir-se nesta expressão: “Vocês são mais miseráveis que aqueles que mataram o Rei e o Príncipe.” Muitos mais poderia citar – mas o texto vai longo, e depois…quem não conhece exemplos?!
Humberto Pinho da Silva

17 março, 2009 19:14  
Anonymous Anónimo said...

Bem isso de virar depende do ponto de vista, sendo que este está sempre sob influência da literacia, por sinal inúmeras vezes discrepante da realidade.
Também poderemos ver outros exemplos que por influencia politica e ou mesmo algum tabu democrático se tenta esconder.
Entendo a estratégia internacional de Salazar durante a IIGG de grande inteligência, contrariamente a meia dúzia de republicanos que se quiseram afirmar internacionalmente no inicio do século e mandaram para os horrores das trincheiras portugueses durante a IGG. Também Salazar foi um “vira casacas” entre os aliados e as forças do eixo, mas poupou os portugueses ao desgaste da guerra. O grande erro da época foi ter exagerado tanto nessa “independência” e ter recusado aderir ao plano Marchall.
Mas á sempre opiniões mais radicais:
“Só os burros é que não mudam!”
Mário Soares
“Só muda quem pensa!”
António Guterres

19 março, 2009 11:54  

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