Já Não Há Paciência
Já não há paciência para abrir os Jornais de influência concelhia e distrital sem que tenha de ler e reler a história da compra e venda e recompra e revenda da "Quinta do Baião" em Góis.
Será que ainda existe algum Goiense que ainda queira saber a verdade, seja ela qual for? Penso que não. Já ninguém quer saber se a compra foi feita pelo justo valor ou se a venda foi feita a preço de saldo ou se os avaliadores pecaram por excesso ou defeito conforme as conveniências pessoais e/ou políticas.
Já ninguém no seu juízo perfeito se quer dar ao luxo de se incomodar intelectualmente sobre a veracidade das opiniões sempre escritas ou lidas ao sabor dos quadrantes sócio-políticos de cada um. Já ninguém quer saber se os intervenientes vão ser candidatos ou não às próximas eleições e se vão ser vencedores ou não, pois o passado nos diz que tudo continuará como dantes.
Se existem problemas legais ou de comportamentos judicialmente incorrectos dos intervenientes são de facto casos de polícia e do foro judicial, com os quais estes têm de lidar assumindo as suas responsabilidades. Conhecendo nós a "celeridade" da nossa justiça, quantos Goienses é que estão dispostos a esperar que a justiça seja feita para só depois se decidir os destinos do Projecto "Quinta do Baião"?
O que interessa verdadeiramente é o progresso quase sempre adiado do concelho de Góis, como se uma doença crónica se tivesse instalado entre nós sempre que se fala em progresso.
Os "Velhos do Restelo" que não são necessariamente velhos de idade dirão sempre quem é que vai ganhar com o "quiosque". Os interesseiros dirão sempre mal de quem vem de fora investir em Góis. E no meio disto tudo fica a população sempre adiada no seu futuro e sem postos de trabalho para poderem viver e trabalhar na sua terra.
O que verdadeiramente interessa é a vontade de quem se interessou pelo Projecto e quem se lembrou de investir o seu dinheiro em Góis. Não conheço o Projecto (sem ser pelos jornais) nem conheço o investidor logo estou à vontade para comentar que, se existe vontade e dinheiro para Góis tem de ser aproveitado e depressa, seja de quem for, antes que fuja para algum concelho vizinho dos tais que são céleres em captar investimentos.
Na década de 70-80 assistimos impávidos e sossegados ao crescimento da Lousã como pólo industrial e dormitório de Coimbra. Na década de 90 assistimos também impávidos e sossegados ao crescimento industrial, comercial e estruturante de Vila Nova de Poiares e na década actual também impávidos e cada vez mais sossegados, já por inércia e comodismo, assistimos ao crescimento estrutural de Arganil cada vez mais preparado para o século XXI.
Góis anseia que o progresso social e estruturante também passe por aqui. Ao elogiarmos todos os anos os empreendedores do Concelho fazemo-lo, na perspectiva de que surjam mais e melhores empreendedores e investidores de fora ou da própria família goiense. Precisam-se pois criadores de postos de trabalho, ideólogos de investimento duradouro, criadores de riqueza e fomentadores de ambientes sociais e comerciais evolutivos.
Estamos sem paciência para que Góis continue a ser conhecido (e bem) somente por Capital do Ceira e terra de acolhimento da Concentração Motard. "Tá-se bem em Góis" é um facto, para podia-se "Tar melhor".
Já há alguns anos atrás cada vez que passava na ponte sobre o rio Guadiana junto a Alqueva deparava-me com a inscrição num muro, celebrizado durante muitos anos pelos media, e que dizia "Barragem do Alqueva . construam-na porra", tantos eram os problemas e os adiamentos.
Pois Góis e o Projecto da Quinta do Baião (seja ele qual for), não precisa de mais adiamentos, problemas e palavras - "Construam-no" - para bem da qualidade de vida do Concelho.
Sejam felizes, com saúde e poucos medicamentos.
Dr. Fernando J. Bandeira da Cunha
in O Varzeense, de 30/01/2009
Será que ainda existe algum Goiense que ainda queira saber a verdade, seja ela qual for? Penso que não. Já ninguém quer saber se a compra foi feita pelo justo valor ou se a venda foi feita a preço de saldo ou se os avaliadores pecaram por excesso ou defeito conforme as conveniências pessoais e/ou políticas.
Já ninguém no seu juízo perfeito se quer dar ao luxo de se incomodar intelectualmente sobre a veracidade das opiniões sempre escritas ou lidas ao sabor dos quadrantes sócio-políticos de cada um. Já ninguém quer saber se os intervenientes vão ser candidatos ou não às próximas eleições e se vão ser vencedores ou não, pois o passado nos diz que tudo continuará como dantes.
Se existem problemas legais ou de comportamentos judicialmente incorrectos dos intervenientes são de facto casos de polícia e do foro judicial, com os quais estes têm de lidar assumindo as suas responsabilidades. Conhecendo nós a "celeridade" da nossa justiça, quantos Goienses é que estão dispostos a esperar que a justiça seja feita para só depois se decidir os destinos do Projecto "Quinta do Baião"?
O que interessa verdadeiramente é o progresso quase sempre adiado do concelho de Góis, como se uma doença crónica se tivesse instalado entre nós sempre que se fala em progresso.
Os "Velhos do Restelo" que não são necessariamente velhos de idade dirão sempre quem é que vai ganhar com o "quiosque". Os interesseiros dirão sempre mal de quem vem de fora investir em Góis. E no meio disto tudo fica a população sempre adiada no seu futuro e sem postos de trabalho para poderem viver e trabalhar na sua terra.
O que verdadeiramente interessa é a vontade de quem se interessou pelo Projecto e quem se lembrou de investir o seu dinheiro em Góis. Não conheço o Projecto (sem ser pelos jornais) nem conheço o investidor logo estou à vontade para comentar que, se existe vontade e dinheiro para Góis tem de ser aproveitado e depressa, seja de quem for, antes que fuja para algum concelho vizinho dos tais que são céleres em captar investimentos.
Na década de 70-80 assistimos impávidos e sossegados ao crescimento da Lousã como pólo industrial e dormitório de Coimbra. Na década de 90 assistimos também impávidos e sossegados ao crescimento industrial, comercial e estruturante de Vila Nova de Poiares e na década actual também impávidos e cada vez mais sossegados, já por inércia e comodismo, assistimos ao crescimento estrutural de Arganil cada vez mais preparado para o século XXI.
Góis anseia que o progresso social e estruturante também passe por aqui. Ao elogiarmos todos os anos os empreendedores do Concelho fazemo-lo, na perspectiva de que surjam mais e melhores empreendedores e investidores de fora ou da própria família goiense. Precisam-se pois criadores de postos de trabalho, ideólogos de investimento duradouro, criadores de riqueza e fomentadores de ambientes sociais e comerciais evolutivos.
Estamos sem paciência para que Góis continue a ser conhecido (e bem) somente por Capital do Ceira e terra de acolhimento da Concentração Motard. "Tá-se bem em Góis" é um facto, para podia-se "Tar melhor".
Já há alguns anos atrás cada vez que passava na ponte sobre o rio Guadiana junto a Alqueva deparava-me com a inscrição num muro, celebrizado durante muitos anos pelos media, e que dizia "Barragem do Alqueva . construam-na porra", tantos eram os problemas e os adiamentos.
Pois Góis e o Projecto da Quinta do Baião (seja ele qual for), não precisa de mais adiamentos, problemas e palavras - "Construam-no" - para bem da qualidade de vida do Concelho.
Sejam felizes, com saúde e poucos medicamentos.
Dr. Fernando J. Bandeira da Cunha
in O Varzeense, de 30/01/2009
Etiquetas: góis
4 Comments:
Todo o meu respeito pelo que disse. Talvez assim se calem os papagaios desta terra.
Força Fernando. Concordo com o que dizes mas ... para se ganharem uns "votitos" tudo vale: enganos, mentiras, má lingua, acusações, defesas, etc... etc..
Vamos lá em frente com a obra e deixemos aos tribunais o julgamento das razões de cada um, porque, todos eles, têm as suas.
Força Dr.Fernando isto está a aquecer. Alguns já estão a "tomar" juizo e ainda não passou da PJ.
CCC
Olhem o BIBI a pegar com o Fernando. o BIBI tem medo da sobra do Fernando.
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