Com Góis no Coração
O artigo que é hoje publicado é a transcrição completa de uma minha intervenção na Assembleia Municipal, em sessão que decorreu em 29 de Dezembro passado.
Não havia necessidade!!!
Toda a situação criada à volta da Quinta do Baião, podia e devia ser evitada. Bastava para tal que este assunto tivesse sido tratado com a lisura que merecia.
Vamos aos factos, estes indesmentíveis:
1.º - A Câmara Municipal comprou a Quinta em 1998. Em Dezembro de 1999 delibera vender uma fracção à Adiber, já na época por cerca de 50 mil contos (hoje 250 mil euros).
Qualquer um de nós antes de realizar um negócio, ainda por cima destes montantes, certifica-se de que tudo está em ordem para que nada falhe e o mesmo se realize.
Os dinheiros públicos têm que ser administrados como se fossem nossos.
Não inventem desculpas para não terem realizado esta compra e venda nessa época, pois poderemos ser levados a pensar que se calhar a mesma já não era para ser feita.
2.º - A Adiber recebeu dinheiro, de Fundos Europeus, para um projecto que nunca implementou.
Este assunto, que a Adiber, pensava morto e enterrado e que nunca mais ninguém se iria lembrar do mesmo, é de repente trazido ao conhecimento público por notícias publicadas no JN e por uma denúncia.
Claro que quando este factos vêm a público, há que tentar resolver rapidamente a situação e, sinceramente, lamento que os Autarcas eleitos pelo PS, tenham colaborado nesta solução esfarrapada que à pressa a direcção da Adiber, encontrou e pensou que resolveria o seu problema.
3.º - De 1999 a 2007 a Adiber reteve as verbas recebidas dos Fundos.
Reteve e deve ter utilizado as mesmas conforme a sua direcção bem entendeu porque, como é afirmado pelos próprios, teve que contrair um financiamento para em 2007 comprar a Quinta à Câmara.
4.º - O Estado exige a devolução das verbas entregues e não aplicadas. É natural que assim seja, pois se essas verbas eram para realizar um projecto que nunca se realizou. Seria mesmo para realizar?
Também é natural que o Estado exija o pagamento de juros.
A Adiber fez prova, em 2007, que aplicou os 250.000 euros na compra da Quinta, só que omitiu a existência do já referido empréstimo, o que nos leva a crer que sem o mesmo não teria meios financeiros, para efectuar este negócio.
5.º - A Adiber, rapidamente encontrou um comprador para a Quinta por 450.000 euros.
Se a intenção era realmente implementar o projecto, então para quê arranjar um comprador?
É claro que sabiam, pelas cláusulas da escritura que efectuaram com a Câmara, que tinham dois anos para começar a desenvolver o projecto Agro-turístico a que se tinham proposto, ou a propriedade voltava para a posse do Município.
6. - A Adiber comunicou à Câmara este negócio, para que a mesma pudesse, caso quisesse, exercer o direito de preferência, por 450.000 euros.
Nada disto era suposto poder acontecer.
Tinham tão-somente que por o projecto em andamento.
Aqui esteve bem o Executivo Camarário, e os Vereadores do poder votaram ao lado dos da oposição, no sentido de a Câmara exercer o direito de preferência, mas pelo montante recebido de 250.000 euros.
Há uma altura em que já não se consegue segurar a corda e esta parte.
Quando aqui, nesta Assembleia, discutimos as verbas envolvidas nesta transacção, a Câmara vendeu por 250.000,00 euros o que tinha comprado por cerca de 513.000,00 nessa sessão, alguém na bancada do PS comentou que o imobiliário tinha desvalorizado muito... parece que não desvalorizou assim tanto!
Nada me move contra a Adiber, o que me faz mover é o Amor a esta Terra que também é a minha.
Tudo o atrás exposto não é político partidária, porque:
Independentemente do resultado das investigações da PJ e das decisões dos Tribunais, qualquer pessoa de boa fé facilmente entende de todo este processo que Góis, o seu Concelho, as suas Gentes, estão altamente lesados, pois se como afirma o executivo socialista, esta Câmara já investiu 5.000.000,00 de euros em obras, poderia já ter investido 5.450.000,00 euros, isto pelo mínimo.
Esta é que é a verdade.
Não havia necessidade!!!
Para terminar: Não se esqueçam de falar e mobilizar todos os vossos familiares e amigos para que mudem o recenseamento para Góis.
José Manuel Bandeira
in O Varzeense, de 30/12/2008
Não havia necessidade!!!
Toda a situação criada à volta da Quinta do Baião, podia e devia ser evitada. Bastava para tal que este assunto tivesse sido tratado com a lisura que merecia.
Vamos aos factos, estes indesmentíveis:
1.º - A Câmara Municipal comprou a Quinta em 1998. Em Dezembro de 1999 delibera vender uma fracção à Adiber, já na época por cerca de 50 mil contos (hoje 250 mil euros).
Qualquer um de nós antes de realizar um negócio, ainda por cima destes montantes, certifica-se de que tudo está em ordem para que nada falhe e o mesmo se realize.
Os dinheiros públicos têm que ser administrados como se fossem nossos.
Não inventem desculpas para não terem realizado esta compra e venda nessa época, pois poderemos ser levados a pensar que se calhar a mesma já não era para ser feita.
2.º - A Adiber recebeu dinheiro, de Fundos Europeus, para um projecto que nunca implementou.
Este assunto, que a Adiber, pensava morto e enterrado e que nunca mais ninguém se iria lembrar do mesmo, é de repente trazido ao conhecimento público por notícias publicadas no JN e por uma denúncia.
Claro que quando este factos vêm a público, há que tentar resolver rapidamente a situação e, sinceramente, lamento que os Autarcas eleitos pelo PS, tenham colaborado nesta solução esfarrapada que à pressa a direcção da Adiber, encontrou e pensou que resolveria o seu problema.
3.º - De 1999 a 2007 a Adiber reteve as verbas recebidas dos Fundos.
Reteve e deve ter utilizado as mesmas conforme a sua direcção bem entendeu porque, como é afirmado pelos próprios, teve que contrair um financiamento para em 2007 comprar a Quinta à Câmara.
4.º - O Estado exige a devolução das verbas entregues e não aplicadas. É natural que assim seja, pois se essas verbas eram para realizar um projecto que nunca se realizou. Seria mesmo para realizar?
Também é natural que o Estado exija o pagamento de juros.
A Adiber fez prova, em 2007, que aplicou os 250.000 euros na compra da Quinta, só que omitiu a existência do já referido empréstimo, o que nos leva a crer que sem o mesmo não teria meios financeiros, para efectuar este negócio.
5.º - A Adiber, rapidamente encontrou um comprador para a Quinta por 450.000 euros.
Se a intenção era realmente implementar o projecto, então para quê arranjar um comprador?
É claro que sabiam, pelas cláusulas da escritura que efectuaram com a Câmara, que tinham dois anos para começar a desenvolver o projecto Agro-turístico a que se tinham proposto, ou a propriedade voltava para a posse do Município.
6. - A Adiber comunicou à Câmara este negócio, para que a mesma pudesse, caso quisesse, exercer o direito de preferência, por 450.000 euros.
Nada disto era suposto poder acontecer.
Tinham tão-somente que por o projecto em andamento.
Aqui esteve bem o Executivo Camarário, e os Vereadores do poder votaram ao lado dos da oposição, no sentido de a Câmara exercer o direito de preferência, mas pelo montante recebido de 250.000 euros.
Há uma altura em que já não se consegue segurar a corda e esta parte.
Quando aqui, nesta Assembleia, discutimos as verbas envolvidas nesta transacção, a Câmara vendeu por 250.000,00 euros o que tinha comprado por cerca de 513.000,00 nessa sessão, alguém na bancada do PS comentou que o imobiliário tinha desvalorizado muito... parece que não desvalorizou assim tanto!
Nada me move contra a Adiber, o que me faz mover é o Amor a esta Terra que também é a minha.
Tudo o atrás exposto não é político partidária, porque:
Independentemente do resultado das investigações da PJ e das decisões dos Tribunais, qualquer pessoa de boa fé facilmente entende de todo este processo que Góis, o seu Concelho, as suas Gentes, estão altamente lesados, pois se como afirma o executivo socialista, esta Câmara já investiu 5.000.000,00 de euros em obras, poderia já ter investido 5.450.000,00 euros, isto pelo mínimo.
Esta é que é a verdade.
Não havia necessidade!!!
Para terminar: Não se esqueçam de falar e mobilizar todos os vossos familiares e amigos para que mudem o recenseamento para Góis.
José Manuel Bandeira
in O Varzeense, de 30/12/2008
Etiquetas: góis
2 Comments:
Pois não. Não havia necessidade de usar a intervenção da vereadora do PSD para criar um novo discurso com maus tratos à língua portuguesa, imprecisões, informação desconexa, etc. Isto só demonstra que algumas pessoas, que se julgam capazes de ir muito longe, mesmo usando o trabalho de outrém para se exibir, nunca irão além da mediocridade.
Sim, sem dúvida essa vereadora nada abona em favor do partido que diz representar. Esquece-se de quem a elegeu e deu protagonismo para já não falar das "guerras" que tenta/ou encetar com alguns ilustres e conceituados regionalistas de várias freguesias.
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