"Reviver a tradição antiga"
Situada entre as serras de Rabadão e Carvalhal, a Vila de Góis é percorrida pelo Rio Ceira, paisagem que acolheu, juntamente com o verde do Parque de Lazer do Baião, a Feira dos Santos do Mel e da Castanha.
As condições atmosféricas, preenchidas pelos raios quentes do sol de Outono, ajudaram a "reviver a tradição antiga", como afirmou Diamantino Garcia, vice-presidente da Câmara Municipal de Góis.
Recuando no tempo, Diamantino Garcia recorda que era a festa do povo. "Nesta altura fazia-se a matança do porco e comíamos torresmos, que são diferentes dos normais... são feitos com sangue".
Caracterizado pelo vice-presidente como um momento que unia as pessoas e os costumes, esta feira é "uma tentativa de manter a tradição". Realizada inicialmente no castelo, hoje em dia, a Feira dos Santos do Mel e da Castanha é realizada no "parque, porque tem melhores condições."
"O torresmo antigamente era feito numa frigideira, numa trempe que estava na fogueira. O torresmo não pode ser feito num tacho, porque coze, tem que ser feito numa frigideira", explica Diamantino Garcia.
Para além do torresmo com características especiais, Góis também contemplou os visitantes "com sopa de castanha e sopa de couve".
A animação musical esteve ao encargo dos Ranchos Folclóricos "As Sachadeiras da Várzea da Casa do Povo" e o "Rancho Os Mensageiros da Alegria", ambos de vila Nova do Ceira.
"A população enraíza-se, nós temos aqui neste rancho (As Sachadeiras da Várzea da Casa do Povo) um escocês a dançar, que faz parte dos corpos sociais do próprio rancho", acrescenta.
Os visitantes, provenientes de várias localidades, encontraram na feira, para além de castanha e vários preços, mel, jeropiga, pão, fruta, vestuário, entre outros produtos, como por exemplo os licores.
Luís Rodrigues, comerciante, apresentou aos visitantes da Feira dos Santos do Mel e da Castanha, licores tradicionais portugueses. "Criámos um novo conceito - beba e leve o copo. Este copo tem formato de um corno, porque os cavaleiros no tempo medieval usavam o corno como acessório. Tem tido bastante sucesso", revelou.
Da vasta diversidade de licores, como por exemplo, de noz e castanha, destaca-se o "sangue de judas" - aguardente com frutos silvestres. "Beba e coma o copo (de chocolate)", era outra das ofertas presentes nesta tasquinha.
Nos vários stands de câmara municipais presentes na feira, artesãos marcaram presença, como por exemplo Natália Morais, empalhadeira representante da Câmara Municipal da Mealhada. "Hoje em dia usam muito estes garrafões e garrafas empalhadas em decoração de casas. Antigamente era para exportação" revelou.
Segundo Natália Morais, "naquela zona, só eu é que faço isto, por isso me mandaram para aqui. Trabalho nisto desde os 25 anos, sempre gostei e tenho ensinado muita gente".
O produto típico de Cepos, freguesia do concelho de Arganil, a filhós, também marcou presença pelas mãos de Maria Helena Nunes, ajudante de cozinha. A arte de bem cozinhar associada à farinha, ovos, açúcar, água ardente, leite, sal, entre outros ingredientes, permitem segundo Maria Helena Nunes angariar fundos para o Centro Social da Freguesia de Cepos.
Torneio de malha inter-colectividades do concelho
"Divertir-se e conviver com os amigos", foi o principal motivo que levou César Fernandes e o seu colega de equipa José Lima a participarem no V Torneio de Malha Inter-Colectividades. Sem ser preciso ter técnica especial, mas "uma especial pontaria", o jogo da malha é uma tradição que com o passar do tempo têm tendência a cair no esquecimento.
"Em princípio estamos bem classificados", afirmou César Fernandes, jogador com 40 anos de experiência no jogo da malha, acompanhado pelos 11 anos de técnica de José Lima. "Isto é bom, uma boa coisa que a câmara faz é agora dar o almoço à gente, isso é o melhor", concluiu César Fernandes.
in Diário As Beiras, de 3/11/2008
As condições atmosféricas, preenchidas pelos raios quentes do sol de Outono, ajudaram a "reviver a tradição antiga", como afirmou Diamantino Garcia, vice-presidente da Câmara Municipal de Góis.
Recuando no tempo, Diamantino Garcia recorda que era a festa do povo. "Nesta altura fazia-se a matança do porco e comíamos torresmos, que são diferentes dos normais... são feitos com sangue".
Caracterizado pelo vice-presidente como um momento que unia as pessoas e os costumes, esta feira é "uma tentativa de manter a tradição". Realizada inicialmente no castelo, hoje em dia, a Feira dos Santos do Mel e da Castanha é realizada no "parque, porque tem melhores condições."
"O torresmo antigamente era feito numa frigideira, numa trempe que estava na fogueira. O torresmo não pode ser feito num tacho, porque coze, tem que ser feito numa frigideira", explica Diamantino Garcia.
Para além do torresmo com características especiais, Góis também contemplou os visitantes "com sopa de castanha e sopa de couve".
A animação musical esteve ao encargo dos Ranchos Folclóricos "As Sachadeiras da Várzea da Casa do Povo" e o "Rancho Os Mensageiros da Alegria", ambos de vila Nova do Ceira.
"A população enraíza-se, nós temos aqui neste rancho (As Sachadeiras da Várzea da Casa do Povo) um escocês a dançar, que faz parte dos corpos sociais do próprio rancho", acrescenta.
Os visitantes, provenientes de várias localidades, encontraram na feira, para além de castanha e vários preços, mel, jeropiga, pão, fruta, vestuário, entre outros produtos, como por exemplo os licores.
Luís Rodrigues, comerciante, apresentou aos visitantes da Feira dos Santos do Mel e da Castanha, licores tradicionais portugueses. "Criámos um novo conceito - beba e leve o copo. Este copo tem formato de um corno, porque os cavaleiros no tempo medieval usavam o corno como acessório. Tem tido bastante sucesso", revelou.
Da vasta diversidade de licores, como por exemplo, de noz e castanha, destaca-se o "sangue de judas" - aguardente com frutos silvestres. "Beba e coma o copo (de chocolate)", era outra das ofertas presentes nesta tasquinha.
Nos vários stands de câmara municipais presentes na feira, artesãos marcaram presença, como por exemplo Natália Morais, empalhadeira representante da Câmara Municipal da Mealhada. "Hoje em dia usam muito estes garrafões e garrafas empalhadas em decoração de casas. Antigamente era para exportação" revelou.
Segundo Natália Morais, "naquela zona, só eu é que faço isto, por isso me mandaram para aqui. Trabalho nisto desde os 25 anos, sempre gostei e tenho ensinado muita gente".
O produto típico de Cepos, freguesia do concelho de Arganil, a filhós, também marcou presença pelas mãos de Maria Helena Nunes, ajudante de cozinha. A arte de bem cozinhar associada à farinha, ovos, açúcar, água ardente, leite, sal, entre outros ingredientes, permitem segundo Maria Helena Nunes angariar fundos para o Centro Social da Freguesia de Cepos.
Torneio de malha inter-colectividades do concelho
"Divertir-se e conviver com os amigos", foi o principal motivo que levou César Fernandes e o seu colega de equipa José Lima a participarem no V Torneio de Malha Inter-Colectividades. Sem ser preciso ter técnica especial, mas "uma especial pontaria", o jogo da malha é uma tradição que com o passar do tempo têm tendência a cair no esquecimento.
"Em princípio estamos bem classificados", afirmou César Fernandes, jogador com 40 anos de experiência no jogo da malha, acompanhado pelos 11 anos de técnica de José Lima. "Isto é bom, uma boa coisa que a câmara faz é agora dar o almoço à gente, isso é o melhor", concluiu César Fernandes.
in Diário As Beiras, de 3/11/2008
Etiquetas: góis
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