segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Para quando uma praia fluvial digna em Alvares?

O Verão terminou e a época balnear também, só nos restam as memórias e as recordações do que se fez, viu e sentiu nesta estação normalmente reservada para o gozo das merecidas férias.
Por falar em época balnear, ainda não foi este ano que Alvares teve oportunidade de nos presentear com uma praia fluvial com as dimensões e qualidade que todos nós merecemos. Observei que algumas obras de requalificação já foram efectuadas, principalmente a jusante da ponte e também tive conhecimento que se está a elaborar um projecto para finalmente se construir no Soito uma verdadeira praia fluvial com a dignidade que a freguesia merece, nomeadamente aproveitando a margem direita da Ribeira do Sinhel e destruindo o palanque que em má hora há uns anos ali foi construído.
Em jeito de solicitação gostaria que os responsáveis pelo projecto não se esquecessem de duas coisas: a primeira é criarem uma estrutura para as crianças de banharem, já que o espelho de água a jusante da ponte é só isso mesmo, um simples espelho de água sem condições nenhumas para as crianças lá tomarem banho; a segunda é não destruírem o bar-esplanada "Fora d'horas" que até já teve honras de referência no jornal Expresso.
Sei que todas estas obras têm custos elevadíssimos, e que o dinheiro não abunda e o pouco que há tem de ser gasto criteriosamente. No entanto, a freguesia de Alvares não pode atrasar mais esta obra, afim de evitar que quem por cá passa férias ou resida fuja de vez para outras praias fluviais, nomeadamente Pessegueiro, Vilar na Amoreira, Castanheira de Pêra ou até Góis, locais que no Verão se enchem de banhistas provenientes desta freguesia, contribuindo assim para o enriquecimento e desenvolvimento unicamente destas terras. Enquanto isso, Alvares só não está irremediavelmente deserta e às "moscas" devido à agradável esplanada do "Fora d'horas".
Com esta chamada de atenção não pretendo ignorar ou mesmo menosprezar outras praias fluviais que a freguesia de Alvares possui, como a de Amiosinho ou Roda Cimeira que até são de uma beleza e enquadramento paisagístico espectacular, mas que pela sua dimensão não estão vocacionadas para albergar mais de meia dúzia de utentes, e que em caso de sobrelotação pode até tornado perigoso a preservação patrimonial e ambiental dos respectivos locais.
José Manuel Simões Anjos
in O Varzeense, de 30/09/2008

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