Ministro anuncia financiamentos para ajudar produtores a combater doença do pinheiro
O ministro da Agricultura anunciou ontem que estão previstos financiamentos para ajudar os produtores no cambate ao nemátodo do pinheiro, mas salientou que a doença não pode ser transformada num negócio. Os concelhos de Azambuja e Rio Maior estão entre os mais atingidos pela doença na região com vários proprietários de pinhais em dificuldade.
"Há financiamentos, em muitos casos a cem por cento", avançou o ministro da Agricultura, Jaime Silva, à margem da divulgação das conclusões do seminário "Estratégias de controlo do nemátodo do pinheiro em Portugal", que terminou ontem em Lisboa.
"Eu tenho um conjunto de portarias que já estão assinadas, que serão publicadas dentro de 15 dias e que indicam que há financiamentos, em muitos casos a cem por cento", adiantou o ministro.
Jaime Silva avançou também que os referidos fundos já estão previstos no Orçamento de Estado para 2009.
"Eram fundos que nós já tínhamos previsto e que já estão previstos na cota do orçamento e não vai haver problemas orçamentais para nós levarmos para a frente este plano", afirmou.
O ministro assumiu-se confiante face ao controlo da expansão do nemátodo e salientou que "os fundos [a atribuir] não são para transformar o nemátodo num negócio, são para ordenar e dar sustentabilidade à floresta".
Quanto às medidas a tomar, Jaime Silva admitiu que, de acordo com as conclusões do seminário, é necessário "introduzir novas medidas", mas lembrou que o Governo já tem em prática um plano de sancionatório e não terá problemas em torná-lo "mais duro".
Os cientistas que vieram de todo o mundo a Portugal apontaram no relatório final que o uso de produtos químicos deve ser adoptado, ao contrário daquilo que anteriormente era defendido.
"[É necessária] luta química em determinadas áreas, controladas, mas luta química. O que evidentemente nos coloca alguns problemas em termos de biodiversidade”, afirmou Jaime Silva sobre uma das conclusões do seminário.
As conclusões do seminário apontam para a impossibilidade de extinguir totalmente a doença do pinheiro, mas defendem que o nemátodo do pinheiro "é controlável".
O abate das árvores, numa área circundante mais vasta, é outra das conclusões do relatório.
"Continua a defender-se o abate e nós vamos fazê-lo", avançou Jaime Silva, salientando que o Governo não vai permitir que "o abate se transforme num negócio".
"O negócio, a valência produtiva da madeira, é produzirmos paletes e garantirmos que as paletes estão certificadas e tratadas quimicamente. Produzirmos aglomerados de madeira, laminados de madeira. É aí que temos valor acrescentado", reiterou.
O ministro concluiu que "a incidência do nemátodo do pinheiro pode ser controlada", salientou que "é baixa" quando comparada com outras doenças e problemas que afectam a floresta e que o mais importante é desenvolver uma "gestão activa da floresta".
"Sempre que há declínio nas árvores [a solução] é cortar. Seja nemátodo ou não. E depois replantar segundo os planos regionais de ordenamento florestal", concluiu.
Portugal deparou-se pela primeira vez com o nemátodo do pinheiro em 1999 na região de Setúbal.
Este ano, a doença do pinheiro alastrou a diversas zonas de Portugal, o que levou o Ministério da Agricultura a considerar, em Junho, que todo o território continental é zona afectada.
in O Mirante online
"Há financiamentos, em muitos casos a cem por cento", avançou o ministro da Agricultura, Jaime Silva, à margem da divulgação das conclusões do seminário "Estratégias de controlo do nemátodo do pinheiro em Portugal", que terminou ontem em Lisboa.
"Eu tenho um conjunto de portarias que já estão assinadas, que serão publicadas dentro de 15 dias e que indicam que há financiamentos, em muitos casos a cem por cento", adiantou o ministro.
Jaime Silva avançou também que os referidos fundos já estão previstos no Orçamento de Estado para 2009.
"Eram fundos que nós já tínhamos previsto e que já estão previstos na cota do orçamento e não vai haver problemas orçamentais para nós levarmos para a frente este plano", afirmou.
O ministro assumiu-se confiante face ao controlo da expansão do nemátodo e salientou que "os fundos [a atribuir] não são para transformar o nemátodo num negócio, são para ordenar e dar sustentabilidade à floresta".
Quanto às medidas a tomar, Jaime Silva admitiu que, de acordo com as conclusões do seminário, é necessário "introduzir novas medidas", mas lembrou que o Governo já tem em prática um plano de sancionatório e não terá problemas em torná-lo "mais duro".
Os cientistas que vieram de todo o mundo a Portugal apontaram no relatório final que o uso de produtos químicos deve ser adoptado, ao contrário daquilo que anteriormente era defendido.
"[É necessária] luta química em determinadas áreas, controladas, mas luta química. O que evidentemente nos coloca alguns problemas em termos de biodiversidade”, afirmou Jaime Silva sobre uma das conclusões do seminário.
As conclusões do seminário apontam para a impossibilidade de extinguir totalmente a doença do pinheiro, mas defendem que o nemátodo do pinheiro "é controlável".
O abate das árvores, numa área circundante mais vasta, é outra das conclusões do relatório.
"Continua a defender-se o abate e nós vamos fazê-lo", avançou Jaime Silva, salientando que o Governo não vai permitir que "o abate se transforme num negócio".
"O negócio, a valência produtiva da madeira, é produzirmos paletes e garantirmos que as paletes estão certificadas e tratadas quimicamente. Produzirmos aglomerados de madeira, laminados de madeira. É aí que temos valor acrescentado", reiterou.
O ministro concluiu que "a incidência do nemátodo do pinheiro pode ser controlada", salientou que "é baixa" quando comparada com outras doenças e problemas que afectam a floresta e que o mais importante é desenvolver uma "gestão activa da floresta".
"Sempre que há declínio nas árvores [a solução] é cortar. Seja nemátodo ou não. E depois replantar segundo os planos regionais de ordenamento florestal", concluiu.
Portugal deparou-se pela primeira vez com o nemátodo do pinheiro em 1999 na região de Setúbal.
Este ano, a doença do pinheiro alastrou a diversas zonas de Portugal, o que levou o Ministério da Agricultura a considerar, em Junho, que todo o território continental é zona afectada.
in O Mirante online
Etiquetas: pinhal interior norte
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home