Pépio
Nome como é conhecido o local onde antigamente havia uma placa que indicava Catraia do Azevedo e onde Pépio Antunes Rosa mandou construir uma casa para habitação e negócio, localizada na Estrada Nacional n.º 112 ao km. 1+680/E.
Nome muito invulgar e tratando-se apenas de uma casa onde o Pépio manteve o seu negócio durante mais de 50 anos e onde a E.N. N.º 112 parou durante alguns anos. Tendo em atenção a forma de estar na vida e como tratava o seu semelhante, fácil é compreender porque desapareceu o nome de Catraia do Azevedo e ficou para a eternidade o nome de Pépio e por isso os seus familiares têm razão para ficar muito satisfeitos, atendendo às boas qualidades que reunia.
Pela ordem da vida, a casa foi parar às mãos de um seu neto. Surge a beneficiação da E. N. N.º 112 e logicamente a expropriação. O seu legítimo proprietário, entra em contacto com o empreiteiro da obra, com as Estradas de Portugal, com a Câmara Municipal de Góis e com alguém credenciado para o efeito, no sentido de fazer um desenho para que no local fosse construído um fontanário com as características aproximadas às antigas casas. Com a colaboração de alguns dos seus primos, a obra foi concretizada e foi feita uma festa no dia da sua inauguração.
O que nos move a escrever estas linhas, é sem sombra de confusão, o que lemos num jornal regional e que passamos a citar: «Município de Góis. Câmara Municipal. Acta da reunião ordinária de vinte e sete de Agosto de 2004.
2.4 - Gabinete Jurídico/construção em propriedade do IEP - EN 112, KM 1+680/E - Foi presente a informação do Gabinete Jurídico, datada do dia dezoito do mês de Agosto, do corrente ano, relativa à construção em propriedade do IEP - EN 112, km 1+680/E.
O senhor presidente informou que o IEP, se arroga no direito de ter a posse do espaço onde a família do senhor Pépio Rosa, pretende erigir um fontanário e abrigo, devendo a Câmara Municipal assumir toda a sua construção.
O senhor Presidente referiu que o interesse da construção é relevante para a valorização do concelho, afirmando os valores da solidariedade, da amizade, das gentes da serra que faziam do bem receber uma prática quotidiana, de que foi grande exemplo, o casal Pépio e Amélia Rosa.
A Câmara tomou conhecimento e deliberou por unanimidade assumir toda a conservação do fontanário e abrigo na EN 112, km. 1+680/E».
Estou perfeitamente convencido de que para além dos familiares do Pépio, todas as pessoas que leram o que acabamos de transcrever e que frequentam o local, ficaram verdadeiramente satisfeitas, mas ao mesmo tempo tristes porque chegaram ao Pépio verificaram tanta falta de cuidado, tanto lixo, restos de comida, garrafas de vidro e de plástico, papéis utilizados para os variadíssimos fins, além da falta de água, o que nos leva a crer de que para além do estio, sejam os javalis que tenham ido ao local do nascente destruir a captação. Porque a água nunca faltou nas dezenas de anos na casa que agora não existe.
Pelo que acabamos de expor, resta-nos pedir ao presidente da Câmara Municipal de Góis o favor de mandar verificar o que se está a passar no Pépio, e tomar as medidas necessárias, que sabendo nós da sua elevada competência, vão ser com toda a certeza as melhores.
Em nome de todos os utentes do fontanário do Pépio, reiteramos o nosso pedido, dizendo antecipadamente: muito obrigado, senhor presidente.
JAR
in A Comarca de Arganil, de 27/08/2008
Nome muito invulgar e tratando-se apenas de uma casa onde o Pépio manteve o seu negócio durante mais de 50 anos e onde a E.N. N.º 112 parou durante alguns anos. Tendo em atenção a forma de estar na vida e como tratava o seu semelhante, fácil é compreender porque desapareceu o nome de Catraia do Azevedo e ficou para a eternidade o nome de Pépio e por isso os seus familiares têm razão para ficar muito satisfeitos, atendendo às boas qualidades que reunia.
Pela ordem da vida, a casa foi parar às mãos de um seu neto. Surge a beneficiação da E. N. N.º 112 e logicamente a expropriação. O seu legítimo proprietário, entra em contacto com o empreiteiro da obra, com as Estradas de Portugal, com a Câmara Municipal de Góis e com alguém credenciado para o efeito, no sentido de fazer um desenho para que no local fosse construído um fontanário com as características aproximadas às antigas casas. Com a colaboração de alguns dos seus primos, a obra foi concretizada e foi feita uma festa no dia da sua inauguração.
O que nos move a escrever estas linhas, é sem sombra de confusão, o que lemos num jornal regional e que passamos a citar: «Município de Góis. Câmara Municipal. Acta da reunião ordinária de vinte e sete de Agosto de 2004.
2.4 - Gabinete Jurídico/construção em propriedade do IEP - EN 112, KM 1+680/E - Foi presente a informação do Gabinete Jurídico, datada do dia dezoito do mês de Agosto, do corrente ano, relativa à construção em propriedade do IEP - EN 112, km 1+680/E.
O senhor presidente informou que o IEP, se arroga no direito de ter a posse do espaço onde a família do senhor Pépio Rosa, pretende erigir um fontanário e abrigo, devendo a Câmara Municipal assumir toda a sua construção.
O senhor Presidente referiu que o interesse da construção é relevante para a valorização do concelho, afirmando os valores da solidariedade, da amizade, das gentes da serra que faziam do bem receber uma prática quotidiana, de que foi grande exemplo, o casal Pépio e Amélia Rosa.
A Câmara tomou conhecimento e deliberou por unanimidade assumir toda a conservação do fontanário e abrigo na EN 112, km. 1+680/E».
Estou perfeitamente convencido de que para além dos familiares do Pépio, todas as pessoas que leram o que acabamos de transcrever e que frequentam o local, ficaram verdadeiramente satisfeitas, mas ao mesmo tempo tristes porque chegaram ao Pépio verificaram tanta falta de cuidado, tanto lixo, restos de comida, garrafas de vidro e de plástico, papéis utilizados para os variadíssimos fins, além da falta de água, o que nos leva a crer de que para além do estio, sejam os javalis que tenham ido ao local do nascente destruir a captação. Porque a água nunca faltou nas dezenas de anos na casa que agora não existe.
Pelo que acabamos de expor, resta-nos pedir ao presidente da Câmara Municipal de Góis o favor de mandar verificar o que se está a passar no Pépio, e tomar as medidas necessárias, que sabendo nós da sua elevada competência, vão ser com toda a certeza as melhores.
Em nome de todos os utentes do fontanário do Pépio, reiteramos o nosso pedido, dizendo antecipadamente: muito obrigado, senhor presidente.
JAR
in A Comarca de Arganil, de 27/08/2008
Etiquetas: pépio
2 Comments:
Conheci o Senhor Pépio e a Senhora Amélia quando era miúdo. A sua casa foi durante dezenas de anos, abrigo de muita gente nos dias e noites de duro inverno.
No ano passado no café Alto da Serra, o meu irmão mais velhote, apresentou-me ao Valentim, filho do Senhor Pépio: e este olhando-me de frente e com um largo sorriso disse: "Ó Ernesto este malandro é teu irmão?!"
Este ano no mesmo local, o Senhor Valentim cumprimenta o meu irmão, olha para mim e diz: "Esta cara também não me é estranha..." Lá lhe recordei a "gracinha" do ano passado.
tenho curiosidade em conhecer o amigo do Valetim e o seu irmão (velhote) tambem sou amigo do Valentim e o seu irmão velhote, com a mais valia de ser o seu padrinho
raj
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