Filarmónica Varzeense comemorou 106.º aniversário
A Filarmónica de Vila Nova do Ceira realizou a sua festa anual no primeiro fim-de-semana do mês de Agosto. Dando continuidade a uma tradição que se vem realizando "ano após ano", o evento assinalou o 106.º aniversário da Filarmónica Varzeense e contou com a participação de inúmeras pessoas.
O programa iniciou no sábado (dia 2 de Agosto) com a animação musical do "Disco Som" e a abertura da quermesse. Ao serão, a Banda Matrix trouxe muita animação ao Adro Varzeense, onde afluíram muitos convivas, que mantiveram a festa até bem tarde.
No dia seguinte (domingo, dia 3 de Agosto) a alvorada iniciou pelas 9,30 horas da manhã, novamente ao som da aparelhagem "Disco Som". A quermesse continuou a ajudar a fazer face às despesas da filarmónica.
Pelas 11 horas teve lugar a Missa em honra de Santa Cecília (padroeira da Filarmónica), celebrada pelo pároco da freguesia (P.e António Calixto) e acompanhada pela filarmónica aniversariante, que participou na cerimónia religiosa, com suas vozes e instrumentos, abrilhantando a celebração. No final da missa dominical realizou-se a procissão onde se integrou também o andor de Santa Cecília.
No final da procissão, teve lugar o almoço convívio, na sede da Filarmónica, que reuniu músicos, familiares e amigos, num total de 150 pessoas.
No final da deliciosa refeição, confeccionada pelas pessoas que habitualmente se disponibilizam para tal efeito, e a quem a Filarmónica muito agradece, tomou a palavra o presidente da Assembleia Geral da Filvar, Dr. Mário Garcia que agradeceu e reconheceu a presença de todos os que vieram celebrar o dia de aniversário da Filarmónica, pois considerou que, "não há melhor maneira de reconhecer o gosto pela FILVAR que a presença de todos". Frisou também o facto desta ter ressurgido há cerca de quatro dezenas de anos, mantendo a sua actividade ininterruptamente. Lembrou ainda algumas pessoas que habitualmente faziam parte da festa, recordando alguns nomes, nomeadamente: José de Matos Cruz, Dr. Octávio Dias Garcia e José Manuel.
Mário Garcia considerou que, o momento além de ser de festa, deveria também ser aproveitado para fazer uma retrospectiva do passado, projectando o futuro, confessando que acredita que, a FILVAR "nunca irá acabar por falta de meios materiais, mas que poderá correr o risco da falta de meios humanos. Porém, confessou que, o futuro parece estar assegurado, visto que, existem quinze jovens, a aprender, na Escola de Música da Filarmónica.
O presidente da Assembleia Geral terminou com uma palavra dirigida aos novos órgãos sociais, para que continuem com entusiasmo, dando força à Filarmónica.
Em representação da Direcção, o maestro da Filarmónica, Dr. Nelo Paiva iniciou também agradecendo a presença de todos, realçando o nome de algumas instituições locais que se fizeram representar no convívio.
Influenciado pelo calor que se fazia sentir iniciou por lançar o repto à Câmara Municipal para oferecer "duas ou três ventoinhas".
"A Filvar é a melhor filarmónica de Portugal, ou mesmo do distrito de Coimbra, mas em boa verdade, só posso dizer que é a melhor de Vila Nova do Ceira", com esta expressão o maestro deixou transparecer o amor e dedicação que tem prestado à FILVAR.
Também partilhou da opinião do orador anterior e lembrou que, não tem sido fácil manter a filarmónica, devido a problemas relacionados com o factor humano, pois acrescentou que, em relação à parte monetária "felizmente têm tido a ajuda de muitos amigos, que colaboram sempre que são chamados...", bem como, algumas empresas e instituições, particularmente: a Cooperativa, o Sr. Baeta, a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal.
Sendo o problema fulcral o factor humano, pelo que, pediu a todos de uma forma geral, para incutirem nos filhos, netos e familiares em geral, para entrarem na escola de música, onde não aprendem só a música mas também boas virtudes de vida.
O regente lamentou o facto da Filarmónica ter apenas "22 músicos, o que é francamente pouco", mas tem esperança nos 15 jovens que frequentam a escola de música, de onde espera, dentro em breve, colocar já 10 músicos a executar.
No final das suas palavras, o maestro ofertou à FILVAR um quadro que retrata o presidente da direcção, com a indicação: "Neste ano em que a Filarmónica Varzeense completa 106 anos de existência ofereço este quadro, com a fotografia do nosso presidente, Sr. Amorim Garcia, que irá permitir às gerações vindouras conhecerem o rosto deste grande homem que foi e continua a ser uma das traves mestras que suporta esta casa", ao que, o Sr. Amorim Garcia agradeceu emocionado.
O regente continuou com a oferta de mais um quadro, cópia de uma tela que lhe tinha sido oferecida pelos directores e executantes, na data do seu aniversário. Tal como aconteceu no primeiro quadro oferecido, Mário Garcia passou a ler a inscrição deste, onde o maestro tinha colocado a seguinte dedicatória: "Neste ano em que a Filarmónica Varzeense completa 106 anos de existência, ofereço este quadro, que é uma replica do quadro que, nesta mesma sala, os directores e músicos me ofereceram por ocasião do meu aniversário dos 50 anos".
O maestro entregou ainda uma partitura intitulada: "Presidente Amorim Garcia", que compôs propositadamente para oferecer à Filarmónica e ao presidente da direcção, a quem se dirigiu com a seguinte mensagem: "dedico esta marcha que intitulei de presidente Amorim Garcia ao nosso presidente, homem de grande coragem que apesar das vicissitudes próprias destas associações, com o seu carácter, o seu esforço, espírito de sacrifício, dedicação, trabalho e muito amor foi ao longo das últimas duas décadas uma das traves mestras que fez com que a Filarmónica Varzeense perdurasse até aos nossos dias. Esta é uma singela mas merecida homenagem ao homem que sempre acreditou em mim e me respeitou, só espero ter conseguido corresponder e estar à altura da confiança que ele sempre depositou em mim".
No final de duas décadas ao serviço da Filarmónica e após a homenagem recebida, o presidente Amorim Garcia preocupado com o futuro da filarmónica, lançou já o repto para que alguém se começasse a preparar, para um dia, quando fosse necessário, lhe vir a suceder.
Em nome da Câmara Municipal, o seu presidente, José Girão iniciou por saudar todos os presentes e alertou para a entrada de jovens para a escola de música, pois, o edil também confirmou que, "não é por falta de verba que as filarmónicas acabam, mas sim por falta de músicos, por falta de juventude..." O presidente reconhece que, são necessários muitos elementos, mas lembrou que, ninguém gosta de ver desaparecer "uma casa" que conta já com tantos anos, pois "a Filarmónica é um orgulho para todos nós", disse. E foi com as palavras "se é pouco o subsídio, façam o favor de dizer do que é que necessitam mais", que o presidente da Câmara se colocou ao inteiro dispor para o que for necessário, em prol da centenária Filarmónica.
Pelo seu trabalho e dedicação, José Girão também deu os parabéns ao presidente da direcção e despediu-se desejando muitas felicidades para a filarmónica e com um sincero desejo de que para o próximo ano se voltem a reunir todos, "se possível ainda com mais amigos e com mais executantes".
Terminados os discursos, cantou-se os parabéns à sogra do maestro, D. Aida Jesus oliveira, que completou 71 anos de vida. A aniversariante é natural de Miranda do Corvo e, segundo realçou o seu genro, "é a melhor sogra do mundo", facto que, mereceu fortes aplausos, os parabéns tocados pelos seus netos, Bruno e João em conjunto com alguns músicos da FILVAR e um bonito bolo de aniversário, bem como um ramo de flores, ofertas da sua filha Bina.
O convívio estendeu-se ainda até ao final da tarde, momento em que a Filarmónica aniversariante se dirigiu para o Adro da Igreja, onde realizou um concerto interpretando algumas peças do seu reportório.
A encerrar o programa repleto de música e convívio o povo de Vila Nova do Ceira teve ainda oportunidade de assistir a um concerto realizado pela filarmónica aniversariante ao qual se seguiu um bailarico abrilhantado pelo Grupo da Escola de Concertinas da Lousã.
E assim decorreu, mais um ano, a festa da Filarmónica: com boa música, grande convívio e a esperança de um futuro risonho para a centenária Filarmónica.
in O Varzeense, de 15/08/2008
O programa iniciou no sábado (dia 2 de Agosto) com a animação musical do "Disco Som" e a abertura da quermesse. Ao serão, a Banda Matrix trouxe muita animação ao Adro Varzeense, onde afluíram muitos convivas, que mantiveram a festa até bem tarde.
No dia seguinte (domingo, dia 3 de Agosto) a alvorada iniciou pelas 9,30 horas da manhã, novamente ao som da aparelhagem "Disco Som". A quermesse continuou a ajudar a fazer face às despesas da filarmónica.
Pelas 11 horas teve lugar a Missa em honra de Santa Cecília (padroeira da Filarmónica), celebrada pelo pároco da freguesia (P.e António Calixto) e acompanhada pela filarmónica aniversariante, que participou na cerimónia religiosa, com suas vozes e instrumentos, abrilhantando a celebração. No final da missa dominical realizou-se a procissão onde se integrou também o andor de Santa Cecília.
No final da procissão, teve lugar o almoço convívio, na sede da Filarmónica, que reuniu músicos, familiares e amigos, num total de 150 pessoas.
No final da deliciosa refeição, confeccionada pelas pessoas que habitualmente se disponibilizam para tal efeito, e a quem a Filarmónica muito agradece, tomou a palavra o presidente da Assembleia Geral da Filvar, Dr. Mário Garcia que agradeceu e reconheceu a presença de todos os que vieram celebrar o dia de aniversário da Filarmónica, pois considerou que, "não há melhor maneira de reconhecer o gosto pela FILVAR que a presença de todos". Frisou também o facto desta ter ressurgido há cerca de quatro dezenas de anos, mantendo a sua actividade ininterruptamente. Lembrou ainda algumas pessoas que habitualmente faziam parte da festa, recordando alguns nomes, nomeadamente: José de Matos Cruz, Dr. Octávio Dias Garcia e José Manuel.
Mário Garcia considerou que, o momento além de ser de festa, deveria também ser aproveitado para fazer uma retrospectiva do passado, projectando o futuro, confessando que acredita que, a FILVAR "nunca irá acabar por falta de meios materiais, mas que poderá correr o risco da falta de meios humanos. Porém, confessou que, o futuro parece estar assegurado, visto que, existem quinze jovens, a aprender, na Escola de Música da Filarmónica.
O presidente da Assembleia Geral terminou com uma palavra dirigida aos novos órgãos sociais, para que continuem com entusiasmo, dando força à Filarmónica.
Em representação da Direcção, o maestro da Filarmónica, Dr. Nelo Paiva iniciou também agradecendo a presença de todos, realçando o nome de algumas instituições locais que se fizeram representar no convívio.
Influenciado pelo calor que se fazia sentir iniciou por lançar o repto à Câmara Municipal para oferecer "duas ou três ventoinhas".
"A Filvar é a melhor filarmónica de Portugal, ou mesmo do distrito de Coimbra, mas em boa verdade, só posso dizer que é a melhor de Vila Nova do Ceira", com esta expressão o maestro deixou transparecer o amor e dedicação que tem prestado à FILVAR.
Também partilhou da opinião do orador anterior e lembrou que, não tem sido fácil manter a filarmónica, devido a problemas relacionados com o factor humano, pois acrescentou que, em relação à parte monetária "felizmente têm tido a ajuda de muitos amigos, que colaboram sempre que são chamados...", bem como, algumas empresas e instituições, particularmente: a Cooperativa, o Sr. Baeta, a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal.
Sendo o problema fulcral o factor humano, pelo que, pediu a todos de uma forma geral, para incutirem nos filhos, netos e familiares em geral, para entrarem na escola de música, onde não aprendem só a música mas também boas virtudes de vida.
O regente lamentou o facto da Filarmónica ter apenas "22 músicos, o que é francamente pouco", mas tem esperança nos 15 jovens que frequentam a escola de música, de onde espera, dentro em breve, colocar já 10 músicos a executar.
No final das suas palavras, o maestro ofertou à FILVAR um quadro que retrata o presidente da direcção, com a indicação: "Neste ano em que a Filarmónica Varzeense completa 106 anos de existência ofereço este quadro, com a fotografia do nosso presidente, Sr. Amorim Garcia, que irá permitir às gerações vindouras conhecerem o rosto deste grande homem que foi e continua a ser uma das traves mestras que suporta esta casa", ao que, o Sr. Amorim Garcia agradeceu emocionado.
O regente continuou com a oferta de mais um quadro, cópia de uma tela que lhe tinha sido oferecida pelos directores e executantes, na data do seu aniversário. Tal como aconteceu no primeiro quadro oferecido, Mário Garcia passou a ler a inscrição deste, onde o maestro tinha colocado a seguinte dedicatória: "Neste ano em que a Filarmónica Varzeense completa 106 anos de existência, ofereço este quadro, que é uma replica do quadro que, nesta mesma sala, os directores e músicos me ofereceram por ocasião do meu aniversário dos 50 anos".
O maestro entregou ainda uma partitura intitulada: "Presidente Amorim Garcia", que compôs propositadamente para oferecer à Filarmónica e ao presidente da direcção, a quem se dirigiu com a seguinte mensagem: "dedico esta marcha que intitulei de presidente Amorim Garcia ao nosso presidente, homem de grande coragem que apesar das vicissitudes próprias destas associações, com o seu carácter, o seu esforço, espírito de sacrifício, dedicação, trabalho e muito amor foi ao longo das últimas duas décadas uma das traves mestras que fez com que a Filarmónica Varzeense perdurasse até aos nossos dias. Esta é uma singela mas merecida homenagem ao homem que sempre acreditou em mim e me respeitou, só espero ter conseguido corresponder e estar à altura da confiança que ele sempre depositou em mim".
No final de duas décadas ao serviço da Filarmónica e após a homenagem recebida, o presidente Amorim Garcia preocupado com o futuro da filarmónica, lançou já o repto para que alguém se começasse a preparar, para um dia, quando fosse necessário, lhe vir a suceder.
Em nome da Câmara Municipal, o seu presidente, José Girão iniciou por saudar todos os presentes e alertou para a entrada de jovens para a escola de música, pois, o edil também confirmou que, "não é por falta de verba que as filarmónicas acabam, mas sim por falta de músicos, por falta de juventude..." O presidente reconhece que, são necessários muitos elementos, mas lembrou que, ninguém gosta de ver desaparecer "uma casa" que conta já com tantos anos, pois "a Filarmónica é um orgulho para todos nós", disse. E foi com as palavras "se é pouco o subsídio, façam o favor de dizer do que é que necessitam mais", que o presidente da Câmara se colocou ao inteiro dispor para o que for necessário, em prol da centenária Filarmónica.
Pelo seu trabalho e dedicação, José Girão também deu os parabéns ao presidente da direcção e despediu-se desejando muitas felicidades para a filarmónica e com um sincero desejo de que para o próximo ano se voltem a reunir todos, "se possível ainda com mais amigos e com mais executantes".
Terminados os discursos, cantou-se os parabéns à sogra do maestro, D. Aida Jesus oliveira, que completou 71 anos de vida. A aniversariante é natural de Miranda do Corvo e, segundo realçou o seu genro, "é a melhor sogra do mundo", facto que, mereceu fortes aplausos, os parabéns tocados pelos seus netos, Bruno e João em conjunto com alguns músicos da FILVAR e um bonito bolo de aniversário, bem como um ramo de flores, ofertas da sua filha Bina.
O convívio estendeu-se ainda até ao final da tarde, momento em que a Filarmónica aniversariante se dirigiu para o Adro da Igreja, onde realizou um concerto interpretando algumas peças do seu reportório.
A encerrar o programa repleto de música e convívio o povo de Vila Nova do Ceira teve ainda oportunidade de assistir a um concerto realizado pela filarmónica aniversariante ao qual se seguiu um bailarico abrilhantado pelo Grupo da Escola de Concertinas da Lousã.
E assim decorreu, mais um ano, a festa da Filarmónica: com boa música, grande convívio e a esperança de um futuro risonho para a centenária Filarmónica.
in O Varzeense, de 15/08/2008
Etiquetas: filarmónica, vila nova do ceira
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