quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Comemorações do Dia do Município

Depois da Casa da Cultura e do Museu de Góis, projectos em andamento, a Câmara Municipal de Góis quer agora erguer um centro de investigação, preservação, valorização e divulgação do património natural e cultural do concelho. Isso mesmo anunciou ontem o presidente da autarquia, na sessão solene comemorativa do Dia do Município. O Centro de Interpretação do Vale do Ceira (CIVACE), assim se vai chamar, funcionará em pleno centro histórico da vila de Góis, no edifício onde funcionou o antigo hospital, e, segundo Girão Vitorino, dinamizará um museu com exposições de carácter permanente e temporário sobre diversas temáticas, ao mesmo tempo que desenvolverá actividades no âmbito do património cultural e natural do concelho, assumindo-se, destacou, como «um motor de desenvolvimento local e regional». O CIVACE está em fase de elaboração de projecto, para ser feita uma candidatura ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), o que o autarca espera que aconteça em Outubro.
Juntando o CIVACE à Casa da Cultura e ao Museu de Góis, a vila fica com «projectos transversais» que contribuem para o «enriquecimento da comunidade», afirmou o autarca, considerando que, para além da «recuperação urbana do coração de Góis», estes projectos «desempenharão um papel fundamental na aproximação das gerações, no cultivo da memória colectiva e no fomento educativo e cultural de toda a população do concelho».
E porque não podem ser as autarquias a fazer tudo em prol do desenvolvimento de uma região, Girão Vitorino deposita agora esperanças num investimento privado a realizar na Quinta do Baião, para a instalação de uma unidade hoteleira. «Fomos procurados e estabeleceram-se contactos com vários investidores interessados na implementação de um projecto estruturante para a Quinta do Baião», afirmou, manifestando vontade em colaborar na concretização deste projecto.
É pois uma realização importante tendo em conta todo o potencial turístico que o concelho apresenta, com as paisagens naturais, as aldeias de xisto e as várias praias fluviais, nas quais a autarquia tem feito grandes investimentos. A estes somam-se os investimentos na floresta, na educação e nas zonas industriais. Esforços de uma autarquia que tem pouco mas «não se furta às suas responsabilidades».
E mesmo com pouco, a obra vai nascendo. Ontem, na presença do secretário de Estado Adjunto e da Administração Local, Eduardo Cabrita, a vila colocou ao dispor dos munícipes novas infra-estruturas. Uma autêntica caminhada por Góis permitiu colocar a descoberto as placas que dão conta da requalificação do Largo Francisco Dias Nogueira, da requalificação da Avenida Álvaro de Paula Dias Nogueira e das novas instalações do Posto de Turismo. Obras que «são marcas do desenvolvimento» e que contribuem para a «qualidade de vida» que, segundo o secretário de Estado, «começa a ser valorizada de uma forma única». «A vida numa localidade como Góis é hoje muito diferente do que há uns anos atrás», afirmou Eduardo Cabrita, desafiando o concelho a «agarrar os desafios dos novos tempos» e a ter a capacidade para, juntamente com municípios vizinhos, «fazer valer a mais-valia desta região do Pinhal Interior».

Medalhas de Mérito no Dia do Município

80 anos da Comissão de Melhoramentos de Casal Cimeiro correspondem a 80 anos do Movimento Regionalista do Concelho de Góis. A colectividade comemora este ano mais um aniversário e representa a primeira associação regionalista a nascer no concelho e a segunda a nível distrital. Motivo forte para a Câmara Municipal de Góis se decidir pela atribuição da Medalha de Mérito Municipal, ontem entregue. Neste dia, em que foram homenageados goienses «que mereceram ser distinguidos por uma vida de trabalho e dedicação», foram ainda galardoados com a medalha de mérito os fundadores da empresa “Irmãos Bandeira”, uma das mais antigas do concelho, e, a título póstumo, José de Matos Cruz, regionalista convicto, jornalista e investigador da história local.
As Medalhas de Bons Serviços foram este ano atribuídas aos funcionários António Machado, Maria Cecília Nascimento, Jorge Bandeira dos Santos, Alcindo Ferreira e José Costa.
in Diário de Coimbra, de 14/08/2008

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