quarta-feira, 16 de julho de 2008

Show acrobático de “Cascadeurs” solidário com os Bombeiros

Com o objectivo de angariar fundos para as obras de cobertura do telhado do quartel dos bombeiros voluntários do concelho, no passado domingo, 6, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários promoveu um espectáculo “Super Show Cascadeurs”. O evento que contou com o apoio da AEP – Grupo 74 e do município goiense, decorreu na avenida junto ao rio, por detrás do posto da GNR, da vila, a prova integrou diversas manobras acrobáticas de automóveis em cima de duas rodas, cambalhotas e uma prova de fogo, desempenhadas por ex-pilotos de França. Ao recinto, foram chegando algumas largas centenas de pessoas, que atónitas apreciaram as proezas dos profissionais, fotografaram e até filmaram o espectáculo.


“Acho que é o mínimo que uma direcção tem que fazer, dar condições para que os bombeiros se sintam bem” (Diamantino Garcia)

Em declarações ao nosso jornal, o presidente de direcção dos Bombeiros Voluntários de Góis, explicou que se tratou de “uma actividade inovadora”, que teve como finalidade angariar meios para fazer algumas obras, quer no quartel local, quer no de Alvares. “Nós precisamos de fazer a ampliação do quartel de Góis”, declarou Diamantino Garcia, avançando “estamos com esperança” de efectuar uma candidatura ao QREN -Quadro de Referência Estratégico Nacional, para assim “conseguirmos algum financiamento para essa ampliação”, revelou. Lembrando “a falta de condições” nomeadamente ao nível das camaratas, balneários e casas de banho, intervenções a executar no quartel de Alvares, que se situa a 30 km do concelho. Sendo esta, uma Associação Humanitária “acho que é o mínimo que uma direcção tem que fazer, dar condições para que os bombeiros se sintam bem” defendeu o dirigente, garantindo “é isso que estamos a tentar fazer”.
Também o parque de viaturas dos Bombeiros Voluntários "está obsoleto e comprar uma viatura é complicado" como contou o presidente de direcção dos Bombeiros Voluntários de Góis, sugerindo que talvez para resolver esta situação "reduzir o número de viaturas que temos". "Algumas só servem para museu" continuou Diamantino Garcia, referindo "mais valia termos uma ou duas novas e prescindirmos de algumas velhas que temos para abate" declarou, justificando que as velhas viaturas acumulam muitas despesas. "As viaturas estão ali e só saiem quando há um incêndio, mas parece que são sempre poucas, andam devagar, e têm muitas dificuldades em chegar ao incêndio" explicou, sublinhando as despesas com pneus, seguros, entre outras que as mesmas acumulam.

Só para a cobertura do telhado são necessários 25 mil euros

Segundo Diamantino Garcia, a ideia, surgiu de uma proposta feita pela empresa do espectáculo, com "um modelo que me agradou" confessou, já que "o espectáculo foi feito gratuitamente e o risco não é nosso". As receitas das entradas, que tiveram um custo de 5 euros, ficaram repartidas em 80% para a empresa e os restantes 20% para os bombeiros.
Refira-se que só para a cobertura do telhado são necessários cerca de 25 mil euros, já para as restantes obras, apesar de ainda não haver preços definidos, estima-se que sejam necessários para cima de 250 mil euros. Uma quantia significativa, à qual os apoios que são concedidos à Associação Humanitária não chegam para fazer face a todas as intervenções que são fundamentais realizar, para dar melhores condições aos soldados da paz. Para angariar algumas receitas, a instituição pretende realizar algumas iniciativas, das quais se destacam, um sorteio de rifas e também uma noite de fados, à semelhança do que foi feito no passado dia 25 de Abril.
in A Comarca de Arganil, de 16/07/2008

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