terça-feira, 8 de julho de 2008

Associações florestais debatem doença do nemátodo

Forestis quer definir agenda para problemas da floresta

Produtores florestais querem alterar o rumo e participar na solução


A Forestis – Associação Florestal de Portugal reúne amanhã, quarta-feira, 9 de Julho, o seu Conselho de Direcções, para debater os problemas com que se debate a floresta portuguesa, como o nemátodo do pinheiro. A reunião deste órgão consultivo da Forestis —que contará com a presença de 30 associações florestais representativas de mais de 12.000 proprietários — decorre pelas 14 horas, na sala H1 da Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC).

Este encontro de associações florestais pretende consensualizar um conjunto de medidas a apresentar ao Ministério da Agricultura para mitigar os problemas que afectam a floresta nacional que, segundo Francisco Carvalho Guerra, presidente da Forestis, “são muito graves e põem em risco a sua sutentabilidade”.

A recente declaração que Portugal é integralmente considerado como zona afectada pela doença do nemátodo vem, na opinião deste dirigente, “dar visibilidade à incapacidade que o Estado tem tido para debelar problemas que estavam na sua esfera de competência e demonstrar que precisamos de novos paradigmas institucionais e de cooperação para dar um novo rumo à floresta portuguesa, que é 97% privada.”

Embora nos últimos 10 anos os sucessivos governos tenham colocado o associativismo dos proprietários nas suas listas de prioridades de política florestal, como forma de ultrapassar os problemas estruturais da floresta portuguesa, as associações sentem-se frequentemente menosprezadas naquilo que poderia ser o seu contributo.

“Um exemplo concreto foi o que aconteceu com o protocolo celebrado entre as Associações Florestais, da área afectada pelo nemátodo na Região Centro, e a Direcção Geral das Florestas, que previa um plano de trabalhos que até agora nunca foi apresentado”.

Os incêndios e os sapadores florestais, as Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) e o cadastro são temas que serão também abordados durante a reunião de amanhã.
Na perspectiva deste movimento associativo liderado pela Forestis, a base do problema está em encontrar a melhor resposta para as alterações sócio-economicas que ocorreram no País e que afectaram a gestão dos recursos florestais.


Sobre a Forestis
A Forestis – Associação Florestal de Portugal associa 30 associações de proprietários florestais do país. Fundada em 1992, tem como missão o fomento do associativismo, gestão e defesa da floresta, incentivando a gestão conjunta, especialmente nas áreas de minifundio.

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