terça-feira, 25 de março de 2008

Alunos contactaram com a Natureza

Com o propósito de incutir a proximidade da juventude com a natureza, a autarquia de Góis celebrou o Dia Mundial Floresta, no dia 14, antecipando a data oficial, 21.


As actividades visaram essencialmente os alunos da Escola Básica 2,3 de Góis, com a colaboração dos Sapadores Florestais, GNR, Bombeiros e Fundo Florestal Permanente. Para tal, o dia começou com um pedi paper e caminhada até ao alto do Rabadão. Com o percurso e o lançamento dos coelhos, pretendeu-se sensibilizá-los para o espaço envolvente e para o comportamento que devem ter quando estão na floresta. Segundo explicou o presidente da Câmara Municipal ao Jornal de Arganil, esta foi uma forma de evidenciar a riqueza da floresta, mostrando ser imperativo “preservar o ambiente e purificar o ar”. No entender de José Girão Vitorino a comemoração do Dia Mundial da Floresta e a realização de diversas actividades respeitantes à data revestem da maior importância. “Os jovens têm que saber que a floresta tem vida”, comentou, referindo-se às árvores e aos animais que habitam o espaço. Esta foi a primeira vez que foram lançados coelhos bravos na data em questão, para os quais foi preparada uma zona onde puderam estar “o tempo que quiseram”, procurar alimentação e refúgio.

Ao mesmo tempo que as crianças foram incentivadas para uma maior envolvência com a natureza, estas levaram para casa brindes da autarquia, sacola, porta-chaves e chapéu inscrito o Dia Mundial da Floresta. Nas palavras do edil goiense, “lembranças muito simples”, mas que “no futuro as farão reflectir sobre o meio ambiente”. Além disso, acrescentou que as acções desenvolvidas podem incutir o espírito ambientalista junto dos adultos. “Estes jovens têm família e vão convencê-las para as vantagens de cuidar bem dela. No fundo são os guardiões da nossa floresta”, sublinhou, reforçando a necessidade de preservar a Serra, mais ainda quando o tempo é favorável a incêndios. Girão Vitorino lembrou que este ano, a “humidade tem sido muito pouca”, e nesse sentido fez um apelo, alertando para os perigos inerentes a uma má prática florestal. “É preciso muito cuidado. As pessoas devem estar cada vez mais atentas”, disse, sustentando que esta é uma altura “muito perigosa”, porque “há o hábito das fogueiras e limpezas das propriedades, queimam os resíduos e toda a vegetação”.

O repovoamento de trutas teve também uma especial evocação no Dia Mundial da Floresta. Assim, enquanto que alguns alunos deslocaram-se ao alto da Serra do Rabadão, outros estiveram no Cerejal em volta dos peixes. O repovoamento é mais uma tentativa da Câmara de ter o rio com vida, depois de, em 2007, a pesca desportiva sem morte dar lugar ao despovoamento. “Lancámos centenas de trutas e, apesar da vigilância, ao fim de uma semana desapareceram porque as pessoas não respeitaram a regra imposta de 5 trutas por cada pescador, diariamente”, lamentou, vincando, “é bom passearmos pela marginal, olhar para o rio e vermos que tem vida”.
in Jornal de Arganil, edição electrónica

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