Linha de Muito Alta Tensão liga Penela a Tábua
Está em consulta pública o projecto de implementação de uma linha de Muito Alta Tensão, ligando as subestações de Penela e de Tábua, em que foram colocados cuidados especiais na protecção das pessoas e, especialmente na fauna, com medidas de excepção para dois casais de aves protegidas nos Penedos de Góis.
Um casal de “cegonha preta” e outro de “bufo real”, que nidificam nos Penedos de Góis, receberam atenção especial na execução do projecto de uma Linha de Muito Alta Tensão, de 220 kV (quilovolts), a erigir entre Penela e Tábua.
Trata-se de 66 quilómetros de linha, projectada para o meio da encosta, de forma a minimizar os impactos visuais, tendo, de acordo com o Estudo de Impacte Ambiental (EIA), poucos aspectos negativos para a paisagem, fauna, flora e pessoas.
O único senão, apesar de não ser considerado importante, em termos dos impactes, prende-se com quatro localidades, Vale Lameira, Roda Fundeira, Cabeçadas e Salgado, que estão localizadas a menos de 200 metros da linha.
De resto, depois de estudados vários traçados, tendo em conta as questões ambientais, isto de acordo com o descrito no EIA, a Rede Eléctrica Nacional (REN) optou por um traçado que evita zonas habitacionais e sensíveis ao nível dos ecossistemas.
Projectada para o escoamento da energia produzida nos sistemas eólicos existentes na região, a linha tem também como finalidade contribuir para o descongestionamento das duas linhas que ligam o Marco dos Pereiros a Tábua.
Em 66 quilómetros, ligando a subestação de Penela, já em funcionamento, à estrutura semelhante que está a ser construída em Tábua, vão ser implantados 170 postes metálicos, sendo que, apenas um ocupará área pertencente à regressa Ecológica Nacional.
O traçado escolhido passa por seis concelhos, atravessando as freguesias de São João da Pesqueira, Espariz, Pinheiro de Côja e Meda de Mouros (Tábua); Côja, Folques, Arganil e Celavisa (Arganil); Castanheira de Pêra (Castanheira de Pêra); Pedrógão Grande e Vila Facaia (Pedrógão Grande); Campelo e Aguda (Figueiró dos Vinhos); Cumeeira e S. Miguel (Penela).
Na conclusão final do EIA, que está em consulta pública, na autarquia de Tábua e na Direcção-Geral de Energia e Geologia - por um prazo de 15 dias, a contar da publicação em Diário da República, a 13 de Novembro – verifica-se que «não se prevêem impactes negativos significativos sobre a generalidade dos descritores ambientais, nomeadamente clima, recursos hídricos, qualidade da água e qualidade do ar».
O estudo, realizado pela “ARQPAIS, Consultores de Arquitectura Paisagista e Ambiente, Lda”, refere a instalação do sistema “Bird Flight Diverter”, ou “Espanta Pássaros”, «nos cabos de guarda, entre os apoios (postes) 76 e 101, tendo em conta a presença de um casal de cegonha-preta e outro de bufo real nos Penedos de Góis, a cerca de três km da linha», frisando ainda que os vãos que atravessam matos e carvalhais também devem ser sinalizados.
Situações salvaguardadas
É feita também referência à proximidade de duas pedreiras, em Pinheiro de Côja e Côja, situação em que em que não se verifica, «contudo, qualquer tipo de afectação, cumprindo os limites de protecção legais».
Também no caso nas quatro povoações que são bordejadas pela linha de muito alta tensão (Vale Lameira, Roda Fundeira, Cabeçadas e Salgado), o estudo afirma que, tendo em conta as previsões, apesar de poderem ser afectadas pelo barulho das máquinas na fase de construção, em exploração, terão valores de ruído inferiores aos estipulados pela lei. Ainda assim, durante a implementação da linha, foi estipulado que os trabalho só poderão realizar-se entre as 8h00 e as 20h00.
Os resíduos provenientes da fase de obra serão alvo da metodologia de gestão adoptada pela REN, sendo concentrados no Marco dos Pereiros, antes de serem transportados para processamento e reciclagem.
A linha de Muito Alta Tensão Penela-Tábua percorrerá uma região onde existem áreas sensíveis da Rede Natura 2000, como a Serra da Lousã, Serra de Sicó e complexo do Açor, mas acaba por não atravessar nenhuma destas zonas.
Foi identificado, também, o risco de colisão para algumas aves planadoras, como o milhafre-preto, águia-cobreira e águia Bonelli, entre outras, não havendo contudo qualquer sugestão de que possam haver colónias de morcegos na zona, uma vez que não foram descobertos abrigos numa prospecção efectuada para a realização do estudo.
in Diário de Coimbra, de 15/11/2007
Um casal de “cegonha preta” e outro de “bufo real”, que nidificam nos Penedos de Góis, receberam atenção especial na execução do projecto de uma Linha de Muito Alta Tensão, de 220 kV (quilovolts), a erigir entre Penela e Tábua.
Trata-se de 66 quilómetros de linha, projectada para o meio da encosta, de forma a minimizar os impactos visuais, tendo, de acordo com o Estudo de Impacte Ambiental (EIA), poucos aspectos negativos para a paisagem, fauna, flora e pessoas.
O único senão, apesar de não ser considerado importante, em termos dos impactes, prende-se com quatro localidades, Vale Lameira, Roda Fundeira, Cabeçadas e Salgado, que estão localizadas a menos de 200 metros da linha.
De resto, depois de estudados vários traçados, tendo em conta as questões ambientais, isto de acordo com o descrito no EIA, a Rede Eléctrica Nacional (REN) optou por um traçado que evita zonas habitacionais e sensíveis ao nível dos ecossistemas.
Projectada para o escoamento da energia produzida nos sistemas eólicos existentes na região, a linha tem também como finalidade contribuir para o descongestionamento das duas linhas que ligam o Marco dos Pereiros a Tábua.
Em 66 quilómetros, ligando a subestação de Penela, já em funcionamento, à estrutura semelhante que está a ser construída em Tábua, vão ser implantados 170 postes metálicos, sendo que, apenas um ocupará área pertencente à regressa Ecológica Nacional.
O traçado escolhido passa por seis concelhos, atravessando as freguesias de São João da Pesqueira, Espariz, Pinheiro de Côja e Meda de Mouros (Tábua); Côja, Folques, Arganil e Celavisa (Arganil); Castanheira de Pêra (Castanheira de Pêra); Pedrógão Grande e Vila Facaia (Pedrógão Grande); Campelo e Aguda (Figueiró dos Vinhos); Cumeeira e S. Miguel (Penela).
Na conclusão final do EIA, que está em consulta pública, na autarquia de Tábua e na Direcção-Geral de Energia e Geologia - por um prazo de 15 dias, a contar da publicação em Diário da República, a 13 de Novembro – verifica-se que «não se prevêem impactes negativos significativos sobre a generalidade dos descritores ambientais, nomeadamente clima, recursos hídricos, qualidade da água e qualidade do ar».
O estudo, realizado pela “ARQPAIS, Consultores de Arquitectura Paisagista e Ambiente, Lda”, refere a instalação do sistema “Bird Flight Diverter”, ou “Espanta Pássaros”, «nos cabos de guarda, entre os apoios (postes) 76 e 101, tendo em conta a presença de um casal de cegonha-preta e outro de bufo real nos Penedos de Góis, a cerca de três km da linha», frisando ainda que os vãos que atravessam matos e carvalhais também devem ser sinalizados.
Situações salvaguardadas
É feita também referência à proximidade de duas pedreiras, em Pinheiro de Côja e Côja, situação em que em que não se verifica, «contudo, qualquer tipo de afectação, cumprindo os limites de protecção legais».
Também no caso nas quatro povoações que são bordejadas pela linha de muito alta tensão (Vale Lameira, Roda Fundeira, Cabeçadas e Salgado), o estudo afirma que, tendo em conta as previsões, apesar de poderem ser afectadas pelo barulho das máquinas na fase de construção, em exploração, terão valores de ruído inferiores aos estipulados pela lei. Ainda assim, durante a implementação da linha, foi estipulado que os trabalho só poderão realizar-se entre as 8h00 e as 20h00.
Os resíduos provenientes da fase de obra serão alvo da metodologia de gestão adoptada pela REN, sendo concentrados no Marco dos Pereiros, antes de serem transportados para processamento e reciclagem.
A linha de Muito Alta Tensão Penela-Tábua percorrerá uma região onde existem áreas sensíveis da Rede Natura 2000, como a Serra da Lousã, Serra de Sicó e complexo do Açor, mas acaba por não atravessar nenhuma destas zonas.
Foi identificado, também, o risco de colisão para algumas aves planadoras, como o milhafre-preto, águia-cobreira e águia Bonelli, entre outras, não havendo contudo qualquer sugestão de que possam haver colónias de morcegos na zona, uma vez que não foram descobertos abrigos numa prospecção efectuada para a realização do estudo.
in Diário de Coimbra, de 15/11/2007
Etiquetas: cabeçadas, penedos, roda fundeira, salgado
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