sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Queijaria em Vale de Asna

Dois sócios holandeses inauguraram, dia 21, o edifício de uma futura queijaria, em Vale de Asna. Ainda sem equipamento instalado, o espaço terá três máquinas, uma tina de 120 litros, outra de 200 a 300 litros e uma máquina para embalar em vácuo, e irá produzir queijo de cabra. Residentes naquela zona, Edith Caubenthal e Jan Vollenhouen, estão a expandir o negócio no qual começaram a investir há cerca de dez anos. Para já o queijo fresco não vai ser produzido. A licença representaria um esforço monetário de 10 mil euros e Edith acredita que mesmo que fizesse o investimento não seria recuperado devido à zona em que ele é produzido. "O acesso é péssimo e por o queijo ser fresco teria de ser distribuído diariamente", comentou ao Jornal de Arganil. A nova queijaria vai substituir a já existente, mais pequena, e deverá começar a produzir queijo antes do Natal. "As condições de trabalho vão ser muito melhores. Vai ser mais fácil para nós organizarmos todas as coisas que há para fazer". As perspectivas de negócio são boas, até porque só assim iriam acometer os gastos inerentes. Os clientes, diz, são maioritariamente particulares e portugueses. "Enquanto que os holandeses compram um quilo, ou mesmo meio, os portugueses compram logo dois ou três quilos", contou, dizendo que "há muita procura" do queijo. Edith garante que o sabor não é muito intenso, é meio curado, já que a experiência lhe diz que o mais forte não tem tanto sucesso nas vendas. Deste modo a máquina de embalar em vácuo não vai permitir que o queijo seque demasiado. Detentores de um rebanho de 120 cabras, a ideia de produzir surgiu na necessidade de aproveitar as potencialidades do animal, uma vez que estavam somente "a servir para limpar mato, produzir carne e leite", afirmou.
Diana Duarte
in Jornal de Arganil, de 25/10/2007

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