Cortes em festa
Cortes esteve em festa na noite de S. João! Como prometido, mais uma tradição voltou a repetir-se. O nosso padroeiro S. João Baptista foi festejado! O grupo dos Joões em conjunto com a Comissão de Melhoramentos voltaram a conviver.
Os festejos tiveram início na tarde de 23 de Junho (véspera de S. João), começando com o enfeite do Largo da Eira. Colocaram-se as mesas, salgaram-se as sardinhas, cozeram-se os caracóis e temperaram-se as febras.
Ainda no Largo da Eira foi colocado, bem no centro, um grande mastro que viria a ser queimado durante a noite, assim como o trepar as fogueiras conforme manda a tradição.
No Largo do Cruzeiro, e para animar o convívio, outra tarefa teve início: foi a angariação do cortejo e afinação do grupo de Cantares da nossa terra, enfim, tudo se ia preparando com todo o esplendor. Pois, para quem não sabe, este Grupo é constituído por mulheres, algumas até com idade um pouco avançada, mas todas com espírito muito jovem e alegre, e também por alguns homens, embora em número muito reduzido, mas muito necessários, pois estes é que eram os instrumentistas.
Por volta das 20,30 horas e já trajados a rigor, com belos trajes antigos e ornamentados com arcos enfeitados com flores naturais, começou o tão esperado cortejo. O seu início foi no Cruzeiro e a meta era o Largo da Eira.
É ainda importante dizer que os cantores nunca saíram do tom graças à concertina dedilhada pelo Carlos da Ângela e dos ferrinhos tocados pelo Zé "Pandelouco", com a voz firme de João Filipe que ajudou na cantoria. Mas as personagens principais eram as crianças, também elas trajadas a rigor, que comandavam, o cortejo com toda a sua pureza e alegria e que mostravam formas representativas da nossa tão querida terra, nomeadamente S. João, a Capela, o Lar de Cortes, a Comissão e ainda a famosa fonte das bicas, todas as referidas figuras estavam minuciosamente feitas em cartão.
Mas o auge da alegria foi a chegada ao Largo da Eira, onde foram esperados por muitas pessoas, dignos de se ver quando chegaram a dançar e a cantar à volta do mastro. Muitos foram os que aplaudiram e dançaram unidos num só espírito de fraternidade e alegria.
Entretanto, iam sendo servidos os caracóis, sardinhas e por fim as febras.
Além do povo de Cortes muitos amigos de aldeias vizinhas foram chegando durante a noite e aos quais desde já agradecemos a presença.
Parabéns João e restantes cortenses presentes por recordarem tradições quase esquecidas, como o mastro e o trepar das fogueiras.
Entretanto, sempre ao som dos instrumentos, a noite foi ficando cada vez mais animada, com vários cantadores ao desafio. Qual deles o melhor! Sempre "com a resposta na ponta da língua".
Pelas 23 horas, a confraternização ficou ainda mais completa com o bolo de aniversário dos 33 anos da formação do grupo "os Joões".
Não podemos deixar de agradecer aos Joões e a alguns amigos a oferta da refeição e do convívio e também um especial obrigado a todas as pessoas que contribuíram com dinheiro para ajudar nas despesas. Bem hajam.
A noite estava fresca, o relógio não parava, mas a alegria continuava e pelas 23,30 horas aconteceu, talvez o mais desejado: queimou-se o mastro que não deixou esquecer uma tradição tão antiga do povo de Cortes.
Parabéns Joões! Muitos anos de vida. Continuamos a contar com todos vós, começando por convidar os mais jovens, Joões e não só, mas todos os jovens cortenses, por favor mantenham a tradição por muitos anos. Cortes merece e o seu povo também. "A união faz a força" e "querer é poder". São estes os ingredientes para podermos continuar com a tradição, ano após ano.
Dia 24 (dia de S. João) celebrou-se a eucaristia solene, acompanhada pelo grupo coral que se tem vindo a aperfeiçoar, graças ao empenho, saber e dedicação da nossa muito estimada conterrânea e amiga Maria Alice Neves Simões, que ensaiou o grupo e os organistas Rafael e Vasco a quem ensinou música e órgão, trabalho que eles executaram muito bem. O nosso obrigado muito especial à Maria Alice e que o nosso S. João Baptista a proteja e lhe dê muita saúde e coragem para continuar nessa caminhada de valorização pessoal e colectiva do nosso povo de Cortes. Que todos saibam aproveitar o que de bom ela tem feito.
Um obrigado final a todos os que participaram e ajudaram nesta festa. Contamos sempre com todos e um adeus até ao S. João de 2008.
J. A. Cortez
in O Varzeense, de 30/07/2007
Os festejos tiveram início na tarde de 23 de Junho (véspera de S. João), começando com o enfeite do Largo da Eira. Colocaram-se as mesas, salgaram-se as sardinhas, cozeram-se os caracóis e temperaram-se as febras.
Ainda no Largo da Eira foi colocado, bem no centro, um grande mastro que viria a ser queimado durante a noite, assim como o trepar as fogueiras conforme manda a tradição.
No Largo do Cruzeiro, e para animar o convívio, outra tarefa teve início: foi a angariação do cortejo e afinação do grupo de Cantares da nossa terra, enfim, tudo se ia preparando com todo o esplendor. Pois, para quem não sabe, este Grupo é constituído por mulheres, algumas até com idade um pouco avançada, mas todas com espírito muito jovem e alegre, e também por alguns homens, embora em número muito reduzido, mas muito necessários, pois estes é que eram os instrumentistas.
Por volta das 20,30 horas e já trajados a rigor, com belos trajes antigos e ornamentados com arcos enfeitados com flores naturais, começou o tão esperado cortejo. O seu início foi no Cruzeiro e a meta era o Largo da Eira.
É ainda importante dizer que os cantores nunca saíram do tom graças à concertina dedilhada pelo Carlos da Ângela e dos ferrinhos tocados pelo Zé "Pandelouco", com a voz firme de João Filipe que ajudou na cantoria. Mas as personagens principais eram as crianças, também elas trajadas a rigor, que comandavam, o cortejo com toda a sua pureza e alegria e que mostravam formas representativas da nossa tão querida terra, nomeadamente S. João, a Capela, o Lar de Cortes, a Comissão e ainda a famosa fonte das bicas, todas as referidas figuras estavam minuciosamente feitas em cartão.
Mas o auge da alegria foi a chegada ao Largo da Eira, onde foram esperados por muitas pessoas, dignos de se ver quando chegaram a dançar e a cantar à volta do mastro. Muitos foram os que aplaudiram e dançaram unidos num só espírito de fraternidade e alegria.
Entretanto, iam sendo servidos os caracóis, sardinhas e por fim as febras.
Além do povo de Cortes muitos amigos de aldeias vizinhas foram chegando durante a noite e aos quais desde já agradecemos a presença.
Parabéns João e restantes cortenses presentes por recordarem tradições quase esquecidas, como o mastro e o trepar das fogueiras.
Entretanto, sempre ao som dos instrumentos, a noite foi ficando cada vez mais animada, com vários cantadores ao desafio. Qual deles o melhor! Sempre "com a resposta na ponta da língua".
Pelas 23 horas, a confraternização ficou ainda mais completa com o bolo de aniversário dos 33 anos da formação do grupo "os Joões".
Não podemos deixar de agradecer aos Joões e a alguns amigos a oferta da refeição e do convívio e também um especial obrigado a todas as pessoas que contribuíram com dinheiro para ajudar nas despesas. Bem hajam.
A noite estava fresca, o relógio não parava, mas a alegria continuava e pelas 23,30 horas aconteceu, talvez o mais desejado: queimou-se o mastro que não deixou esquecer uma tradição tão antiga do povo de Cortes.
Parabéns Joões! Muitos anos de vida. Continuamos a contar com todos vós, começando por convidar os mais jovens, Joões e não só, mas todos os jovens cortenses, por favor mantenham a tradição por muitos anos. Cortes merece e o seu povo também. "A união faz a força" e "querer é poder". São estes os ingredientes para podermos continuar com a tradição, ano após ano.
Dia 24 (dia de S. João) celebrou-se a eucaristia solene, acompanhada pelo grupo coral que se tem vindo a aperfeiçoar, graças ao empenho, saber e dedicação da nossa muito estimada conterrânea e amiga Maria Alice Neves Simões, que ensaiou o grupo e os organistas Rafael e Vasco a quem ensinou música e órgão, trabalho que eles executaram muito bem. O nosso obrigado muito especial à Maria Alice e que o nosso S. João Baptista a proteja e lhe dê muita saúde e coragem para continuar nessa caminhada de valorização pessoal e colectiva do nosso povo de Cortes. Que todos saibam aproveitar o que de bom ela tem feito.
Um obrigado final a todos os que participaram e ajudaram nesta festa. Contamos sempre com todos e um adeus até ao S. João de 2008.
J. A. Cortez
in O Varzeense, de 30/07/2007
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