Cerimónia evocativa do 33º aniversário do 25 de Abril em Góis
Em Góis, o 33º aniversário do 25 de Abril começou a ser assinalado na passada segunda-feira com algumas actividades lúdicas direccionadas para os mais novos. “Era uma vez o 25 de Abril”, este foi o tema de uma acção dirigida aos alunos do primeiro ciclo desenvolvida no Dia Mundial do Livro que procurou dar a conhecer aos mais novos o que foi o 25 de Abril de 74 através de actividades lúdico-pedagogicas. Uma dessas actividades consistiu na dramatização do livro “O tesouro” de Manuel António Pina, que explicou em linguagem apropriada o que foi o 25 de Abril enquanto que a outra actividade consistiu numa oficina cívica onde foi dada a possibilidade aos alunos de construírem um puzzle com imagens e ideias alusivas à data.
Todavia, o ponto alto das comemorações teve lugar esta manhã com uma cerimónia evocativa do 25 de Abril que encheu o auditório da Biblioteca Municipal de Góis. Não querendo fazer um discurso, “repetitivo”, José Carvalho, presidente da Assembleia Municipal de Góis resolveu, num gesto original, escrever uma “carta ao 25 de Abril”. Dirigindo-se ao 25 de Abril, o presidente daquele órgão deliberativo começa por agradecer o privilégio de o ter “conhecido pessoalmente”. “Ano e meio depois de ter chegado da província da Guiné, local para onde, como tantos milhares e portugueses, a juventude da época era compulsivamente desterrada”, conta José Carvalho confessando que “nutro por ti uma grande admiração”. Admiração essa provocada na sua óptica “por tudo o que significaste para os meus país, para as pessoas da sua geração e também das gerações anteriores às deles, com reflexo em mim próprio e nos meus descendentes”. Posteriormente recorda alguns dos muitos beneficiou trazidos pela revolução de Abril, nomeadamente, “a rede viária cresceu e diminuiu o isolamento do interior, a qualidade de vida melhorou em todos os aspectos”, bem como “ a generalização de infra-estruturas como a rede eléctrica, o abastecimento de água canalizada ou o saneamento básico”.
Helena Moniz, vice-presidente da Câmara Municipal de Góis considera o 25 de Abril como “um dia ímpar da história de Portugal, um dia da história que nos é contemporânea e que por isso nos responsabiliza muito mais na transmissão dos ideais de Abril”. A autarca referia-se à responsabilidade de “divulgar os factos que pudemos ver, que pudemos sentir e que temos obrigação de levar ao conhecimento das novas gerações de uma forma desapaixonada, isenta e imparcial”, aliás, acrescenta “como deve ser feita qualquer análise histórica, longe de interesses sócio-económicos ou políticos-partidários”. Em seguida referiu-se ao impulso que teve o papel da mulher com o 25 de Abril, lembrando que “como mulher, tenho a certeza que nunca aqui estaria se não fosse o 25 de Abril, que deu oportunidade a qualquer cidadão, independentemente do sexo, de eleger os seus dirigentes nacionais e autárquicos, mas também a oportunidade de ser eleito”. Por último, Helena Moniz fez questão de frisar que “acreditamos que o respeito mútuo e a livre convivência são princípios que os interiorizamos em Abril e que constituem os pilares da democracia”, por isso vaticina, “oxalá nunca os esqueçamos”.
Por seu lado, Victor Dias recordou de que forma é que o 25 de Abril foi recebido em Góis. “Os primeiros autarcas foram eleitos pelo povo na Associação Educativa e Recreativa de Góis”, iniciou o representante do Grupo Parlamentar do PSD lembrando também o facto do papel das mulheres ter mudado com esta revolução. “ O 25 de Abril para Góis não trouxe problemas de serem as mulheres ou o povo a dirigirem o concelho”, sublinhou referindo a ausência da líder de bancada, por sinal uma mulher, Marlene que “tem trinta e três anos e devia também estar aqui hoje”, disse.
Henrique Braz Mendes em representação do Grupo Parlamentar do Partido Socialista afirmou que o mês de Abril é “propício para o encontro, sobretudo para o encontro de gerações, porque coincide com o renascer da natureza, porque afirma a primavera, porque a 25 de Abril de 1974, os portugueses mudaram o rumo da vida do seu país e descobriram o significado profundo da palavra democracia”. Posteriormente recordou o surgimento do PS. “Acontece em Abril de 1973, na Alemanha”, em que Mário Soares escreve o primeiro texto programático do PS denominado “ Construir uma nova vida, destruir o sistema”, documento onde apresenta desde logo a matriz ideológica do partido, afirmando “a necessidade de se derrubar o sistema com a ajuda das outras forças anti-fascistas”. Assim enfatiza Henrique Mendes, “Abril torna-se, assim, um momento especial de esperança, de renovação e de futuro”.
in www.rcarganil.com
Todavia, o ponto alto das comemorações teve lugar esta manhã com uma cerimónia evocativa do 25 de Abril que encheu o auditório da Biblioteca Municipal de Góis. Não querendo fazer um discurso, “repetitivo”, José Carvalho, presidente da Assembleia Municipal de Góis resolveu, num gesto original, escrever uma “carta ao 25 de Abril”. Dirigindo-se ao 25 de Abril, o presidente daquele órgão deliberativo começa por agradecer o privilégio de o ter “conhecido pessoalmente”. “Ano e meio depois de ter chegado da província da Guiné, local para onde, como tantos milhares e portugueses, a juventude da época era compulsivamente desterrada”, conta José Carvalho confessando que “nutro por ti uma grande admiração”. Admiração essa provocada na sua óptica “por tudo o que significaste para os meus país, para as pessoas da sua geração e também das gerações anteriores às deles, com reflexo em mim próprio e nos meus descendentes”. Posteriormente recorda alguns dos muitos beneficiou trazidos pela revolução de Abril, nomeadamente, “a rede viária cresceu e diminuiu o isolamento do interior, a qualidade de vida melhorou em todos os aspectos”, bem como “ a generalização de infra-estruturas como a rede eléctrica, o abastecimento de água canalizada ou o saneamento básico”.
Helena Moniz, vice-presidente da Câmara Municipal de Góis considera o 25 de Abril como “um dia ímpar da história de Portugal, um dia da história que nos é contemporânea e que por isso nos responsabiliza muito mais na transmissão dos ideais de Abril”. A autarca referia-se à responsabilidade de “divulgar os factos que pudemos ver, que pudemos sentir e que temos obrigação de levar ao conhecimento das novas gerações de uma forma desapaixonada, isenta e imparcial”, aliás, acrescenta “como deve ser feita qualquer análise histórica, longe de interesses sócio-económicos ou políticos-partidários”. Em seguida referiu-se ao impulso que teve o papel da mulher com o 25 de Abril, lembrando que “como mulher, tenho a certeza que nunca aqui estaria se não fosse o 25 de Abril, que deu oportunidade a qualquer cidadão, independentemente do sexo, de eleger os seus dirigentes nacionais e autárquicos, mas também a oportunidade de ser eleito”. Por último, Helena Moniz fez questão de frisar que “acreditamos que o respeito mútuo e a livre convivência são princípios que os interiorizamos em Abril e que constituem os pilares da democracia”, por isso vaticina, “oxalá nunca os esqueçamos”.
Por seu lado, Victor Dias recordou de que forma é que o 25 de Abril foi recebido em Góis. “Os primeiros autarcas foram eleitos pelo povo na Associação Educativa e Recreativa de Góis”, iniciou o representante do Grupo Parlamentar do PSD lembrando também o facto do papel das mulheres ter mudado com esta revolução. “ O 25 de Abril para Góis não trouxe problemas de serem as mulheres ou o povo a dirigirem o concelho”, sublinhou referindo a ausência da líder de bancada, por sinal uma mulher, Marlene que “tem trinta e três anos e devia também estar aqui hoje”, disse.
Henrique Braz Mendes em representação do Grupo Parlamentar do Partido Socialista afirmou que o mês de Abril é “propício para o encontro, sobretudo para o encontro de gerações, porque coincide com o renascer da natureza, porque afirma a primavera, porque a 25 de Abril de 1974, os portugueses mudaram o rumo da vida do seu país e descobriram o significado profundo da palavra democracia”. Posteriormente recordou o surgimento do PS. “Acontece em Abril de 1973, na Alemanha”, em que Mário Soares escreve o primeiro texto programático do PS denominado “ Construir uma nova vida, destruir o sistema”, documento onde apresenta desde logo a matriz ideológica do partido, afirmando “a necessidade de se derrubar o sistema com a ajuda das outras forças anti-fascistas”. Assim enfatiza Henrique Mendes, “Abril torna-se, assim, um momento especial de esperança, de renovação e de futuro”.
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