... Nem Dor., de Abílio Bandeira Cardoso
A dor que deixaste já não é sozinha
A solidão que deixaste é já acompanhada
A porta que fechaste já não está fechada
Abriu-se na própria força que em si tinha
A dor apunhalou-se nas guinadas em que vinha
E a solidão mil vezes foi derrotada
Por qualquer companhia a qualquer hora trocada
Pura ilusão... que da ilusão se avizinha...
E a dor que deixaste é agora morta!
Só a doce recordação, qual árvore torta,
Se verga ao vento do que já foi amor
E o luar que já iluminou a tua porta
Já não sombreia uma cruz, nem cai em flor
Vive agora sem luto, sem espinhos... nem dor
Abílio Bandeira Cardoso
A solidão que deixaste é já acompanhada
A porta que fechaste já não está fechada
Abriu-se na própria força que em si tinha
A dor apunhalou-se nas guinadas em que vinha
E a solidão mil vezes foi derrotada
Por qualquer companhia a qualquer hora trocada
Pura ilusão... que da ilusão se avizinha...
E a dor que deixaste é agora morta!
Só a doce recordação, qual árvore torta,
Se verga ao vento do que já foi amor
E o luar que já iluminou a tua porta
Já não sombreia uma cruz, nem cai em flor
Vive agora sem luto, sem espinhos... nem dor
Abílio Bandeira Cardoso
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