Cor de todas as cores, de Abílio Bandeira Cardoso
Eu, filho da terra, como ela sou castanho
Sou azul como o céu e azul como o mar
Do vento guardo tom incolor mais estranho
Das ervas só o verde me permite esperar
Do silêncio possuo uma cor sem tamanho,
Mas não negro, negro é cor de desesperar
E no desepero hei-de colorir com engenho
Todo o negro, com mil cores de espantar.
Pintarei meu fado com tons de Primavera
Ou de um Verão findo, cor de praia e trigo
Sem lágrimas pintarei a dor que vem comigo
Pinta-la-ei de uma cor suave, que me dera
Uma criança num sorriso de quem espera
Nada e tudo tem na cor que assim consigo
Abílio Bandeira Cardoso
Sou azul como o céu e azul como o mar
Do vento guardo tom incolor mais estranho
Das ervas só o verde me permite esperar
Do silêncio possuo uma cor sem tamanho,
Mas não negro, negro é cor de desesperar
E no desepero hei-de colorir com engenho
Todo o negro, com mil cores de espantar.
Pintarei meu fado com tons de Primavera
Ou de um Verão findo, cor de praia e trigo
Sem lágrimas pintarei a dor que vem comigo
Pinta-la-ei de uma cor suave, que me dera
Uma criança num sorriso de quem espera
Nada e tudo tem na cor que assim consigo
Abílio Bandeira Cardoso
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