A tradição do bolo-rei
Em todas as casas portuguesas, durante a época natalícia, está sempre presente o bolo-rei e o vinho do Porto sobre a mesa.
Bolo-rei é um bolo tradicional português que se come pela altura do Natal até ao Dia de Reis, numa clara alusão aos Reis Magos. De forma redonda eom grande buraco no centro, lembra uma coroa sarapintada por frutos secos e cristalizados, as jóias que a enfeitam.
No seu interior encontram-se misturadas com a massa branca e fofa: passas, frutos secos, frutas cristalizadas, além da já característica fava. Diz a tradição, que a quem sair a fatia com a fava tem o direito a pedir um desejo, ou, muitas vezes, cabe-lhe a oferta do jantar. Inicialmente, escondia-se também, uma pequenina surpresa ou brinde.
Este doce simboliza as prendas que os Reis Magos ofereceram a Jesus recém-nascido. A sua côdea (parte externa) representava o ouro, enquanto as frutas secas simbolizavam a mirra e o seu aroma, o incenso. Conta a lenda que, quando os Reis Magos viram a estrela que anunciava o nascimento de Jesus, disputaram entre si o direito de entregar os presentes que levavam. Para acabar com o conflito, um padeiro teve a ideia de fazer um bolo para os três e esconder uma fava dentro da massa. Não se sabe qual dos três Reis Magos foi o feliz contemplado.
Mas o seu surgimento vem de França, durante o reinado de Luís XIV, para as festas do ano novo e para as comemorações do Dia de Reis. Nos finais do século XIX, Baltazar Castanheira Júnior, filho do fundador da Confeitaria Nacional, trouxe de Paris a receita do bolo-rei. Esta proeza valeu à pastelaria da Praça da Figueira o prestígio de ter sido a fornecedora da Casa Real, desde o reinado de D. Maria II até à implantação da República.
Nos dias de hoje, a procura do bolo-rei continua a ser avassaladora.
Na realidade, não há ninguém que resista a uma fatia deste anel de frutos, mesmo quem não aprecie os mesmos, secos ou cristalizados, dá-se ao trabalho de os tirar, um a um, para saborear a massa pouco doce e muito macia.
José Encarnação
in Jornal de Arganil, de 4/1/2007
Bolo-rei é um bolo tradicional português que se come pela altura do Natal até ao Dia de Reis, numa clara alusão aos Reis Magos. De forma redonda eom grande buraco no centro, lembra uma coroa sarapintada por frutos secos e cristalizados, as jóias que a enfeitam.
No seu interior encontram-se misturadas com a massa branca e fofa: passas, frutos secos, frutas cristalizadas, além da já característica fava. Diz a tradição, que a quem sair a fatia com a fava tem o direito a pedir um desejo, ou, muitas vezes, cabe-lhe a oferta do jantar. Inicialmente, escondia-se também, uma pequenina surpresa ou brinde.
Este doce simboliza as prendas que os Reis Magos ofereceram a Jesus recém-nascido. A sua côdea (parte externa) representava o ouro, enquanto as frutas secas simbolizavam a mirra e o seu aroma, o incenso. Conta a lenda que, quando os Reis Magos viram a estrela que anunciava o nascimento de Jesus, disputaram entre si o direito de entregar os presentes que levavam. Para acabar com o conflito, um padeiro teve a ideia de fazer um bolo para os três e esconder uma fava dentro da massa. Não se sabe qual dos três Reis Magos foi o feliz contemplado.
Mas o seu surgimento vem de França, durante o reinado de Luís XIV, para as festas do ano novo e para as comemorações do Dia de Reis. Nos finais do século XIX, Baltazar Castanheira Júnior, filho do fundador da Confeitaria Nacional, trouxe de Paris a receita do bolo-rei. Esta proeza valeu à pastelaria da Praça da Figueira o prestígio de ter sido a fornecedora da Casa Real, desde o reinado de D. Maria II até à implantação da República.
Nos dias de hoje, a procura do bolo-rei continua a ser avassaladora.
Na realidade, não há ninguém que resista a uma fatia deste anel de frutos, mesmo quem não aprecie os mesmos, secos ou cristalizados, dá-se ao trabalho de os tirar, um a um, para saborear a massa pouco doce e muito macia.
José Encarnação
in Jornal de Arganil, de 4/1/2007
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