Nostalgia, de Abílio Bandeira Cardoso
Repouso, breve, nos braços da solidão
Escuto, atento, toda voz da amargura
Que, embargada, vai soltando com doçura
Toda a sabedoria que lhe dita o coração
Acordo, só, esmagado pela imensidão
Da ausência de alguém que traga a cura
Para tamanho nada que em nada murmura
Num tom grave que dói de pena na mão
Adormeço e acordo sempre na esperança
Que num acordar ou num adormecer sorria
Aquele sorriso ausente que, amando, se envia
Acordo e adormeço preso nessa lembrança
De qualquer gargalhada que dei em criança
Criança que apenas tinha esse riso que ouvia
Abílio Bandeira Cardoso
Escuto, atento, toda voz da amargura
Que, embargada, vai soltando com doçura
Toda a sabedoria que lhe dita o coração
Acordo, só, esmagado pela imensidão
Da ausência de alguém que traga a cura
Para tamanho nada que em nada murmura
Num tom grave que dói de pena na mão
Adormeço e acordo sempre na esperança
Que num acordar ou num adormecer sorria
Aquele sorriso ausente que, amando, se envia
Acordo e adormeço preso nessa lembrança
De qualquer gargalhada que dei em criança
Criança que apenas tinha esse riso que ouvia
Abílio Bandeira Cardoso
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