O racismo português
Admitimos que o povo português tem dado, ao longo da sua história, e falando em geral, bom exemplo de convivência com outros povos e com outras raças, quer no viver quotidiano quer nas leis por que se foi regendo. Poucos povos se têm portado de forma assim fraterna e solidária, nos quatro cantos do mundo.
Este facto assinalável e meritório, mais do que ser ocasião de nos fazer dormir sobre pretensos louros, deve ser motivo de grande responsabilidade. Se os nossos antepassados se portaram com esta elevação e dignidade, não foi de certo porque isso era o mais simples ou o mais fácil, mas pela sua fidelidade a um ideal de humanismo a que estava subjacente um projecto social e cristão da sociedade, que se empenharam em construir.
Entre nós, têm surgido (e irão surgir cada vez mais), questões de convivência, em relação a ciganos, a africanos e, em geral, a povos de outros costumes e procedências. E, de verdade, tem-se assistido a uma relativa aceitação por parte da maioria de todos nós. No entanto, ao primeiro conflito de convivência (roubos, ocupação ilegal de terras, má vizinhança, agressões, etc.), vem ao de cima a motivação racista, a comandar os comportamentos.
É nestas alturas que deveríamos evocar o nosso projecto de sociedade humanista e cristão, para não permitir agressões, lutas ou dificuldades de diálogo e de aceitação, por motivos rácicos ou xenófobos. Aí é que se deveriam evidenciar as comunidades verdadeiramente cristãs, dando testemunho da fraternidade, impondo a sua lei de aceitação do irmão, simbolizada no sacramental abraço da paz, distribuído aos domingos.
Ora, nas terras e locais em que a exclusão social dos ciganos tem sido ultimamente notícia, há cristãos e comunidades cristãs, católicas e não só. E que é feito deles e delas? Que, pelo menos, não sejam os fomentadores da efervescência e das guerras...
João Caniço
in O Varzeense, de 15/01/2007
Este facto assinalável e meritório, mais do que ser ocasião de nos fazer dormir sobre pretensos louros, deve ser motivo de grande responsabilidade. Se os nossos antepassados se portaram com esta elevação e dignidade, não foi de certo porque isso era o mais simples ou o mais fácil, mas pela sua fidelidade a um ideal de humanismo a que estava subjacente um projecto social e cristão da sociedade, que se empenharam em construir.
Entre nós, têm surgido (e irão surgir cada vez mais), questões de convivência, em relação a ciganos, a africanos e, em geral, a povos de outros costumes e procedências. E, de verdade, tem-se assistido a uma relativa aceitação por parte da maioria de todos nós. No entanto, ao primeiro conflito de convivência (roubos, ocupação ilegal de terras, má vizinhança, agressões, etc.), vem ao de cima a motivação racista, a comandar os comportamentos.
É nestas alturas que deveríamos evocar o nosso projecto de sociedade humanista e cristão, para não permitir agressões, lutas ou dificuldades de diálogo e de aceitação, por motivos rácicos ou xenófobos. Aí é que se deveriam evidenciar as comunidades verdadeiramente cristãs, dando testemunho da fraternidade, impondo a sua lei de aceitação do irmão, simbolizada no sacramental abraço da paz, distribuído aos domingos.
Ora, nas terras e locais em que a exclusão social dos ciganos tem sido ultimamente notícia, há cristãos e comunidades cristãs, católicas e não só. E que é feito deles e delas? Que, pelo menos, não sejam os fomentadores da efervescência e das guerras...
João Caniço
in O Varzeense, de 15/01/2007
1 Comments:
por favor....
os africanos e os ciganos são bem mais racistas que os ditos "brancos" Portugueses...
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