sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Falar da aldeia de Valboa

Eu já ouvi dizer a alguém que como não vivo actualmente na minha aldeia não posso reclamar aos nossos responsáveis concelhios as necessidades e as dificuldades que a aldeia está a enfrentar, como por exemplo a falta de água, tanto para consumir em casa, como para regar os quintais.
Pois, então, os poucos e idosos habitantes que lá têm os seus haveres e que lá continuam a viver nas suas casas, terão de suportar as necessidades e as dificuldades, sem terem quem os ajude a enfrentar tais dificuldades?
Assim sendo, nem eu, que nasci na aldeia e estou recenseado no concelho de Góis, tendo casas e quintais na minha aldeia, a pagar as minhas contribuições neste meu concelho e a passar as mesmas dificuldades dos que lá vivem actualmente, poderia dizer fosse o que fosse. No entanto, fomos colocados no abandono, tendo que viver com o que temos e nada mais, pois os actuais responsáveis mentiram-nos quando há trinta anos nos tiraram a água que era de regar os quintais, prometendo fazer um tanque para juntar as sobras para podermos regar. Prometeram, também, reparar os caminhos e ruas, mas as respostas a tudo isto tem-se protelado no tempo, atrás de sucessivas mentiras. Acresce que, para além de continuarmos no abandono, sem termos nada, podemos agora dizer que já nem água para beber, nem caminhos para andar. Julgo que pensarão tais responsáveis que assim é que está bem, afinal vivemos numa democracia.
Quanto aos futuros responsáveis, que bem podem ser os mesmos que ainda se encontram a governar o concelho, a terminar o segundo mandato, dizem ser uma alternativa do concelho, no entanto ignoram que, após dois mandatos, não conseguiram sequer resolver os nossos problemas, acautelar as nossas necessidades, superar as nossas dificuldades.
Perguntar-se-á: como querem eles que nós acreditemos no que eles dizem? Se não se incomodam que lhes chamem "vira casacas" ou "feijões frade", concluo que o que unicamente pretendem é ficar em primeiro lugar, esquecendo-se que para recolher é preciso semear. Ora, se eles quando começaram não se preocuparam em semear boa semente e com fartura, como esperam ter agora uma boa colheita?
Os ainda responsáveis no activo do concelho nunca tiveram nada para nos dar, só pensaram em receber, sendo como aquele que diz "se me deres um pouco, eu dou-te um chouriço", chegando mesmo a ousar dizer que "não é com vinagre que se apanham moscas".
Termino com os sinceros cumprimentos, pelos Valboenses.
Fernando Alves Dias
in Jornal de Arganil, de 3/09/2009

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9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Toma lá Diamantino esta é para ti! Lembras-te da carta que dirigis-te a este homem? Tratava-se de um Munícipe que merecia mais respeito por parte de um Vice-Presidente! Trataste-o muito mal! E ele agora responde-te "não é com vinagre que se apanham moscas”.

04 setembro, 2009 16:54  
Anonymous Anónimo said...

que grande parvo! Este tal escriba que agora manda artigos todas as semanas para o jornal, não passa de um anormal que não vive em Balboa, quase não vem a Balboa e só lá cria problemas. Falem com os poucos habitantes de`lá. Não emprenhem pelos ouvidos. Saibam do caminho que tentou tapar, das obras clandestinas, etc. Cheio de vinagre e fel...está ele próprio!

05 setembro, 2009 09:54  
Anonymous Anónimo said...

Será que Há boa maneira de Góis não esteve anos à espera da licença para as obras?
É que isso acontece noutras freguesias, e faz desesperar qualquer um. Ainda mais quem vive fora e pretende um cantinho para passar férias e preparar os tempos para quando a reforma chegar e a saúde faltar.

06 setembro, 2009 18:22  
Anonymous Anónimo said...

Ó pá o men é súcia... Só quer dar ns vistas...
Eu, por exemplo, estou mais preocupado com o cheiro a merda cada vez que me abeiro da ponte nova. Eu sei que a GNR merece pouco mais, mas eu como tenho de lá passar e o meu nariz não anda habituado a tais aromas, fico mal disposto.
Também sei que me vão dizer que é melhor habituar-me, porque também não sou "nenhum fidalgo", além de ser de Góis! Tá bem, aceito a crítica, mas continuo a dizer que aquilo cheira mal. Que se há-de fazer: é a vida!

07 setembro, 2009 22:41  
Anonymous Anónimo said...

Habituar? Habituar ao cheiro a merda?
Isso é conversa do Diamantino que diz que o cheiro da pocilga da Várzea faz parte dos maravilhosos odores rurais. Afinal é um privilégio viver no campo.
Eu não me habituo, nem que viva até aos 100 anos. hei-de contestar, sempre. Tenho nariz. se me cheirar a esgoto, não posso dizer que cheira a eucalipto, a rosas, a pinho, a palha, a milho na eira, a bosta de boi seca no caminho (isso sim, são os odores rurais).

08 setembro, 2009 12:32  
Anonymous Anónimo said...

Vocês fazem-me lembrar aqueles que utilizam a "maceira".

13 setembro, 2009 12:13  
Anonymous Anónimo said...

O monteiro vai tirar o cheiro da Varzea Grande.
Comprou 3ooo rolos de papel higiénico para limpar os rabos aos porquitos sendo assim o cheiro vai embora.
Anda todo contente mais o Alcindo
Quem é a RISCADINHA ?

16 setembro, 2009 23:35  
Anonymous Anónimo said...

qual delas?

17 setembro, 2009 16:49  
Anonymous Anónimo said...

O sr. Alcindo andou 4 anos a falar na riscadinha.
Quem será ?

17 setembro, 2009 21:04  

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