GÓIS Precisa (Saúde)
Vamos assistir de novo e, desta vez em duplicado (Legislativas e Autárquicas), as famosas promessas das campanhas eleitorais, sejam de cariz nacional ou local. E nós votantes, bem sabemos, como estamos "escaldados" por termos acreditado na dialéctica de alguns dos intervenientes.
Este aspecto é ainda mais importante nas promessas locais, já que estas têm a ver com o que de mais sagrado existe nos meios pequenos, desertificados e isolados dos nossos concelhos de interior, a qualidade de vida da população.
Mais do que sabermos quem promete, temos de estar atentos ao que se promete, para quando se promete e acima de tudo se o que se promete estará de acordo com as necessidades reais que sentimos na pele todos os dias da nossa vivência em sociedade.
Em Góis muito se tem prometido, em particular na área da saúde, mas, na realidade perdeu a hipótese de substituir o seu Centro de Saúde por uma Unidade de Saúde Familiar, tendo perdido para Arganil o Serviço de Urgência Básica 24 horas por dia, primeiro passo para acabar a curto prazo com todo e qualquer serviço de Atendimento Permanente no Centro de Saúde de Góis.
Então, de facto, de facto de que é que Góis precisa, na área da saúde, para aumentar a qualidade de vida num concelho de população envelhecida e, muitas vezes, esquecida nas aldeias do interior.
Precisamos pois da melhoria qualitativa dos Postos de Atendimento do Centro de Saúde de Góis, com horários mais adequados à vivência das populações e a efectiva presença não só do médico mas do enfermeiro?
Em complemento precisa de um Posto de Saúde Móvel itinerante, com a presença de enfermeiro (e porque não de médico), que percorra o Concelho em projectos de prevenção da saúde como os rastreios da hipertensão, diabetes, cataratas e doenças oncológicas, para falar dos mais problemáticos.
Um serviço itinerante que possa prestar serviços de auxílio aos doentes na sua residência, seja em serviços de administração de medicamentos (injectáveis), serviços de fisioterapia de importância extrema nos doentes acamados e a prestação de outros cuidados continuados de saúde na residência, aumentando em muito a qualidade de vida das populações, quando estas estão mais fragilizadas.
Em complemento, precisamos na Autarquia de um pelouro da saúde que mantenha actualizada uma base de dados de necessidades cirúrgicas e que permita a implementação do Cheque Saúde, facilitando à nossa população não estar meses nas listas de espera para cirurgia nos Hospitais Centrais, agravando a sua situação clínica, permitindo que estes possam resolver a sua situação rapidamente nos Hospitais e Clínicas privadas.
Os protocolos de assistência preferencial que têm sido assinados entre alguns Concelhos, mais despertos para o bem estar das populações, e alguns Hospitais e Clínicas, tem permitido uma assistência mais rápida em patologias que requerem uma atenção especial: cirurgia oftalmológica, cirurgia oncológica e prevenção e tratamento da diabetes.
Precisamos que as nossas Farmácias do Concelho adiram às vendas de medicamentos pela Internet e implementem com o apoio da Autarquia um serviço de entregas de medicamentos e outros produtos de saúde na residência dos utentes, não nos esquecendo que a população idosa das aldeias é a principal consumidora de produtos de saúde.
O sistema preferencial de transporte de doentes em urgência ou para tratamento, prestado com a qualidade possível pelos Bombeiros, não está isento de lacunas, para as quais a Autarquia tem de estar necessariamente mais atenta, na ajuda que pode e deve prestar a estas Associações de Voluntários. Em alternativa a colocação ao dispor dos doentes, pela Autarquia ou pelas Juntas de Freguesia, de transporte próprio para deslocação de doentes ao Centro de Saúde do Concelho ou aos Hospitais, Clínicas ou Consultórios em Coimbra deveria ser uma atitude generalizada, preferencial, de auxilio às populações idosas e carenciadas cujas reformas são escassas para bens essenciais alimentares e medicamentos, não permitindo mais veleidades económicas.
Acreditem que o que fica dito está ao alcance do orçamento da autarquia de Góis, não nos esquecendo que um Concelho com a qualidade social é apreciado por todos e cativa mais e melhor população a fixar-se nele.
Dr. Fernando J. Bandeira da Cunha
in Jornal de Arganil, de 16/07/2009
Este aspecto é ainda mais importante nas promessas locais, já que estas têm a ver com o que de mais sagrado existe nos meios pequenos, desertificados e isolados dos nossos concelhos de interior, a qualidade de vida da população.
Mais do que sabermos quem promete, temos de estar atentos ao que se promete, para quando se promete e acima de tudo se o que se promete estará de acordo com as necessidades reais que sentimos na pele todos os dias da nossa vivência em sociedade.
Em Góis muito se tem prometido, em particular na área da saúde, mas, na realidade perdeu a hipótese de substituir o seu Centro de Saúde por uma Unidade de Saúde Familiar, tendo perdido para Arganil o Serviço de Urgência Básica 24 horas por dia, primeiro passo para acabar a curto prazo com todo e qualquer serviço de Atendimento Permanente no Centro de Saúde de Góis.
Então, de facto, de facto de que é que Góis precisa, na área da saúde, para aumentar a qualidade de vida num concelho de população envelhecida e, muitas vezes, esquecida nas aldeias do interior.
Precisamos pois da melhoria qualitativa dos Postos de Atendimento do Centro de Saúde de Góis, com horários mais adequados à vivência das populações e a efectiva presença não só do médico mas do enfermeiro?
Em complemento precisa de um Posto de Saúde Móvel itinerante, com a presença de enfermeiro (e porque não de médico), que percorra o Concelho em projectos de prevenção da saúde como os rastreios da hipertensão, diabetes, cataratas e doenças oncológicas, para falar dos mais problemáticos.
Um serviço itinerante que possa prestar serviços de auxílio aos doentes na sua residência, seja em serviços de administração de medicamentos (injectáveis), serviços de fisioterapia de importância extrema nos doentes acamados e a prestação de outros cuidados continuados de saúde na residência, aumentando em muito a qualidade de vida das populações, quando estas estão mais fragilizadas.
Em complemento, precisamos na Autarquia de um pelouro da saúde que mantenha actualizada uma base de dados de necessidades cirúrgicas e que permita a implementação do Cheque Saúde, facilitando à nossa população não estar meses nas listas de espera para cirurgia nos Hospitais Centrais, agravando a sua situação clínica, permitindo que estes possam resolver a sua situação rapidamente nos Hospitais e Clínicas privadas.
Os protocolos de assistência preferencial que têm sido assinados entre alguns Concelhos, mais despertos para o bem estar das populações, e alguns Hospitais e Clínicas, tem permitido uma assistência mais rápida em patologias que requerem uma atenção especial: cirurgia oftalmológica, cirurgia oncológica e prevenção e tratamento da diabetes.
Precisamos que as nossas Farmácias do Concelho adiram às vendas de medicamentos pela Internet e implementem com o apoio da Autarquia um serviço de entregas de medicamentos e outros produtos de saúde na residência dos utentes, não nos esquecendo que a população idosa das aldeias é a principal consumidora de produtos de saúde.
O sistema preferencial de transporte de doentes em urgência ou para tratamento, prestado com a qualidade possível pelos Bombeiros, não está isento de lacunas, para as quais a Autarquia tem de estar necessariamente mais atenta, na ajuda que pode e deve prestar a estas Associações de Voluntários. Em alternativa a colocação ao dispor dos doentes, pela Autarquia ou pelas Juntas de Freguesia, de transporte próprio para deslocação de doentes ao Centro de Saúde do Concelho ou aos Hospitais, Clínicas ou Consultórios em Coimbra deveria ser uma atitude generalizada, preferencial, de auxilio às populações idosas e carenciadas cujas reformas são escassas para bens essenciais alimentares e medicamentos, não permitindo mais veleidades económicas.
Acreditem que o que fica dito está ao alcance do orçamento da autarquia de Góis, não nos esquecendo que um Concelho com a qualidade social é apreciado por todos e cativa mais e melhor população a fixar-se nele.
Dr. Fernando J. Bandeira da Cunha
in Jornal de Arganil, de 16/07/2009
Etiquetas: autárquicas
5 Comments:
Concordo em muito pouca coisa do escreve este amigo, visões diferentes... mas admiro a forma como defende os seus pontos de vista.
Podera....como querias concordar com muito ou com tudo se não podes, pois tens de "manter" a tua sabedoria ao serviço de "outros" e "outras".
Não te recintas se alguém discorda de ti, é um mau prenuncio...
Obrigado. Recebi o recado.
Como diz FC o concelho de Góis necessita de Saúde e "EU" acrescento de Juízo, de Respeito e de Boa Disposição.
Enviar um comentário
<< Home