quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Desabafo da minha aldeia

A minha aldeia, tem por nome próprio Pena, que se encontrava escrito numa placa, no Esporão, que é a entrada da estrada principal da mesma. Mas que desapareceu, não agradando nada aos moradores que a habitam.
Agora é apenas "Aldeias de Xisto". A Pena é uma dessas aldeias e por certo a mais bonita da freguesia de Góis, visitada por dezenas de pessoas todas as semanas.
Agradecemos muito ao nosso Presidente da Câmara, pela ajuda que nos deu para a recuperação das casas antigas, por isso o nosso muito obrigada, mas só foi pena e é uma vergonha para quem visita esta aldeia que a parte que é a entrada principal não tivesse sido recuperada. Também as nossas estradas, que dão acesso a outras aldeias de Xisto continuam intransitáveis.
Ora vamos ter esperança que este ano de 2009 e com eleições à porta, não se esqueçam de nós, que pelo menos haja uma promessa para a nossa aldeia e que não fique no esquecimento.
Além disto, aqui na aldeia da Pena temos outro problema, que está a prejudicar bastante os seus moradores, que são os veados. No ano de 2008 ficámos sem videiras, feijão, pequenas plantações de castanheiros, etc... Ora, os moradores desta aldeia não vivem do rendimento da caça, apenas têm pequenas reformas para sobreviverem e ainda precisam da sua agricultura para ajuda pois, as reformas não chegam.
Agradecíamos, por isso, que alguém tomasse a responsabilidade, pois não podemos continuar assim.
Mas nem tudo são notícias tristes, uma vez que, no ano de 2008 se criou, nesta aldeia, uma abóbora com perto de 100 kg, coisa que nunca cá tinha acontecido. A abóbora foi admirada por muita gente inclusive por turistas que cá vieram.
Sem mais desabafos me despeço, obrigada.
Pena, G. Neves
in O Varzeense, de 30/01/2009

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