quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Governo Civil quer mais meios para a sensibilização rodoviária

A contratualização de verbas para as associações humanitárias de bombeiros voluntários poderá, no próximo ano, ser estendida a acções que visam a diminuição da sinistralidade rodoviária. Este é, pelo menos, o desejo do governador civil de Coimbra, demonstrado ontem, durante a assinatura de protocolos para a entrega de subsídios para recompletamento do equipamento de protecção individual. Henrique Fernandes entende que a contratulização com os corpos de bombeiros não se deve ficar pelo «clássico», de material de combate aos incêndios, porque ao nível da sensibilização rodoviária há ainda muito trabalho a fazer.
«Admito, no próximo ano, fazer com os corpos de bombeiros, acções de contratualização com vista ao desenvolvimento de actos de sensibilização junto das escolas, dos adultos, dos condutores», disse, na cerimónia onde marcaram presença representantes de todas as associações de bombeiros do distrito.
À margem desta vontade claramente demonstrada, o que Henrique Fernandes ontem fez foi transferir verbas, num total de 33 mil euros, para as associações de bombeiros do distrito que receberam, cada uma, cerca de 1.600 euros para recompletamento do equipamento de protecção individual. Uma verba bastante inferior à transferida em 2007 – que se cifrou nos 167.519 euros – mas que tem em vista completar o processo iniciado no ano passado. Além disso, a verba atribuída ao Governo Civil pelo Ministério da Administração Interna teve este ano de ser tripartida entre as associações humanitárias de bombeiros, segurança rodoviária e segurança interna. Por outro lado, fez questão de esclarecer o governador civil, foram atribuídas novas viaturas aos bombeiros de Arganil, Brasfemes, Góis, Mira e Pampilhosa da Serra, sem qualquer custo para as corporações.
Ainda assim, a cerimónia de ontem teve «especial significado», porque, explicou Henrique Fernandes, foi dado «mais um passo na capacidade e prontidão que demonstrámos na resposta aos incêndios florestais e outras situações de emergência». Realçou, a propósito, o aumento da capacidade de resposta demonstrado pelas corporações face a uma situação de emergência, medida pelo tempo de chegada ao local de incêndio. «Em termos de média nacional rondou os 11 minutos. No distrito foi até mais baixa», disse, garantindo que a resposta «não assentou nos meios aéreos e equipas helitransportadas», mas «nos bombeiros, nas equipas de intervenção permanente e de primeira intervenção».
in Diário de Coimbra, de 27/11/2008

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