quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Boas expectativas para mais uma FACIG

O que de melhor se faz no concelho está representado na Feira Agrícola, Comercial e Industrial de Góis (FACIG), que ontem começou. Mas não está tudo. Faltam empresários que se queiram representar naquele que é um dos maiores certames do concelho e que mais pessoas atrai à pacata vila de Góis. Isso mesmo demonstrou ontem o presidente da autarquia, durante, a inauguração da XVI edição da FACIG. Admitindo que a altura do ano não é mais propícia para a realização de um certame de cariz industrial e comercial, pois muitas empresas estão fechadas para férias ou com falta de pessoal para representar na feira, Girão Vitorino mostra, no entanto, alguma tristeza por não ter mais o “seu” tecido comercial e industrial presente. «Gostaríamos de despertar mais os nossos empresários para aqui exporem os seus produtos, no sentido de apresentar o que de bom se faz no concelho», disse o autarca.
Ainda assim são cerca de 70 os expositores, entre particulares, associações e instituições do concelho de Góis e de toda a região. E os que estão, repetentes na sua maioria, mostram satisfação com os resultados alcançados com a sua presença da feira. «Os expositores dizem que é positivo e o número de presenças tem vindo a crescer», por isso há «boas expectativas» para mais uma edição da FACIG, diz Girão Vitorino.
Nos expositores, a opinião é a mesma. A artesã Maria Amélia Neves, que este ano “partilha” o stand com a Junta de Freguesia do Cadafaz, não poderia estar mais satisfeita com os resultados da sua participação. No stand, e fruto da sua arte de saber trabalhar com produtos naturais e materiais recicláveis, tem representadas as tradições da freguesia. Mostra assim o que é Cadafaz e fá-lo com entusiasmo pois desta forma «promovemos a região». A FACIG, considera, «dá-nos confiança para trabalhar e ainda se consegue vender alguma coisa».
Mostrar a dinâmica empresarial do concelho acaba por ser o papel principal da FACIG, mas a este juntam-se as tradições que se querem manter e dinamizar. É isso que fazem os artesão presentes; é isso que fazem também as juntas de freguesia que, todas elas diferentes entre si, mostram o seu potencial e as suas tradições. Curiosa é, por exemplo, a participação da Junta de Freguesia de Góis que, no seu pequeno espaço, dá a conhecer os jogos tradicionais que há muito caíram no esquecimento, ao mesmo tempo que promove também os virtuais. É pois, uma forma, de atrair os mais novos pela tecnologia dando-lhes também a conhecer os jogos do tempo dos avós. As andas, o pião ou o lançamento das argolas fazem as delícias dos mais velhos e, cada vez mais, dos mais novos. Pelo menos é o que diz Graciano Rodrigues, da junta de freguesia, que garante que na sua banca há sempre «uma procura enorme».
Até 10 de Agosto, Góis promete atrair muitos visitantes, através de uma iniciativa que, para além da componente de feira tem também animação q.b. «Vai ser mais um êxito», diz, confiante, o presidente da autarquia.
in Diário de Coimbra, de 7/08/2008

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