Carta Aberta de Inviando
Há alguns meses atrás li neste jornal um artigo sobre as obras da estrada do Inviando, que duram há mais de três anos e na presente data não estão ainda concluídas nem com fim à vista.
Recordo-me de nesse artigo ler sobre as dificuldades de negociação com um dos proprietários, as quais estariam no bom caminho. Pergunto que tipo de negociação?
Como filha do proprietário em causa acho que chegou a hora de repor a verdade dos factos. Na verdade, todas as negociações foram feitas e acordadas pelos proprietários em causa, no papel todos assinaram inclusive o meu pai.
Durante o acordo das negociações em causa sempre foi excluído o abate de 5 sobreiros, garantia dada pelo senhor presidente da câmara, os sobreiros nunca estiveram em qualquer negociação, não houve nenhuma proposta mas sempre a palavra do senhor presidente de que os sobreiros não seriam abatidos, dado que não havia necessidade disso.
No terreno, os responsáveis da obra faziam as marcações não seguindo o projecto no papel, mas sim o traçado mais conveniente para terceiros, com o acordo do senhor presidente da Junta de Freguesia, usando abusivamente do poder que lhe foi conferido quando eleito, este abuso de poder levou-o à tentativa de invasão de propriedade privada usurpando os direitos do proprietário, não satisfeito, usou ainda de difamação do proprietário, usurpou os seus direitos privando-o do livre acesso e uso da propriedade.
O meu pai com graves problemas de saúde, que se agravaram bastante, suportou toda a violência moral que usaram contra ele e os seus bens, os danos físicos e psicológicos causados pela pressão a que foi sujeito deixaram marcas que não se apagam.
Nestes três anos houve reuniões com o Sr. Presidente da Câmara, sempre com a mesma resposta verbal, houve várias exposições escritas da parte do meu pai pedidas pelo Sr. Presidente que não tiveram resposta.
Em Julho deste ano, o Sr. Mário Garcia, veio negociar com o meu pai o impasse em que estamos, pediu-me que falasse com o meu pai para que ele aceitasse uma solução benéfica para todos e assim se pudesse concluir a obra que a todos tem prejudicado devido ao mau estado do antigo pavimento que se encontra cheio de buracos. O meu pai cansado desta situação aceitou a proposta que visa o abate dos 5 sobreiros, 2 laranjeiras, 1 latada com 15 pés de videira e 100 metros de terreno de construção, tudo isto tem valor para ele. Em alternativa, por um valor simbólico procederão ao abate de 2 sobreiros.
Quero dizer-vos que depois de em Julho o meu pai aceitar estas propostas ninguém voltou a falar ou propor qualquer negociação.
A obra da estrada do Inviando é a vergonha da C. M. Góis, mas mais ainda é a vergonha do senhor presidente da Junta de Freguesia, a única obra que fez, foi deixar destruir o que estava feito. Como moradora do Inviando expresso aqui o meu desagrado por toda esta situação que não foi criada pelo meu pai e que por vontade dele já estaria resolvida há muito tempo, porque todos os dias temos que percorrer uma série de buracos que antes desta obra não existiam, prejudicando todos os moradores desta zona.
Os senhores autarcas, assumam a responsabilidade dos erros que cometeram e tenham a coragem de mandar concluir a obra que começaram.
Isabel Neves
in O Varzeense, de 30/11/2007
Recordo-me de nesse artigo ler sobre as dificuldades de negociação com um dos proprietários, as quais estariam no bom caminho. Pergunto que tipo de negociação?
Como filha do proprietário em causa acho que chegou a hora de repor a verdade dos factos. Na verdade, todas as negociações foram feitas e acordadas pelos proprietários em causa, no papel todos assinaram inclusive o meu pai.
Durante o acordo das negociações em causa sempre foi excluído o abate de 5 sobreiros, garantia dada pelo senhor presidente da câmara, os sobreiros nunca estiveram em qualquer negociação, não houve nenhuma proposta mas sempre a palavra do senhor presidente de que os sobreiros não seriam abatidos, dado que não havia necessidade disso.
No terreno, os responsáveis da obra faziam as marcações não seguindo o projecto no papel, mas sim o traçado mais conveniente para terceiros, com o acordo do senhor presidente da Junta de Freguesia, usando abusivamente do poder que lhe foi conferido quando eleito, este abuso de poder levou-o à tentativa de invasão de propriedade privada usurpando os direitos do proprietário, não satisfeito, usou ainda de difamação do proprietário, usurpou os seus direitos privando-o do livre acesso e uso da propriedade.
O meu pai com graves problemas de saúde, que se agravaram bastante, suportou toda a violência moral que usaram contra ele e os seus bens, os danos físicos e psicológicos causados pela pressão a que foi sujeito deixaram marcas que não se apagam.
Nestes três anos houve reuniões com o Sr. Presidente da Câmara, sempre com a mesma resposta verbal, houve várias exposições escritas da parte do meu pai pedidas pelo Sr. Presidente que não tiveram resposta.
Em Julho deste ano, o Sr. Mário Garcia, veio negociar com o meu pai o impasse em que estamos, pediu-me que falasse com o meu pai para que ele aceitasse uma solução benéfica para todos e assim se pudesse concluir a obra que a todos tem prejudicado devido ao mau estado do antigo pavimento que se encontra cheio de buracos. O meu pai cansado desta situação aceitou a proposta que visa o abate dos 5 sobreiros, 2 laranjeiras, 1 latada com 15 pés de videira e 100 metros de terreno de construção, tudo isto tem valor para ele. Em alternativa, por um valor simbólico procederão ao abate de 2 sobreiros.
Quero dizer-vos que depois de em Julho o meu pai aceitar estas propostas ninguém voltou a falar ou propor qualquer negociação.
A obra da estrada do Inviando é a vergonha da C. M. Góis, mas mais ainda é a vergonha do senhor presidente da Junta de Freguesia, a única obra que fez, foi deixar destruir o que estava feito. Como moradora do Inviando expresso aqui o meu desagrado por toda esta situação que não foi criada pelo meu pai e que por vontade dele já estaria resolvida há muito tempo, porque todos os dias temos que percorrer uma série de buracos que antes desta obra não existiam, prejudicando todos os moradores desta zona.
Os senhores autarcas, assumam a responsabilidade dos erros que cometeram e tenham a coragem de mandar concluir a obra que começaram.
Isabel Neves
in O Varzeense, de 30/11/2007
Etiquetas: inviando
5 Comments:
Parabéns,
Até que em fim alguém disse aquilo que o Sr. Presidente da Junta e o Mario Garcia merecia ouvir
Parece que a senhora tem alguma razão. Conheço o local e parece-me que é possivel fazer a obra sem cortar nenhum dos sobreiros.
Atenção que estamos a falar de árvores com bem mais de cem anos e que por isso mesmo mereciam mais respeito da JF e da Câmara.
O sítio seria mais bem aproveitado para fazer um pequeno parque de merendas, mantendo as árvores enquadradas. Essa obra sim valorizaria a terra e a região.
Agora cortar só porque o raio da estrada não pode ter uma pequena curva é típico de gente iletrada e inculta que julga ter o rei na barriga...
É impressão minha, mas os sobreiros não são árvores protegidas por lei? Não é proibido cortar sobreiros? Lembro-me, assim de repente, da polémica dos sobreiros cortados para aquele empreendimento turistico na região de lisboa (margem sul) e, mais perto, da construção duma estrada que liga o Forum Coimbra ao Centro de Saúde de Santa Clara que ainda não está aberta por causa disso (teve que existir autorização e o abate ser compensado com a plantação de sobreiros noutro local). Em Góis não é assim?
Será que a JF e a CMG acham que estão a cima da Lei, mas ninguém mete estes senhores no seu devido lugar?
Será que eles vão conseguir toda a vida fazer aquilo que querem...
Não há ninguém que os trave?
Como é possivel iniciar-se uma obra sem nos assegurarmos que os terrenos estão disponíveis??? Esta discussão não era para se ter antes da obra se ter iniciado?
Isto é amadorismo a mais...
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