Colmeal - A União comemorou os seus 76 anos
A manhã acordou bastante chuvosa e os aguaceiros que caíram sobre Lisboa e arredores não foram impeditivos para que os dois autocarros rumassem a Pataias.
Para os lados do Colmeal a situação não se apresentava melhor. A chuva fez companhia na primeira parte do trajecto mas quando chegaram a Fátima, onde assistiram à missa dominical, já o dia se apresentava com um sol radioso.
Quem partiu da capital fez a primeira paragem em Alcobaça.
Situada na confluência dos rios Alcoa e Baça (daí a origem do seu nome), povoada por romanos e árabes, foi com a fixação dos monges de Cister, contemporânea da independência de Portugal, que Alcobaça ganhou a importância que veio a ter.
Em torno do grande mosteiro, os monges desenvolveram grande actividade, religiosa e cultural, ensinando os conhecimentos mais actualizados da Europa. Assim foi durante séculos, até 1834, ano em que foram extintas as ordens religiosas.
Classificado Património Mundial pela UNESCO e recentemente votado como uma das sete maravilhas de Portugal, o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça está considerado como a construção mais expressiva de arquitectura cistercience em toda a Europa.
O monumento de maior importância na história da arquitectura medieval em Portugal teve a sua criação intimamente ligada à do próprio país.
Em 1153, D. Afonso Henriques entregou a carta de fundação do mosteiro à Ordem de Cister, a qual, duas décadas depois, procedeu à instalação provisória na abadia velha onde hoje se situa a Igreja de Nossa Senhora da Conceição.
Apenas em 1223 se deu a mudança dos monges para as dependências do novo mosteiro.
A simplicidade da igreja, combinada com a sua grandeza, produz uma impressão única. Destaca-se a construção abobadada e a sua planta em forma de cruz latina, com três naves e quatro capelas.
Mereceram a nossa visita a Sala dos Túmulos, as Capelas do Senhor dos Passos e do Relicário, o Claustro do Silêncio ou de D. Dinis e a Sala dos Reis, onde se podem apreciar estátuas dos reis de Portugal até D. José I.
O enorme refeitório e a impressionante cozinha forrada de azulejos com uma altíssima chaminé ao centro, assente em oito colunas metálicas, no que foi a primeira utilização de metal na construção civil portuguesa.
É dado um especial realce aos túmulos de D. Pedro I e de D. Inês de Castro – considerados a obra máxima da escultura tumular.
Depois, foi continuar a viagem para uma visita rápida à feira dominical em Pataias onde tudo se vende e tudo se pode comprar. E houve quem aproveitasse e fizesse boas compras.
Alguns minutos antes da uma, já na Quinta, com a chegada de todos, começavam as primeiras manifestações de alegria.
Seguiu-se o almoço para mais de cento e sessenta convivas, onde os jovens e muitas senhoras davam um ar de alegria a todo o conjunto.
No momento próprio e numa curtíssima intervenção, o presidente da União saudou os participantes, entre os quais se encontravam dirigentes das colectividades congéneres e dois membros da Junta de Freguesia. O seu presidente, por motivos particulares, não pôde estar presente. Passou em revista as várias realizações desde o almoço dos 75 anos. O magusto, a inauguração da Biblioteca da União e do EspaçoArte aquando da Festa de Natal, a repetição da canoagem em Março e a colocação de árvores na Alameda Fernando Costa. A caminhada recriando a “rota do carteiro”, dois magníficos cruzeiros ao Douro Vinhateiro e as Festas de Verão em Agosto, no Colmeal. Manifestou a sua satisfação pelo envolvimento, pelo carinho e incentivos recebidos, perfeitamente evidentes naquela sala e em mais este evento. Referiu a comunicação privilegiada que se tem mantido com os associados para além de uma presença bastante assídua na imprensa regional e na Rádio de Arganil. Reafirmou o apoio que a União Progressiva dará à transferência do Centro de Dia para a Casa da Residência e a disponibilidade para ajudar na tão desejada recuperação da igreja no Colmeal. Gostaria de poder dizer que a situação do terreno da Cova estava em vias de solução ou que a cedência da escola estava bem encaminhada. Deu a conhecer a existência do blog da União recentemente criado na Internet, pelo associado Francisco Silva. Pretende-se que venha a ser um meio de comunicação eficaz junto de todos os sócios e amigos do Colmeal.
A terminar a intervenção neste almoço comemorativo dos 76 anos da União, a todos dirigiu palavras de muito apreço e gratidão. O espírito regionalista sente-se bem vivo na freguesia do Colmeal.
Continuou o convívio com o conjunto privativo da Quinta.
E ainda houve tempo para um sorteio onde, para além de uma bonita toalha bordada, saíram duas sacolas estampadas com belas paisagens do Colmeal.
O sócio José Brás Victor, aniversariante neste dia, ficou emocionado quando o coro afinado dos presentes na sala lhe cantou os parabéns.
Depois do lanche e pelas sete da tarde, já com o sol a despedir-se, foi o regresso aos pontos de origem.
Mais uma página, a letras de ouro, fica gravada para a história futura da União Progressiva da Freguesia do Colmeal.
A. Domingos Santos
in A Comarca de Arganil, de 9/10/2007
Para os lados do Colmeal a situação não se apresentava melhor. A chuva fez companhia na primeira parte do trajecto mas quando chegaram a Fátima, onde assistiram à missa dominical, já o dia se apresentava com um sol radioso.
Quem partiu da capital fez a primeira paragem em Alcobaça.
Situada na confluência dos rios Alcoa e Baça (daí a origem do seu nome), povoada por romanos e árabes, foi com a fixação dos monges de Cister, contemporânea da independência de Portugal, que Alcobaça ganhou a importância que veio a ter.
Em torno do grande mosteiro, os monges desenvolveram grande actividade, religiosa e cultural, ensinando os conhecimentos mais actualizados da Europa. Assim foi durante séculos, até 1834, ano em que foram extintas as ordens religiosas.
Classificado Património Mundial pela UNESCO e recentemente votado como uma das sete maravilhas de Portugal, o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça está considerado como a construção mais expressiva de arquitectura cistercience em toda a Europa.
O monumento de maior importância na história da arquitectura medieval em Portugal teve a sua criação intimamente ligada à do próprio país.
Em 1153, D. Afonso Henriques entregou a carta de fundação do mosteiro à Ordem de Cister, a qual, duas décadas depois, procedeu à instalação provisória na abadia velha onde hoje se situa a Igreja de Nossa Senhora da Conceição.
Apenas em 1223 se deu a mudança dos monges para as dependências do novo mosteiro.
A simplicidade da igreja, combinada com a sua grandeza, produz uma impressão única. Destaca-se a construção abobadada e a sua planta em forma de cruz latina, com três naves e quatro capelas.
Mereceram a nossa visita a Sala dos Túmulos, as Capelas do Senhor dos Passos e do Relicário, o Claustro do Silêncio ou de D. Dinis e a Sala dos Reis, onde se podem apreciar estátuas dos reis de Portugal até D. José I.
O enorme refeitório e a impressionante cozinha forrada de azulejos com uma altíssima chaminé ao centro, assente em oito colunas metálicas, no que foi a primeira utilização de metal na construção civil portuguesa.
É dado um especial realce aos túmulos de D. Pedro I e de D. Inês de Castro – considerados a obra máxima da escultura tumular.
Depois, foi continuar a viagem para uma visita rápida à feira dominical em Pataias onde tudo se vende e tudo se pode comprar. E houve quem aproveitasse e fizesse boas compras.
Alguns minutos antes da uma, já na Quinta, com a chegada de todos, começavam as primeiras manifestações de alegria.
Seguiu-se o almoço para mais de cento e sessenta convivas, onde os jovens e muitas senhoras davam um ar de alegria a todo o conjunto.
No momento próprio e numa curtíssima intervenção, o presidente da União saudou os participantes, entre os quais se encontravam dirigentes das colectividades congéneres e dois membros da Junta de Freguesia. O seu presidente, por motivos particulares, não pôde estar presente. Passou em revista as várias realizações desde o almoço dos 75 anos. O magusto, a inauguração da Biblioteca da União e do EspaçoArte aquando da Festa de Natal, a repetição da canoagem em Março e a colocação de árvores na Alameda Fernando Costa. A caminhada recriando a “rota do carteiro”, dois magníficos cruzeiros ao Douro Vinhateiro e as Festas de Verão em Agosto, no Colmeal. Manifestou a sua satisfação pelo envolvimento, pelo carinho e incentivos recebidos, perfeitamente evidentes naquela sala e em mais este evento. Referiu a comunicação privilegiada que se tem mantido com os associados para além de uma presença bastante assídua na imprensa regional e na Rádio de Arganil. Reafirmou o apoio que a União Progressiva dará à transferência do Centro de Dia para a Casa da Residência e a disponibilidade para ajudar na tão desejada recuperação da igreja no Colmeal. Gostaria de poder dizer que a situação do terreno da Cova estava em vias de solução ou que a cedência da escola estava bem encaminhada. Deu a conhecer a existência do blog da União recentemente criado na Internet, pelo associado Francisco Silva. Pretende-se que venha a ser um meio de comunicação eficaz junto de todos os sócios e amigos do Colmeal.
A terminar a intervenção neste almoço comemorativo dos 76 anos da União, a todos dirigiu palavras de muito apreço e gratidão. O espírito regionalista sente-se bem vivo na freguesia do Colmeal.
Continuou o convívio com o conjunto privativo da Quinta.
E ainda houve tempo para um sorteio onde, para além de uma bonita toalha bordada, saíram duas sacolas estampadas com belas paisagens do Colmeal.
O sócio José Brás Victor, aniversariante neste dia, ficou emocionado quando o coro afinado dos presentes na sala lhe cantou os parabéns.
Depois do lanche e pelas sete da tarde, já com o sol a despedir-se, foi o regresso aos pontos de origem.
Mais uma página, a letras de ouro, fica gravada para a história futura da União Progressiva da Freguesia do Colmeal.
A. Domingos Santos
in A Comarca de Arganil, de 9/10/2007
Etiquetas: colmeal, fotografia
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